Chefe dos acólitos do Santuário de Fátima: “o Santuário de Fátima deve ser exemplo para a Igreja”

Fomos falar com César Vicente, chefe dos acólitos do Santuário de Fátima, a este propósito. César Vicente, tem 49 anos, atualmente trabalha como vigilante-Sacristão no Santuário de Fátima e mora em Fátima. É acólito há 41 anos, sempre exerceu este ministério neste santuário, esta é a sua segunda casa.
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No próximo dia 1 de maio de 2021, completam-se 25 anos da peregrinação nacional de acólitos ao Santuário de Fátima. Este acontecimento que nos últimos anos congregava alguns milhares de crianças, jovens e adultos que semanalmente servem como acólitos, no ministério do altar.

A Conferência Episcopal Portuguesa, na sua 200.ª assembleia plenária, publicou uma nota pastoral sobre este acontecimento.

Fomos falar com César Vicente, chefe dos acólitos do Santuário de Fátima, a este propósito. César Vicente, tem 49 anos, atualmente trabalha como vigilante-Sacristão no Santuário de Fátima e mora em Fátima. É acólito há 41 anos, sempre exerceu este ministério neste santuário, esta é a sua segunda casa.

Peregrinação mensal do dia 13 de Novembro de 2011

Sérgio Carvalho (SC) – O César é acólito no santuário de Fátima há quantos anos? Como é que se tornou acólito?

César Vicente (CV) – Comecei como acólito por convite de amigos e curiosidade pessoal, com os meus 8 anos a servir o Altar neste Santuário. Na altura éramos intitulados de ”meninos do coro”. Com o passar do tempo e por volta do ano 1982-1983, o Santuário precisava de jovens para as celebrações Pascais. Assim foi criado e crescendo este grupo de jovens acólitos.

SC – Este ano completam-se 25 anos desde a primeira peregrinação nacional de acólitos ao santuário de Fátima. Como é que tudo começou?

CV – Começou por ser uma iniciativa do chefe de acólitos da altura, Serafim Jesus, já falecido. Um pouco à “socapa” enviaram cartas convite a vários grupos que na altura conhecíamos. Palavra passa palavra e chegámos a números muito interessantes, que não esperávamos.

SC – Coube ao grupo de acólitos do Santuário de Fátima (GASF) o papel de pioneiros e de acolhedores. Como tem sido essa experiência?

CV – O Santuário é por natureza um espaço de acolhimento. Também nós assim crescemos sob as orientações do próprio Santuário. É sempre uma oportunidade para conhecermos novos grupos, trocar experiências, partilhar conhecimentos, o que é enriquecedor para todos. Sentimos como é servir o Altar, em união, com uma grande comunidade. Daí reforçamos a importância de manter esta peregrinação e reunirmos esforços para que esta se mantenha por muitos e bons anos.

SC – Quais os principais objetivos, na sua perspetiva, desta peregrinação? E qual a sua importância para os acólitos portugueses?

CV – Vejo esta peregrinação como uma oportunidade para cada um destes acólitos redescobrir o seu caminho de santidade, cada um à sua maneira, sendo original, aceitando o convite de ser santo. Nestes tempos conturbados em que os condicionalismos são muitos, acredito que não seja possível a presença física de todos os acólitos que desejariam peregrinar a Fátima neste dia. Contudo, mesmo que a sua participação seja de modo digital, desejo que todos olhem o convite de ser santo. 25 anos de peregrinação é um marco, é momento de dar graças por esta peregrinação, peregrinação que temos de continuar para envolver jovens no caminho de Cristo ressuscitado, a exemplo do nosso padroeiro São Francisco Marto.

SC – Como é servir no santuário que acolhe o túmulo do padroeiro nacional dos acólitos, São Francisco Marto?

CV – É uma honra e uma responsabilidade. O Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima deve ser exemplo para a Igreja Católica em Portugal e no mundo, com esta consciência, torna-se uma grande responsabilidade servir o altar do mundo. Temos a presença sempre fiel de São Francisco Marto, e do seu amor a Nosso Senhor “Jesus escondido” como ele lhe chamada, que deve ser para nós inspiração e testemunho no exercício deste Ministério.

SC – Atualmente, quantos são os acólitos que habitualmente servem no santuário? Como fazem a sua formação?

CV – Atualmente temos 40 acólitos; neste tempo servimos só na missa das 11 horas ao Domingo, Dias Santos e outras Solenidades equiparadas. Desejamos retomar ao serviço outras celebrações como fazíamos antes da pandemia. A formação de todos os acólitos, começa pela vivência no ministério na execução das tarefas em altar, formação em sala e curso de formação mais detalhada conforme as várias funções.

SC – Que mensagem quer deixar aos acólitos portugueses, a partir da Cova da Iria?

CV – Acolham o convite que Nossa Senhora fez, neste lugar, aos Pastorinhos: Quereis oferecer-vos a Deus? Deixem-se envolver neste desafio, caminhando para a santidade com originalidade. Saboreiem e vivam bem este ministério, que é belo, o de servir o Altar do Senhor. Sejam corajosos e empáticos sempre nas vossas diferenças para o bem comum. Não há limites ou padrões para ser acólito, apenas é preciso coragem para acreditar e se entregar a Jesus ressuscitado. 

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