DIOCESE

Quarta-feira, 15 Janeiro, 2025

CEP realiza primeiro Encontro Sinodal Nacional e anuncia novo encontro para 2026

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) realizou, no dia 11 de janeiro de 2025, o primeiro Encontro Sinodal Nacional no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima. O evento reuniu 300 participantes, incluindo bispos portugueses, membros das Equipas Sinodais diocesanas e representantes dos Conselhos Pastorais de cada diocese.

O encontro, que teve como objetivo refletir sobre o Documento Final do Papa Francisco e da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade, foi marcado pelo apelo de D. José Ornelas à implementação prática das diretrizes sinodais. “Este Documento pode e deve mudar as comunidades e a vida da Igreja em Portugal. Não pode ser só para estar na prateleira e fazer citações dele”, afirmou o Presidente da CEP.

Durante o evento, os participantes, divididos em 36 grupos, identificaram prioridades para a implementação da sinodalidade nas comunidades locais. Entre as principais propostas destacam-se a dinamização dos Conselhos Pastorais Paroquiais, a melhoria do planeamento pastoral, e o desenvolvimento do ministério do acolhimento e escuta.

O Conselho Permanente da CEP, reunido em Fátima no dia 14 de janeiro, avaliou positivamente o encontro e anunciou a realização de um segundo encontro sinodal nacional para o início de 2026. Adicionalmente, as próximas Jornadas do Episcopado, programadas para junho de 2025, serão abertas a representantes das dioceses, dos institutos de vida consagrada e dos movimentos católicos.

Os participantes do encontro concluíram ser urgente disseminar uma síntese prática do Documento Final a todas as comunidades, enfatizando que a sinodalidade deve ser entendida não como uma opção, mas como uma característica essencial da Igreja do presente e do futuro.

Comunicado do Conselho Permanente da CEP

1. O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, na sua reunião de 14 de janeiro em Fátima, apreciou muito positivamente o encontro sinodal das dioceses portuguesas realizado no dia 11 de janeiro, bem como as suas conclusões preliminares (seguem em anexo). A sua concretização continua na vida das dioceses e comunidades ao longo deste ano jubilar que estamos a viver em toda a Igreja.

Como pedido pelos participantes, será realizado um segundo encontro sinodal nacional nos inícios de 2026.

No seguimento da última Assembleia Plenária, o Conselho propôs que as próximas Jornadas do Episcopado (16 a 18 de junho de 2025) sobre o tema da Sinodalidade sejam abertas a representantes das dioceses, dos institutos de vida consagrada, dos movimentos e dos organismos nacionais da Conferência Episcopal.

2. O Conselho manifestou agrado pela recente reprovação pela Assembleia da República dos projetos legislativos sobre o aborto e reiterou a doutrina da Igreja, expressa recentemente pelo Papa Francisco na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz: «…faço apelo a um firme compromisso de promover o respeito pela dignidade da vida humana, desde a conceção até à morte natural, para que cada pessoa possa amar a sua vida e olhar para o futuro com esperança, desejando o desenvolvimento e a felicidade para si e para os seus filhos». Reconheceu ainda o papel das associações católicas que, de forma competente nas respetivas áreas de ação, se manifestaram contra os projetos de legislação entretanto reprovados.

3. Foram abordados outros temas, cuja análise mais detalhada e sua divulgação serão objeto da reunião de fevereiro do Conselho Permanente: montante da Campanha de Advento/Natal para a Terra Santa (espera-se ainda o envio de algumas dioceses); iniciativas concretas do Jubileu a nível da CEP; processo das compensações financeiras às vítimas de abusos sexuais; preparação da próxima Assembleia Plenária (28 de abril a 1 de maio de 2025).

