O padre Luís Rafael Azevedo, da Diocese de Lamego, defende que a linguagem informal pode ser uma ferramenta eficaz na comunicação da Igreja. Autor do livro O papel da linguagem informal na comunicação da Igreja: De 30 d.C ao tempo do 5G, o sacerdote explica que a abordagem surgiu da sua experiência e investigação no mestrado em Comunicação Aplicada, onde constatou que muitos católicos têm dificuldade em entender o chamado “catoliquês”.
“O que os padres dizem nem sempre é compreendido, os catequistas falam de uma forma que os jovens não entendem, e até entre católicos praticantes a linguagem é, por vezes, inacessível”, afirmou em entrevista à Agência ECCLESIA. Para o autor, Jesus foi um “comunicador improvável”, que usou parábolas, gestos e informalidade para transmitir a sua mensagem, estratégia que o Papa Francisco também emprega, cativando multidões.
O livro aborda desde a comunicação de Jesus Cristo até ao impacto do mundo digital, incluindo figuras como São Paulo e Carlo Acutis. A obra, apresentada no dia 1 de dezembro, combina reflexões históricas e contemporâneas, propondo formas de adaptar a mensagem cristã às realidades atuais, como as redes sociais e a cultura digital.
