Bispos de Portugal e Espanha refletem sobre a linguagem na comunicação eclesial

78 visualizações

Os bispos das Comissões de Comunicação Social das Conferências Episcopais de Portugal e de Espanha, reunidos no Funchal (Madeira) de 3 a 5 de novembro, refletiram sobre o tema da linguagem na comunicação eclesial.

Nesta reflexão, contaram com a presença e experiência de Gil Rosa, subdiretor da RTP Madeira, e de Cristina Sánchez Aguilar, diretora do semanário espanhol Alfa y Omega. A partir do trabalho e do diálogo destes dias, as Comissões de Comunicação Social apresentam as seguintes reflexões:

– A linguagem da Igreja deve ser clara para a opinião pública, próxima da vida quotidiana das pessoas e oferecer respostas às perguntas do homem e da mulher de hoje. Sem abandonar o rigor e a verdade, é por vezes necessário modelar a precisão em favor da difusão da mensagem eclesial.

– Informar é o único caminho para combater a desinformação. A comunicação não é uma estratégia: é uma forma de presença. Não é um adorno: é parte essencial da missão. Comunicar é tornar visível o Amor de Deus no mundo, é usar a palavra para dar a conhecer a Palavra.

– A linguagem muda constantemente: as palavras transformam-se, os códigos renovam-se, os formatos multiplicam-se. A Igreja deve falar a linguagem que todos compreendem, utilizando todos os meios de comunicação disponíveis, os mais conhecidos e também aqueles que, nos últimos anos, se incorporaram na atividade comunicativa. Nenhum meio deve ser descartado pela Igreja.

– Não basta comunicar. É necessário encarnar a mensagem na própria vida e, assim, estabelecer relações pessoais de colaboração e serviço com todos os que desejam construir o bem comum. A comunicação eclesial não pode ser apenas institucional, mas também relacional. O Papa Leão XIV pede-o ao propor uma Jornada Mundial das Comunicações Sociais com o tema “Preservar vozes e rostos humanos”. 

– Comunicar é escutar, acompanhar e partilhar vida e implica ser, como nos diz o Papa, “sábio leitor da realidade”. O papel dos meios de comunicação é o de escrutinar as instituições – também a Igreja Católica -, tarefa que se realiza através da informação sobre a verdade e do debate com os seus protagonistas. Procurar o encontro com os meios de comunicação é um serviço da Igreja à verdade.

– A comunicação hoje exige profissionalismo: formação, estratégia, sensibilidade jornalística e conhecimento do ambiente digital, sem esquecer o desafio que representa a Inteligência Artificial.

A reflexão destes dias leva-nos também a reconhecer e agradecer os passos dados para cuidar a linguagem da Igreja: hoje há maior presença da Igreja nos meios generalistas, mais esforço na formação para a comunicação, mais vozes femininas e mais leigos comprometidos nesta missão. O caminho não terminou, mas os passos dados são motivo de esperança.

Ao concluir os nossos trabalhos, queremos agradecer o acolhimento da Diocese do Funchal. Levamos no coração a amabilidade e a fé enraizada do seu povo, e a beleza desta Ilha.

Funchal, 5 de novembro de 2025

Dia Mundial da Juventude na Diocese

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Dia Mundial dos Pobres

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.

Partilhar

Leia esta e outras notícias na...

Receba as notícias no seu email
em tempo real

Pode escolher quais as notícias que quer receber: destaques, da sua paróquia