CONCLUSÕES PRELIMINARES do I Encontro Sinodal Nacional

1. No dia 11 de janeiro de 2025 decorreu, em Fátima, no Centro Pastoral Paulo VI, o primeiro Encontro Sinodal Nacional, organizado pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), com o objetivo de refletir sobre o Documento Final do Papa Francisco e da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade e a sua aplicação prática no seio das comunidades. O encontro reuniu 300 participante das dioceses portuguesas, contando com a presença dos Bispos de Portugal, dos membros das Equipas Sinodais diocesanas e dos Conselhos Pastorais de cada diocese. Estas conclusões preliminares, aprovadas pelos participantes, serão posteriormente enriquecidas com todas as propostas que os 36 grupos “sinodais” entregaram no final do encontro.

2. Na abertura do encontro, D. José Ornelas lembrou que o Documento Final resulta de um percurso sinodal iniciado em 2021 e que o acolhimento e estudo deste Documento serve para discernir e inserir, nas Igrejas locais, a transformação sinodal proposta para toda a Igreja. Assinalando que o verdadeiro caminho sinodal começa agora, D. José Ornelas destacou a importância deste Encontro Nacional e a necessidade de que seja replicado nas dioceses, paróquias, comunidades de vida consagrada, grupos e movimentos para uma participação ativa de todos na renovação eclesial. “Este Documento pode e deve mudar as comunidades e a vida da Igreja em Portugal. Não pode ser só para estar na prateleira e fazer citações dele”, disse ainda o Presidente da CEP. 

3. A manhã de trabalhos iniciou-se com a apresentação do Documento Final feita por dois membros da Equipa Sinodal da CEP, Padre Eduardo Duque e Carmo Rodeia. O Documento Final do Sínodo sobre Sinodalidade, intitulado “Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão”, sintetiza os principais frutos do processo sinodal e apresenta intuições para uma Igreja mais inclusiva e participativa com ênfase na escuta, na colaboração e na renovação missionária, mantendo a fidelidade ao Espírito Santo.

A sinodalidade não é uma opção, mas uma característica essencial da Igreja do presente e do futuro, onde a escuta e a consideração mútua, o discernimento coletivo e a colaboração entre todos os batizados são a face da mesma fraternidade. Por isso, deve ser vivida em todos os níveis da Igreja, desde a base até à hierarquia, num clima de comunhão onde todos têm igual dignidade como batizados, exigindo uma conversão permanente e uma verdadeira disponibilidade para experimentar um novo modo de viver a fé em Jesus Cristo, nas realidades do dia-a-dia, mais apoiados uns nos outros, sem deixar ninguém para trás e com a participação do maior número. O documento sugere ainda que a Igreja para ser sinodal precisa de aprofundar a dimensão espiritual de todo o Povo de Deus. A escuta de Deus deve ser o ponto de partida para qualquer discernimento e a Igreja deve cultivar uma espiritualidade que leve à ação, à compaixão e à solidariedade com os outros, sem descurar a formação contínua dos seus elementos.

4. Em oração, na escuta do Espírito e uns dos outros, os 300 participantes reuniram em grupos e apontaram, ao final da manhã, alguns ecos do Documento Final do Sínodo: 

  • Sem conversão pessoal não há processo sinodal. Só assim é possível promover uma mudança de mentalidade e uma conversão das relações para uma pastoral e missionária para acolher o Sínodo que é um processo frágil e dependente do cuidado de cada um. 
  • A Igreja renova-se na oração, com a escuta do Espírito e a escuta uns dos outros com empatia, humildade, respeito e acolhimento, e deve atuar de forma corresponsável, garantindo a participação de todos, em comunhão, na diversidade ministerial. Torna-se, por isso, necessário cultivar uma maior consciência de que cada batizado é protagonista da missão da Igreja e que os organismos de participação eclesial devem ser espaços de escuta para concretizar essa mesma missão.
  • A Sinodalidade é o estilo de vida do cristão e revela-se como instrumento ao serviço da missão, da abertura à sociedade e do diálogo com a cultura, nomeadamente com as periferias, em especial os migrantes. A Igreja tem de abrir as suas portas a todos e ser agente ativo na inclusão e acolhimento, procurando os que estão fora. 
  • Uma formação exigente para a sinodalidade é urgente no seio das comunidades para que seja possível estimular à criatividade na missão e apelar a um maior compromisso de todos, procurando chegar aos diversos meios sociais, políticos e educativos.
  • A Igreja não deve ter receio de avaliar e ser avaliada pela sua ação, sendo esse um contributo fundamental para uma maior transparência e essencial para a sua contínua conversão.
  • É preciso vencer o medo da novidade e cultivar na Igreja uma pastoral digital, acolher os jovens, dando-lhes maior abertura e protagonismo. 

