Casais e religiosos celebram jubileu das sua vocações: “uma bênção para os próprios, para a família, para a comunidade cristã”

Ao todo, no dia 5 de junho, na Sé de Leiria, estiveram presentes 21 casais, 3 sacerdotes e 11 religiosas que perfaziam o marco aniversário dos respectivos votos, 25, 50 e 60 anos.

Se ano passado, a habitual comemoração do Jubileu das Vocações não pôde ser feita em virtude das medidas restritivas devido à crise pandémica, este ano já trouxe, pelo menos, o ensejo da celebração eucarística, na Sé de Leiria. As máscaras e as distâncias, essas continuaram obrigatórias ao ponto de serem evidentes os pares de casais e grupos de religiosos que quiseram marcar presença na Missa presidida pelo bispo da diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto.

Ao todo, no dia 5 de junho, na Sé de Leiria, estiveram presentes 21 casais, 3 sacerdotes e 11 religiosas que perfaziam o marco aniversário dos respectivos votos, 25, 50 e 60 anos. Um desse casais, celebrava mesmo a inusitada efeméride de 70 anos de vida em conjunto desde que prometeram um ao outro a fidelidade matrimonial. Para além destes, o próprio presidente da celebração, o cardeal D. António Marto faz este ano, no próximo dia 7 de novembro, 50 anos da sua ordenação presbiteral.

A cerimónia foi simples, marcada pela entrega da chama do círio pascal, feita pelo bispo da Diocese a dois casais que por sua vez a distribuíram pelos restantes jubilados. Com a vela acesa, renovaram os seus votos e agradeceram a Deus a graça da sua longevidade. Mais tarde, quase no final da celebração, também o próprio D. António Marto depositaria um ramo de flores junto da imagem de Nossa Senhora para aí fazer uma breve consagração, sua e de todos os presentes.

Como explicou o cardeal, aquele momento “não se trata apenas de evocar uma data do passado, de festejar um aniversário reduzido a um dia. São datas memoráveis que encerram uma vida, uma história e muitas estórias. São marcos na história da vida pessoal, familiar e comunitária que deixam marcas e que merecem ser evocados, celebrados e rezados em ação de graças. São uma bênção para os próprios, para a família, para a comunidade cristã e para aqueles que os partilham.”

O tema central da homilia foi sobre a santidade, tendo sido citada a Gravissimum educationis, uma declaração sobre a educação cristã publicada no Concíclio Vaticano II: “Todos somos chamados a ser santos vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais”

A homilia terminou com um desejo manifestado por D. António Marto: “que a celebração deste nosso jubileu seja um canto de alegria e esperança de que o mundo tanto precisa. E que seja uma mensagem para os jovens de que vale a pena seguir Jesus na vocação a que Ele nos chamar.”

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