Assembleia Diocesana apresenta as primeiras unidades pastorais

O dia ficou marcado pela assembleia diocesana que deu início ao Ano Pastoral 2024/2025, que tem como tema “Enriquecer a Igreja com o compromisso batismal”.

A Diocese de Leiria-Fátima apresentou, no sábado, dia 28 de setembro, as Unidades Pastorais (UP) de Ourém e dos Marrazes, no dia em que se realizou a Assembleia Diocesana de início de Ano Pastoral.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o bispo de Leiria-Fátima afirmou que a criação de outras unidades pastorais está em “fermentação” e que vai acontecer ao longo do ano.

A UP de Ourém engloba as paróquias de Alburitel, Nossa Senhora das Misericórdias, Nossa Senhora da Piedade e Seiça, e vai ser coordenada pelo padre Jorge Manuel Faria Guarda e pelos missionários do Verbo Divino Joaquim Domingos Luís e Nicodemus Moruk.

A UP de Marrazes abrange as paróquias de Marrazes, Azoia, Barosa e Parceiros, e vai ser liderada por uma equipa presbiteral composta pelos padres Bertolino Vieira, José Martins Alves e Vítor José Mira de Jesus.

A transformação pastoral da Diocese de Leiria-Fátima prevê a reorganização das 73 paróquias do território em 17 UP e sete vigararias, inspirada na “conversão pastoral” promovida pelo Papa Francisco, visando responder aos tempos atuais “de profunda transformação social, espiritual e cultural”.

“Se não houver uma mudança de cultura e uma mudança de mentalidade, de mente e de coração, não mudam significativamente as coisas. O que vai mudar é quando sentirmos mesmo que esta é a minha paróquia, que esta é a minha comunidade, que esta é a minha igreja”, referiu D. José Ornelas, acrescentando que têm de ser criados novos modos de organização para que isso seja possível.

“Temos uma Igreja que está a crescer também; não é só o país que está a beneficiar da chegada de imigrantes, a Igreja também. A fisionomia das nossas comunidades está a mudar. E nós temos de acolher essas pessoas; elas têm de se sentir em casa dentro desta Igreja”, destacou.

Perante esta transformação, o padre Manuel Silva, pároco do Arrabal, da Diocese de Leiria-Fátima, dá conta de que a diocese está entusiasmada com o modelo, mas nem por isso deixam de existir “medos” e “receios”.

O sacerdote olha para esta renovação “com muita esperança”, assinalando que a nova “divisão territorial que acompanha uma transformação e uma renovação pastoral é muito oportuna”.

“Era necessário. Nós sentíamos a necessidade de caminhar neste sentido. E, por isso, é com grande expectativa que estamos hoje a iniciar este caminho. Já houve muita reflexão. Agora chegou a hora de pôr em prática, de avançarmos para a prática”, afirmou.

Sandrina Duarte, da paróquia de Souto da Carpalhosa, fala que a transformação já se vai sentindo e marca pela positiva, realçando que é importante “dar oportunidade a todos” e que todos são precisos, cada um num sítio diferente, num momento diferente.

“Todos somos importantes. Somos todos chamados a viver em comunidade. […] Se somos batizados, temos esse compromisso de o fazer. Portanto, é preciso, às vezes, descobrir o talento de cada um”, indicou.

A Assembleia Diocesana e os ministérios laicais

O dia ficou marcado pela assembleia diocesana que deu início ao Ano Pastoral 2024/2025, que tem como tema “Enriquecer a Igreja com o compromisso batismal”, com o objetivo de refletir sobre a missão de todo o batizado na Igreja e no mundo, com especial enfoque na organização da vida das comunidades e nos serviços e ministérios eclesiais. O bispo de Leiria-Fátima esclarece que “a ideia não é voltar simplesmente atrás e recordar o batismo”, apesar de ser uma dimensão importante, mas sobretudo encará-lo como um ponto de partida para a “inserção, participação e partilha dentro da Igreja”. “O problema é que nós esquecemos que, antes de sermos bispos, ou padres, ou papa, os papéis que executamos e os serviços que realizamos na Igreja, somos batizados. E isso é que é a função fundamental; todos somos batizados”, enfatizou.

Foto de Luís Miguel Ferraz

Durante a manhã, o padre Eduardo Caseiro falou sobre o tema do ano pastoral, a que se seguiram oficinas temáticas, divididas por ministérios (acólito, catequista, leitor, diaconado permanente, presidência dominical na ausência de presbítero e exéquias). João Duque, catequista na Diocese de Leiria-Fátima, esteve presente no grupo de trabalho do ministério dos catequistas, referindo que entre os aspetos abordados esteve a importância de chamar para a vocação novos catequistas. Sandrina Duarte foi a secretária do grupo de trabalho do ministério do leitor e destaca que uma das ideias presentes foi a necessidade de vocações, de “ir à procura de outros, bater a todas as portas para que haja uma renovação de pessoas e de carismas”.

Durante a tarde, teve lugar um plenário, aberto à participação de todos, na Sé, em que foram apresentadas as sínteses dos trabalhos de grupo e uma missa na Sé evocativa dos 450 anos da sua dedicação.

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