5. Em nova ronda de trabalhos de grupo, seguindo o método sinodal, os participantes responderam à pergunta “Como concretizar a Sinodalidade na vida das comunidades?”. Da partilha no plenário final, emergiram as seguintes linhas de atuação:  

  • Dinamizar os Conselhos Pastorais Paroquiais, criá-los onde ainda não existem, tornando-os representativos, inclusivos, participativos e transparentes com o Povo de Deus;
  • Melhorar o planeamento pastoral a partir da realidade concreta, criar hábitos de avaliação sistemáticos nas comunidades e cultivar uma cultura de transparência e prestação de contas em todos os setores da Igreja;
  • Formar para as práticas sinodais e lideranças partilhadas, sem medo de apostar em novas formas de agir, de forma que seja possível chegar a todas as estruturas eclesiais, aprofundando a espiritualidade batismal e potenciado a escuta e conversação no Espírito; 
  • Desenvolver o ministério do acolhimento, escuta e acompanhamento, incluindo os leigos neste processo e criando espaços onde as pessoas possam ser acolhidas, ouvidas e encontrar possibilidade de curar as suas feridas;
  • Repensar os modelos de formação nos seminários, apostando nas dimensões humana e espiritual, promovendo mais vivências missionárias. 

No final deste dia de exercício prático da sinodalidade, os participantes concluíram que é urgente dar a conhecer e oferecer uma síntese prática do Documento Final a todas as comunidades e que se revela necessário realizar um novo encontro nacional, no prazo de um ano, para avaliar as boas práticas daquilo que se realizou.

GIC!autor
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# Sínodo, # Tema de Estudo

TOME NOTA

Formação para catequistas sobre ambientes seguros

25 de Janeiro, às 09:30. Seminário de Leiria

“Ambientes seguros – Conhecer, Prevenir, Agir” é o tema da formação orientada pelo GRUPO VITA, dirigida aos Catequistas da diocese de Leiria-Fátima, que irá decorrer a 25 de janeiro de 2025, sábado, no Seminário de Leiria, das 9h30 às 17h30. Esta formação pretende capacitar os catequistas para desenvolverem boas práticas, e promover as suas competências para saberem identificar, reagir e prevenir situações de violência sexual, contribuindo para uma cultura de maior proteção e cuidado.

Mais info: http://lefa.pt/?p=64140

Domingo da Palavra de Deus

26 de Janeiro

Em todas as dioceses do mundo vai ser celebrado, a 26 deste mês, o VI Domingo da Palavra de Deus, sendo esta edição no contexto do Ano Jubilar.O lema escolhido pelo Papa Francisco para a edição de 2025 é um versículo do Salmo 119, «Espero na tua Palavra». «É um grito de esperança: o homem, no momento da angústia, da tribulação, do não-sentido, clama a Deus e põe nele toda a sua esperança», sublinhou o Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização, D. Rino Fisichella.

Mais info: http://lefa.pt/?p=64481

Retiro 24, para jovens

1 de Fevereiro. Praia da Pedra do Ouro

O Retiro 24 começou por ser uma proposta do SDPJ Leiria-Fátima para os jovens viverem de uma forma diferente a iniciativa «24 horas para o Senhor», que o Papa Francisco propõe a toda a Igreja a meio da Quaresma, convocando para uma oração mais intensa. Neste momento, já não coincide com esta iniciativa, mas numa data à escolha do SDPJ, com o mesmo objetivo: dedicar 24 horas ao Senhor.

