Lisboa, 2 de janeiro de 2025 – D. José Tolentino Mendonça presidiu à Missa de corpo presente de Adília Lopes, destacando as três dimensões que marcaram a vida da poetisa: a contemplação, a solidão transformada em comunhão e a fé. A celebração decorreu na Capela do Rato, em Lisboa, onde o cardeal português homenageou a autora, falecida a 30 de dezembro, no Hospital de São José.
“Um poeta ou poetisa acelera a consciência histórica, faz-nos ver o mundo de forma diferente”, afirmou D. José Tolentino, sublinhando que Adília Lopes tinha uma inteligência “agudíssima” e um olhar contemplativo que transformava o banal em maravilha.
O cardeal relembrou a forma como a poetisa encarava a solidão: “Nunca foi rutura, mas comunhão. Ela dizia que comer, viver e respirar eram atos sociais, defendendo sempre a comunidade”.
Por fim, destacou a fé de Adília Lopes, presente na sua poesia e vivência: “Ela sabia que há milagres, e essa certeza dava-lhe força para caminhar, mesmo com dificuldades”.
A Missa culminou com o apelo a que as futuras gerações sejam herdeiras da obra e legado de Adília Lopes. O funeral seguiu para o Cemitério dos Prazeres.