No sábado, dia 16 de setembro, o Serviço Diocesano da Pastoral Juvenil (SDPJ) convidou os jovens que participaram na JMJ para um primeiro reencontro. Vieram de 25 paróquias com vontade de recordar os momentos que viveram durante os dias da JMJ em Lisboa. Depois de um momento de oração, os jovens testaram os seus conhecimentos e a sua memória acerca de alguns factos e curiosidades da JMJ com a ajuda de uma dinâmica preparada pelo SDPJ.
Para ilustrar algumas das experiências marcantes que os jovens da diocese viveram em Lisboa, o SDPJ convidou o Grupo de Jovens São Mateus, da Barosa:
A Inês Sousa partilhou que na noite da vigília, “senti algo que é difícil colocar em palavras. Era como se um silêncio sagrado nos envolvesse a todos. Esse silêncio era a prova viva do amor a Cristo que transbordava nos nossos corações. Era como se, naquele momento, o mundo tivesse desaparecido, e só restássemos nós, peregrinos, e a fé que nos unia. Quando o Papa começou a falar, as suas palavras sobre esperança, amor e solidariedade ecoaram no meu coração, e os meus olhos encheram-se de lágrimas. Enquanto ouvia essas palavras, rodeada de todos os colegas e catequistas que me acompanharam e a quem hoje chamo de amigos, senti-me a pessoa mais sortuda e feliz do mundo. Senti que tinha tudo, que era impossível pedir mais. O céu estava perfeito. A minha companhia, peregrinos de todos os cantos do mundo, era perfeita. Os sacos de cama aqueciam-me como nenhum cobertor alguma vez o fizera. As palavras do Papa faziam mais sentido do que todas as palavras que alguma vez ouvi. Foi uma sensação de felicidade única, que sem dúvida mudou a minha visão acerca da vida. Descobri, mais profundamente que nunca, o que Deus nos pode proporcionar. Repetiria esta experiência vezes sem conta.”
A Íris confidenciou-nos como é que o terço que integrava o kit dos peregrinos foi meio através do qual Deus lhe tocou particularmente ao coração: “Nesta aventura o que eu mais gostei foi o momento da vigília, esta noite foi tão especial e emocionante, foi tão bonito ver que aquele milhão e meio de pessoas conseguiu respeitar aquele momento de oração, todos nós conseguimos respeitar porque estávamos todos com o mesmo pensamento e o mesmo objetivo. Mas o que mais me marcou naquele momento foi o que eu senti. Aquele terço de madeira que todos nós recebemos, eu senti que o devia dar ao meu avô, foi a primeira pessoa que apareceu na minha cabeça. O mais giro foi quando eu cheguei a casa: era a festa de anos da minha irmã e a casa estava cheia de gente, cheguei, pousei as malas e a primeira pessoa que encontrei foi o meu avô. Por mais incrível que pareça, ele estava sozinho, por isso fiquei ainda com mais certezas que era para ele aquele terço. Dei-lhe o terço e ele deu-me um abraço tão grande, que foi mesmo bom. Para mim, se calhar, aquele terço não era assim uma coisa tão importante, mas acredito que aquele pequeno gesto melhorou o dia do meu avô.”
Finalmente, o Afonso contou que recebeu um terço de uma senhora brasileira mais velha. A senhora disse que era o terço com que rezava todos os dias. O Afonso sentiu que Deus lhe pedia para rezar o terço todos os dias, durante a JMJ por aquela senhora e tomou esse como o seu propósito, que cumpriu.
Entretanto, ao almoço juntou-se ao grupo o bispo da diocese, D. José, que abriu a parte da tarde no palco. D. José agradeceu a todos pela alegria com que os jovens contagiaram o país e o mundo durante aqueles dias em Lisboa com o Papa. Desafiou os jovens a nunca perderem a ligação com Deus e, acrescentou: “se deixarem de conseguir comunicar, paguem para ter dados… pagam-se com o coração”. Finalmente, desafiou os jovens a prepararem-se para o Jubileu de 2025, em Roma.
Finalmente, o SDPJ ofereceu aos peregrinos de Leiria-Fátima na JMJ um concerto com a banda Ministério Betinho, que terminou este reencontro num ambiente de festa, com música, dança e oração.
Reencontro JMJ (2023-09-17)