Mais info: https://sdpjleiria.com/atividades/retiro-24h/

PARÓQUIAS

Quinta-feira, 16 Janeiro, 2025

Calvaria: Receber o Credo a caminho da Profissão de Fé

No caminho de preparação para a Profissão de Fé, os grupos do 6.º Catecismo da paróquia da Calvaria receberam o Credo, no domingo da Festa do Batismo do Senhor. Esta celebração, habitual do caminho de preparação dos adultos para o Batismo, acontece também no percurso daqueles que, seguindo a proposta das Catequeses da Fé, se preparam para professar de forma solene a fé acolhida no Batismo.

Agora, já com o texto do Credo, são convidados a aprofundar o sentido destas palavras pelas quais afirmamos as verdades essenciais daqueles que acreditam em Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Por isso, antes da entrega, quando toda a comunidade reza este texto, o Presidente da celebração diz aos catequizandos: «Caríssimos amigos, escutai as palavras da fé, daquela fé que vos dará a salvação e a vida. São poucas essas palavras, mas contém em si grandes mistérios. Recebei-as com sinceridade e guardai-as no coração».

O domingo da Festa do Batismo de Jesus, 13 de janeiro, foi, por isso mesmo, um dia muito propício a esta entrega: nesse dia, escutamos como o Filho acolhe o Espírito que desce sobre Ele, e do céu se escuta a voz do Pai: «Tu és o meu Filho muito amado…». Também cada um de nós, ao professar a fé, seguindo Jesus, aprende a ser filho com o Filho, deixando-se guiar pelo Espírito recebido no Batismo, escutando que o Pai sempre nos diz: somo seus filhos muito amados!

A Profissão de Fé será o momento para os catequizandos “trazerem” de novo o Credo, agora na memória e no coração, professando, ou seja, dizendo solenemente, essas mesmas palavras: «Eu creio! Eu acredito! Eu quero viver como filho de Deus pelo Batismo, seguindo Jesus, na força do Espírito, em Igreja!»

Pe. José Henrique!autor
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# Calvaria
Quinta-feira, 16 Janeiro, 2025

Notícias da Caranguejeira celebra 35 anos com programa especial para a comunidade

No próximo dia 26 de janeiro, o Notícias da Caranguejeira vai assinalar o seu 35.º aniversário com um programa diversificado e aberto à comunidade, no qual se destacam uma sessão solene, um concerto e um lanche de confraternização.

A celebração acontece num momento particularmente desafiante para a imprensa local e regional, e pretende reforçar os laços entre o jornal e a comunidade que serve há mais de três décadas. Como recordam os organizadores, esta é também uma ocasião única, já que a última comemoração que envolveu toda a comunidade remonta ao 5.º aniversário do jornal. Inicialmente, estava previsto assinalar os 30 anos, mas a pandemia de covid-19 obrigou ao adiamento das celebrações.

O programa inicia-se às 14h00, no Auditório do Centro Pastoral Paroquial da Caranguejeira, com uma sessão solene que inclui um painel temático: «Notícias da Caranguejeira: 35 anos de imprensa local» — no qual a Diocese marcará presença com a participação do diretor do Gabinete de Informação e Comunicação — e um apontamento musical pelo Quinteto de Metais da Filarmónica de São Cristóvão da Caranguejeira. A ocasião será aproveitada para fazer a apresentação do livro Cento e um Poemas, de José Mónico.

Às 16h30, na Igreja Paroquial, realiza-se um concerto de aniversário com o tenor João Mendonza, proporcionando um momento cultural de excelência. O dia termina com o corte do bolo de aniversário e um lanche convívio no Salão Paroquial, às 17h30.

Com este evento, o Notícias da Caranguejeira pretende não só celebrar o seu percurso de 35 anos ao serviço da informação e da comunidade, mas também sensibilizar os participantes para a importância da imprensa local e regional num tempo em que enfrenta inúmeros desafios. Este é, assim, um convite a toda a comunidade para se juntar às comemorações e continuar a apoiar o jornal que é, acima de tudo, um reflexo da identidade e da história da Caranguejeira.

