O Papa Leão XIV afirmou este domingo, durante a oração do ângelus em Castel Gandolfo, que “agir segundo a verdade tem um custo”, pois o bem, muitas vezes, “incomoda” e encontra oposição. “Nem sempre o bem é acolhido de forma positiva; por vezes, a sua beleza perturba aqueles que o rejeitam e quem o pratica pode ter de suportar prepotência e injustiças”, disse.
O Papa sublinhou que a fidelidade ao Evangelho implica escolhas exigentes, mas que devem ser feitas com caridade. “Jesus convida-nos a não responder à prepotência com vingança, mas a permanecer fiéis à verdade na caridade”, destacou. Como exemplo, apontou o esforço de um pai que, para educar os filhos, precisa de saber dizer “não” e corrigir, mesmo quando isso causa sofrimento. O mesmo se aplica a professores, religiosos, políticos e profissionais que queiram exercer a sua missão com honestidade e coerência.
Após a recitação do ângelus, Leão XIV pediu que cheguem a bom termo os esforços para fazer cessar as guerras e promover a paz, apelando a que o bem comum esteja sempre em primeiro lugar. Recordou ainda as vítimas das tempestades na Índia, Paquistão e Nepal e manifestou apreço por tantas iniciativas que, em tempo de férias, testemunham “paixão pelo Evangelho”.
Na parte da manhã, o Papa presidiu à Missa no Santuário de Santa Maria della Rotonda, com voluntários da Cáritas e utentes dos seus serviços, e partilhou depois o almoço com pobres e pessoas em situação de sem-abrigo no ‘Borgo Laudato si’, projeto iniciado por Francisco nas Vilas Pontifícias.