O Papa Francisco afirmou que a “esperança de um mundo fraterno não é uma ideologia”, mas encontra fundamento em Jesus, durante as primeiras vésperas da solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, no Vaticano, marcadas também pelo hino de ação de graças “Te Deum”.
Na última homilia de 2024, o Papa sublinhou que a esperança de uma humanidade unida deve ter uma base sólida, questionando se esta é uma perspetiva estável ou apenas “um slogan retórico”. Francisco frisou que a “Mãe de Deus dá-nos a resposta, mostrando-nos Jesus”, que representa o verdadeiro caminho da fraternidade, acima de ideologias, sistemas económicos ou progressos tecnológicos.
O Papa apelou à reflexão pessoal, desafiando os fiéis a serem transformados por Deus e a viverem como irmãos, destacando a importância do “estaleiro decisivo”, onde cada pessoa se torna um construtor da fraternidade.
Durante a celebração, Francisco lembrou a intensa preparação de Roma para o Jubileu 2025, destacando que a cidade é chamada a acolher todos como filhos de Deus e irmãos. O evento, iniciado com a abertura da Porta Santa, coincide com os 1700 anos do Concílio de Niceia e contará com a dimensão ecuménica do percurso ‘Iter Europaeum’, que inclui 28 igrejas de diferentes comunidades cristãs.
Após a cerimónia, o Papa rezou junto do presépio na Praça de São Pedro, saudando os presentes e distribuindo chocolates às crianças.