Paulo Adriano!autor
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# Caranguejeira
Quarta-feira, 15 Janeiro, 2025

Celebração do Domingo da Palavra: Formação para o Ministério de Leitor em Minde

No dia 14 de janeiro, a igreja paroquial de Minde acolheu uma formação dedicada ao ministério de leitor, em preparação para o Domingo da Palavra, que se celebra a 26 de janeiro. Esta iniciativa, aberta a toda a comunidade, teve como objetivo promover uma melhor escuta orante e uma proclamação mais consciente da Palavra de Deus.

A formação, que começou às 21h00, foi ministrada pelo padre Rui Ruivo, responsável pela pastoral juvenil da Diocese de Leiria-Fátima. Com a sua boa disposição e alegria, o padre Rui conseguiu cativar plenamente todos os presentes, tornando o encontro ainda mais enriquecedor.

Durante a sessão, foram abordados temas como a preparação espiritual do leitor, técnicas de leitura expressiva e a relevância de uma comunicação clara e cativante. Além disso, discutiram-se as várias competências que um leitor deve desenvolver, incluindo a capacidade de apoiar a catequese, facilitar a compreensão dos textos bíblicos e estimular o diálogo sobre a fé. A formação destacou a importância do leitor como mediador entre a Palavra e a comunidade, ajudando a criar um ambiente propício para a reflexão e a oração.

A partilha de experiências e testemunhos enriqueceu o encontro, evidenciando a importância do ministério de leitor na vida da paróquia.

A celebração do Domingo da Palavra é um momento especial que nos convida a redescobrir o valor das Escrituras e a integrá-las mais profundamente na nossa vida quotidiana. A formação em Minde constituiu um passo significativo para garantir que a Palavra de Deus seja proclamada com dignidade e reverência, convidando todos a uma participação mais ativa e consciente na liturgia.

Com esta iniciativa, a paróquia de Minde reafirma o seu compromisso em promover uma espiritualidade enraizada na escuta da Palavra, incentivando cada fiel a ser um verdadeiro portador da mensagem de Deus.

Inês Santos!autor
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# Minde
Quarta-feira, 15 Janeiro, 2025

Paróquia da Marinha Grande acolhe apresentação de “Orando em verso” de Joaquim Mexia Alves

Na próxima sexta-feira, 24 de janeiro, pelas 21h30, terá lugar no Salão 1 da Igreja Paroquial da Marinha Grande a apresentação pública do livro Orando em Verso, da autoria de Joaquim Mexia Alves. O evento contará com a presença do padre Armindo Castelão Ferreira, pároco da Batalha, que fará a apresentação da obra.

A sessão será iniciada com palavras de boas-vindas do padre Patrício Domingues, pároco da Marinha Grande, e culminará com o agradecimento do autor aos presentes.

Orando em Verso reúne orações em formato poético, escritas ao longo do tempo por Joaquim Mexia Alves, que é colaborador habitual do website da Diocese de Leiria-Fátima e da Revista Digital REDE. Muitos dos textos incluídos no livro refletem sobre a fé e a espiritualidade, sendo fruto da vivência e meditação do autor.

A receita da venda do livro reverterá integralmente a favor da paróquia da Marinha Grande, em particular para os fundos destinados à construção do tão desejado Centro Pastoral.

Sobre o autor

Joaquim Mexia Alves nasceu em Maceira Liz em 1949, mas viveu sempre em Monte Real e Lisboa. Desde 2003, vive na Marinha Grande. Passou por África numa comissão militar na Guiné (1971-1973) como alferes miliciano de operações especiais e trabalhou em Angola nos anos 1974 e 1975.

Educado por pais católicos, frequentou colégios católicos dos irmãos Maristas, Franciscanos e Dominicanos. Ainda frequentou dois anos do curso de Medicina. Na adolescência, afastou-se da fé cristã e da Igreja, mas por volta dos 40 anos encontrou, no Renovamento Carismático Católico, a espiritualidade que o fez reencontrar a fé cristã e marcou o seu regresso empenhado à Igreja.

