A década de 80 foi de mudança e modernidade, e o escutismo acompanhou essa tendência. O agrupamento dos Marrazes passou a ter os seus dirigentes com promessa. Começou também a ser publicado o jornal Contacto, que era depois vendido aos pais e à população.
Iniciaram-se as obras de requalificação das instalações do agrupamento, cedidas pela paróquia. O escutismo abriu-se às raparigas, com a iniciação do processo de coeducação, integrando-as no agrupamento para se formarem patrulhas mistas, o que trouxe nova vitalidade ao grupo. É também nesta década que o agrupamento dos Marrazes foi oficializado, com a atribuição do número 737.
O escutismo começou a ser caracterizado e reconhecido de outra forma, e assim surgiram os agrupamentos periféricos à cidade, como na Barosa, Pousos, Maceira, Cruz da Areia, entre outros. Na altura, houve a preocupação da Junta Regional do C.N.E. em proporcionar formação a todos os aspirantes a dirigentes. Para tal, foram desenvolvidos vários módulos de formação para serem frequentados pelos dirigentes que já possuíam alguma experiência no movimento ou por aqueles que queriam iniciar a vida escutista.
Com o aparecimento dos vários agrupamentos na região, começou a haver um espírito mais aberto e uma competição mais saudável. As chefias entreajudavam-se e todos cresciam ao mesmo ritmo. O agrupamento dos Marrazes começou a sofrer alterações naturais: alguns dirigentes começaram a construir a sua família e deixaram o escutismo; outros saíram para estudar. Contudo, o grupo renovou-se e cresceu em qualidade e quantidade, mantendo-se em atividade alguns elementos que faziam parte da fundação do grupo.
A chefia do agrupamento entendeu que os pais deviam ter uma participação mais ativa na vida do agrupamento, a fim de poderem tomar parte nas decisões relacionadas com educação, atividades e gestão. Para tal, foi criada uma comissão de pais.
Em setembro de 1985, veio para a paróquia, como vigário paroquial, o padre Mário Almeida Verdasca, que assumiu a assistência ao agrupamento. Nesse mesmo ano, fomos visitados por dois agrupamentos da zona de Vichy, França, para realizar um acampamento na região de Leiria no mês de julho do ano seguinte. A chefia do agrupamento mostrou-se interessada no projeto e disponibilizou-se para contactar a autarquia local e ajudar no que fosse possível. Para nós, esta atividade tinha todo o interesse em ser realizada na mata dos Marrazes, pelo intercâmbio que poderia vir a ser estabelecido.