“A paz esteja convosco. A Humanidade precisa de Luz” – Papa Leão XIV

Nem sempre os gestos maiores se vêem logo. Às vezes, são apenas palavras ditas de passagem, frases que parecem menores, mas que ficam a ecoar. Como aquela que o bispo de Leiria-Fátima, D. José Ornelas, disse à RTP, com um sorriso terno, cheio de fé e sentido de tempo: “Agora só me resta convidá-lo para vir de branco, em vez de vir de vermelho.”

Referia-se ao novo Papa, Leão XIV. E à promessa que este lhe fizera — quando ainda era apenas o cardeal Robert Prevost — de visitar Fátima em Outubro. A visita, marcada para o mês do Rosário, foi adiada devido à sua elevação a cardeal presbítero. A cerimónia coincidiu com a data prevista. E o altar da Cova da Iria ficou à espera. Como tantas mães esperam um filho que prometeu voltar. Sem drama. Com fé.

Mas é desta espera que se faz a Igreja. Não de ansiedade, mas de esperança ativa. Fátima ensina-nos isso: orações segredadas entre lágrimas, um terço apertado nas mãos, uma vela acesa em silêncio. Fátima é mais do que um lugar — é uma escola de fé vivida. Onde o céu tocou a terra e deixou uma promessa. Onde cada peregrino leva a sua história e volta, de algum modo, mais leve. Ali, a fé não se explica. Acontece.

Leão XIV ainda não veio. Mas prometeu. E agora, como Papa, o convite permanece. Que venha de branco — como sucessor de Pedro, como sinal de comunhão com este povo que reza em voz baixa, mas de joelhos firmes.

A sua eleição surgiu no tempo pascal, logo após a morte de Francisco. Um gesto novo no meio do luto. Francisco partiu como viveu: com simplicidade e luz. Foi um Papa da escuta, da ternura, da reforma feita com misericórdia. Leão XIV aparece como continuidade — com outro rosto, mas com o mesmo Espírito.

Americano, mas de coração missionário, Leão XIV foi formado no Peru, viveu entre os pobres, falou as línguas do povo e da oração. Quando se apresentou, não impressionou — tocou. Disse apenas: “A paz esteja convosco.“

Na Igreja, a paz não é ausência de conflito. É presença de Deus. E é isso que o novo Papa nos convida a viver: uma paz encarnada, próxima, concreta.

Estamos também na Semana das Vocações. E tudo se liga. A vocação é o modo como cada um acende a sua luz no mundo. É a avó que reza no banco do fundo. É o catequista que acolhe sem pressa. É o jovem que escuta no silêncio uma pergunta que ainda não tem resposta. A vocação é o dom de viver por inteiro o que somos, como somos, onde Deus nos chama.

Leão XIV sabe o que é viver ao ritmo de uma promessa. E Fátima é promessa viva. Ali, três crianças disseram “sim” sem saber tudo — e mudaram o mundo. Agora, Fátima espera outro “sim”. Não de uma criança. Mas de um homem vestido de branco que um dia prometeu vir.

E há promessas que, só por existirem, já iluminam. E a Mãe, enquanto ele não vem, reza com ele. Talvez Maria já o quisesse acolher como Papa, ali mesmo, na Cova da Iria. E com Ela, os pastorinhos continuam a apontar o céu, a lembrar-nos que esperar também é caminhar.

“In Illo Uno Unum.” No Único, sejamos um. Não é apenas um lema. É um apelo à unidade, à escuta, à conversão.

Francisco abriu janelas. Leão XIV entra com uma vela.

E a Igreja, com ele, volta a repetir: Não esperamos no escuro.  Esperamos com luz.

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