Fez o Curso Geral de Teologia, no Centro de Formação e Cultura da Diocese de Leiria-Fátima. Pertenceu aos órgãos nacionais do RCC e é, hoje em dia, membro do Board Nacional do Percurso Alpha. Pertence à equipa de liderança pastoral da sua paróquia da Marinha Grande, onde é também ministro extraordinário da comunhão.

É casado, pai de quatro filhos e avô de cinco netos. É autor de dois livros, Orando em Verso e Orando em Verso II, ambos editados pela Paulus.

GIC!autor
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# Livro, # Marinha Grande, # Media
Terça-feira, 14 Janeiro, 2025

Pousos: Com papas e bolos também se elogia quem nos faz bem

Os músicos e cantores do coro das missas semanais da catequese agradecem a generosa e carinhosa lembrança que receberam. A caneca com a imagem do Papa Francisco vai tornar mais confortáveis os pequenos-almoços e lanches, acompanhados pelos deliciosos biscoitos e bombons. Este gesto motiva-nos a continuar a dar o melhor de nós, ajudando a tornar as celebrações mais vivas e envolventes. Obrigado(a), bem hajam e gratidão por este reconhecimento que nos enche de alegria e reforça o espírito de comunhão e serviço na nossa paróquia!

Esta mensagem e a foto da prova chegaram-nos na sequência de uma iniciativa realizada nos dias que antecederam o Natal, nascida no contexto da catequese da paróquia dos Pousos e também concretizada nesse ambiente: uma oferta de diversos carinhos, partilhada entre catequistas e à qual se associaram todos os jovens e adultos que promovem a música e o canto durante as celebrações em contexto de catequese paroquial, seja aos sábados, seja aos domingos. Este grupo, que tem crescido ao longo dos anos, tem diversificado o número de instrumentos musicais, tem um ritmo semanal de ensaio e tem atraído mais pessoas responsáveis pela coordenação do grupo a cada semana.

É constituído por catequizandos, antigos catequizandos, catequistas, pais, mães e amigos. Conta com a presença semanal de cantores “às dezenas e centenas”, com especial destaque para o entusiasmo dos mais pequeninos e recém-chegados (o canto e a música são fatores imediatos de bom acolhimento!), e pela presença natural dos pais das crianças e adolescentes dos 10 grupos, sempre que “escalados”.

Recentemente, a empresa Tramadel, propriedade dos nossos paroquianos Paula e Paulo Gonçalves, ofereceu um estrado de madeira, avaliado em 2.000,00 €, que facilita a colocação de cantores e instrumentistas. No passado dia 9, foi o coro do santuário (em associação com o coro da nossa igreja) que ocupou a totalidade do espaço e utilizou os 25 lugares sentados.

Este é um dos trabalhos extraordinariamente meritórios, que complementa o trabalho catequético. Felizmente, não é o único bom complemento do despertar da fé, em que todos nós estamos envolvidos.

Paróquia dos Pousos!autor
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# Pousos

DINAMISMOS

Quarta-feira, 15 Janeiro, 2025

Animadores da Acção Católica Rural reunidos em curso nacional para capacitação e compromisso

Nos dias 11 e 12 de janeiro, a Casa Diocesana Nossa Senhora do Socorro, em Albergaria-a-Velha, diocese de Aveiro, foi palco do Curso Nacional de Animadores da Acção Católica Rural. O evento contou com a participação de 70 animadores das dioceses de Aveiro, Braga, Coimbra, Funchal, Guarda, Leiria-Fátima, Santarém, Viana do Castelo e Viseu, abrangendo uma faixa etária variada.

O curso teve início no sábado, com o acolhimento aos participantes, de forma singular e carregado de simbolismo. Cada participante recebeu um pequeno rebuçado, acompanhado de um “calhau” e uma mensagem inspiradora, adaptada de uma frase do Papa Francisco: “Tal como o mar moldou este calhau, o Senhor deseja moldar os nossos corações. Aceita o desafio!”. A apresentação teve por base uma música dos Coldplay – We Pray; a letra aborda a oração como um ato de resistência e resiliência diante das adversidades da vida.

