O Papa Francisco vai presidir, este domingo, no Vaticano, à Missa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), marcando a passagem de testemunho entre Lisboa e Seul, que acolherá o encontro internacional em 2027. A celebração inclui a entrega simbólica da Cruz da JMJ, reunindo jovens portugueses, sul-coreanos e romanos.
Na mensagem para a 39.ª JMJ, celebrada este ano a nível diocesano, Francisco aborda o tema bíblico “Aqueles que esperam no Senhor caminham sem se cansar” (Is 40,31), refletindo sobre o “caminhar e o cansaço”. O Papa sublinha que vivemos tempos marcados por guerras, injustiças e desigualdades, que afetam sobretudo os jovens, frequentemente desanimados perante a incerteza do futuro. “A solução para o cansaço não é parar, mas caminhar. Ser peregrino da esperança é o convite que vos faço: caminhai na esperança!”, afirmou.
O Pontífice convida os jovens a ultrapassarem o cansaço e as pressões sociais, adotando a vida como uma peregrinação em busca de Deus. “As conquistas materiais não satisfazem plenamente. Somos criados para a transcendência”, recordou, incentivando-os a passarem de “turistas a peregrinos”.
Lisboa, que acolheu a JMJ em 2023 com 1,5 milhões de participantes, passa agora a responsabilidade para Seul, Coreia do Sul. Delegações dos dois países estarão no Vaticano para a cerimónia deste domingo, onde as leituras e preces serão proclamadas em várias línguas, incluindo português e coreano. A caminhada rumo a Seul incluirá as edições de 2025 e 2026, sob os temas “Vós também dareis testemunho” (Jo 15,27) e “Tende coragem: eu venci o mundo!” (Jo 16,33), respetivamente.
Francisco sublinha que a esperança é essencial para superar crises e ansiedades. “Não olhem a vida da varanda; sejam peregrinos do amor e da esperança”, concluiu.
