1 – Os cristãos destas três paróquias – Alvados, Mira de Aire e São Bento – têm, no essencial, o mesmo pensamento. Deus pede-nos que saibamos dar-nos uns aos outros, que sejamos luz, paz e aconchego e que consigamos influenciar os outros com a nossa fé, neste tempo de tantas transformações e retrocessos no desenvolvimento da sociedade.
2 – As comunidades paroquiais acham que o primeiro passo para nos tornarmos mais e melhor igreja é o diálogo, a motivação e integração mais ativas – com o envolvimento de todos – nas diversas atividades e movimentos da nossa igreja. No tempo presente há um cada vez maior alheamento de muitos cristãos, no que diz respeito à regularidade, tanto celebrativa, como no esforço formativo da fé. Por esse motivo alguns sacerdotes também vão perdendo o gosto de propor e inovar, já que há demasiadas solicitações e seduções mais atrativas. É necessária uma maior aposta na interioridade e espiritualidade da vida cristã.
3 – Nesta questão todas as paróquias têm alguma dificuldade em responder, pois há o receio de que a tradição e a rotina interferem com a motivação de cada um para esta transformação. Do que conhecemos das nossas aldeias é difícil considerar esta hipótese de criar uma unidade pastoral, no entanto, colocando esta possibilidade a paróquia de São Bento acha possível criar uma unidade pastoral com a zona da “serra” – Arrimal, Mendiga, Serro Ventoso e São Bento. Enquanto a paróquia de Alvados acha possível esta junção com Alcaria, uma vez que a integração já existente de algumas crianças de Alcaria na catequese em Alvados tem resultado muito bem. Embora haja a noção da necessidade de uma mudança a esse nível, não há um conhecimento global da situação para nos podermos exprimir. Da parte da paróquia de Mira de Aire parece-nos que as paróquias mais próximas, apesar de diferentes, poderiam criar uma mais-valia na sua junção, dado que ficamos geograficamente distantes do centro da diocese. Assim talvez Mira de Aire, Alvados, São Bento, Minde e Alqueidão da Serra e os pequenos lugares inerentes à nossa paróquia e proximidade, poderiam criar uma unidade pastoral.
4 – Neste processo as paróquias consideram que será um desafio de parte a parte. A mudança traz sempre insegurança, devido a respeitos humanos e históricos. Numa altura em que se sente tão pouca participação dos paroquianos e a diminuição das famílias e adultos, quer na Eucaristia quer nas propostas que vão surgindo, precisamos de muita humildade, fé e esperança. Só caminhando se aprende a caminhar.
Requer da parte de todos muita abertura de espírito, quer da igreja instituição, quer dos leigos, pela quebra das tradições que vão acontecendo até aos dias de hoje. Considera-se também muito importante que se simplifiquem alguns procedimentos (celebrações), sem deixar perder a sua importância e conteúdo; focando-nos mais na simplicidade do Amor de Deus.