A manhã continuou com uma palestra sobre “Migração, Inserção e Combate à Pobreza”, por Eugénia Costa Quaresma, Diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações. Falou-nos dos pobres como dinamizadores do seu processo de desenvolvimento e crescimento, e não apenas como pessoas subsidiadas pelo Estado. Os trabalhos incidiram sobre questões de reflexão profunda, e de uma interpelação pessoal e de grupo. O que podemos então fazer? Reconhecer e vencer o medo, promover o encontro, escutar e ter compaixão, viver a nossa catolicidade, cumprir a missão evangelizadora, cooperar com vista à comunhão. Em suma: acolher, proteger, promover, integrar e incluir.

Após o almoço, a programação retomou com uma sessão sobre “Inteligência Artificial”, conduzida por Roger Madureira. Foram apresentadas as diversas ferramentas que poderão ser uma mais-valia no desenvolvimento dos nossos trabalhos, além de uma reflexão e consciencialização para o bom uso destas ferramentas. À luz da DSI (Doutrina Social da Igreja), a Inteligência Artificial deve ser norteada para a dignidade da pessoa humana, para o bem comum, ao destino universal dos bens, à subsidiariedade e solidariedade.

O dia terminou com a celebração da Eucaristia, seguindo-se o jantar e o divertido serão, que incluiu uma oração da noite. Contamos, neste tempo, com a presença de D. António Moiteiro, bispo da diocese de Aveiro, que nos transmitiu palavras de estímulo e confiança.

No domingo, o trabalho foi orientado por Lúcia Morgado e Natacha Augusto, sobre “Dinâmicas de grupo”, proporcionando momentos de interação e aprendizagem.

Este curso representou uma oportunidade valiosa para formar uma nova geração de animadores de grupos, capacitando-os para enfrentar os desafios das comunidades e das gerações, no discernimento dos sinais dos tempos, promovendo o desenvolvimento social e espiritual. Um espaço de partilha, formação e compromisso, com ferramentas para fortalecer a missão da ACR em Portugal.

A Direção Nacional da Acção Católica Rural

Carlos Narciso!autor
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# Acção Católica Rural (ACR)
Terça-feira, 14 Janeiro, 2025

Pioneiros dos Pousos realizam integração

Em dezembro, a Comunidade do Agrupamento 877 Pousos realizou a sua atividade de integração.
Com foco no trabalho em equipa, no desprendimento do supérfluo e na importância da realização de um plano antes de cada desafio, partiram rumo ao “Alasca”, à semelhança do herói da atividade, Christopher de Into the Wild. Pelo caminho, passaram por várias peripécias e desafios, desde construir um abrigo a cozinhar a sua própria comida no meio da natureza, o que os levou a refletir sobre a importância de ter uma equipa unida para alcançar o sucesso.

No fim do dia, partilharam os melhores momentos do dia no fogo de conselho e refletiram, em conjunto, sobre o perigo da solidão e a importância de serem uma luz na vida uns dos outros.
Não podíamos deixar de agradecer ao Agrupamento de Escuteiros 1167 Arrabal, que os recebeu na sua sede, bem como à comunidade local que nos acolheu na eucaristia de domingo.

Paróquia dos Pousos!autor
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# 877, # Escutismo, # Pousos
Terça-feira, 14 Janeiro, 2025

Caminheiros dos Pousos movidos pelo serviço

O Clã do Agrupamento dos Pousos propôs-se a fazer serviço no âmbito da atividade “MoVe-te pelo Serviço”, promovida pelo Observatório Regional da IV. Esta atividade visa promover o serviço nas comunidades por toda a região, independentemente do tipo de serviço necessário.


