A Comissão Justiça e Paz de Setúbal (CDJP) sugeriu a retoma das assembleias diocesanas, inspirada no documento final da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, promulgado pelo Papa Francisco. Este documento, aprovado em outubro de 2024, foi enviado às comunidades católicas sem uma exortação pós-sinodal, um marco inédito que reforça o papel participativo dos fiéis.
A CDJP destaca temas como os direitos humanos, a justiça, a paz e a luta contra a pobreza, reafirmando o compromisso com uma Igreja sinodal, em que todos os batizados se sintam membros ativos. A comissão incentiva a reflexão conjunta sobre os sete pontos principais do documento, entre os quais a denúncia de injustiças e a promoção dos mais vulneráveis.
As assembleias diocesanas propostas retomariam um modelo dos primeiros anos da Diocese de Setúbal, presididas pelo bispo, envolvendo padres, diáconos, religiosos e leigos. Para a CDJP, esta prática é essencial para uma Igreja de comunhão, participação e evangelização, promovendo também o diálogo inter-religioso e a ecologia integral.
O Sínodo dos Bispos, instituído por São Paulo VI, começou em 2021 com a auscultação de milhões de católicos e tem como objetivo ajudar o Papa no governo da Igreja. A segunda sessão decorreu em outubro de 2024, sob o tema “Por uma Igreja sinodal: participação, comunhão, missão”.