Os nossos Caminheiros decidiram fazer serviço no Centro Social e Paroquial dos Pousos, na valência de ERPI. Logo pela manhã, chegaram ao CSPP prontos para animar a malta. Apresentaram-se àqueles que não estavam tão familiarizados com o escutismo e depois passaram um bom tempo a fazer jogos, levando consigo cartas e outros desafios. Ainda tiveram tempo de partilhar experiências e histórias com os residentes.
Por fim, antes do almoço, ficaram a conhecer melhor o projeto “Academia dos Sonhos”, que, entre outros sonhos, proporciona visitas e momentos de realidade virtual.
Os Caminheiros levam desta atividade uma manhã bem passada e frutuosa para todos, guardando consigo os momentos partilhados com a nossa comunidade sénior e a vontade de voltar um dia, em breve.

Paróquia dos Pousos!autor
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# 877, # Escutismo, # Pousos
Terça-feira, 14 Janeiro, 2025

Pioneiros da Marinha Grande salvam reféns de uma organização de vilões terríveis e estilosos

Entre os dias 10 e 12 de janeiro de 2025, a Comunidade do Agrupamento 36 – Marinha Grande enfrentou um desafio épico: neutralizar uma organização de vilões terríveis e estilosos que tinha colocado uma bomba num local de extrema importância. Para complicar ainda mais, os vilões fizeram reféns, tornando a missão ainda mais urgente e desafiante.

A atividade, cuidadosamente planeada, transformou-se num cenário repleto de suspense e adrenalina, simulando uma situação de emergência real. Os jovens agentes secretos foram desafiados a decifrar enigmas, superar obstáculos e trabalhar em equipa para “desarmar” a bomba antes que o tempo se esgotasse.

Num ambiente carregado de tensão, os agentes demonstraram coragem e determinação. Presos numa sala cheia de pistas enigmáticas e obstáculos estrategicamente colocados pelos vilões, tiveram de usar todas as suas habilidades para escapar. O raid fotográfico que se seguiu testou não só as suas capacidades individuais, mas também o espírito de equipa e a coesão da Comunidade. Aqui, cada segundo contou, e o verdadeiro valor do percurso foi partilhado com aqueles ao seu lado.

Apesar do exigente treino nas FACEIS, os agentes secretos não cederam. Demonstraram coragem, confiança, respeito e união. Com uma estratégia bem delineada, conseguiram resgatar todos os reféns a tempo, desarmando a bomba antes da detonação.

No final, os agentes saíram vitoriosos, garantindo a segurança de todos os reféns e concluindo a missão com sucesso. Esta atividade memorável não só ficou marcada na história da Comunidade, como também nos corações de cada escuteiro que participou.

Além de proporcionar uma aventura inesquecível, esta missão reforçou valores essenciais como trabalho em equipa, resiliência e solidariedade, destacando a força e a união dos nossos pioneiros.

Nelson Esteves

Pioneiros do Agrupamento 36 – Marinha Grande!autor
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# 36, # Escutismo, # Marinha Grande
Terça-feira, 14 Janeiro, 2025

Exploradores do Arrabal no Aca-Jack

Realizou-se, no passado fim de semana, de 10 a 12 de janeiro, a atividade de Reis da Expedição 1167 do Arrabal.
Inspirados na saga O Estranho Mundo de Jack e com um toque especial da equipa de animação, os exploradores tiveram a oportunidade de viver experiências e aventuras únicas. Por meio de portas mágicas colocadas em diversos pontos de Alcobaça, puderam ultrapassar barreiras e mergulhar no imaginário de Jack.

Durante a atividade, realizaram slide, tiro com besta, jogos tradicionais, visitaram o mosteiro de Alcobaça e o museu das Máquinas Falantes, além de aprofundarem os seus conhecimentos sobre a história de Alcobaça através de um jogo pela cidade.

No domingo, participaram na eucaristia no mosteiro e, após uma avaliação final muito positiva, regressaram a casa cansados, mas enriquecidos pelas experiências vividas.

Foram dois dias intensos, marcados por alguma chuva, mas repletos de aprendizagens significativas.

Agrupamento 1167 Arrabal!autor
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# 1167, # Arrabal, # Escutismo
Segunda-feira, 13 Janeiro, 2025

Festa de Reis no grupo Ondjoyetu

Decorreu no passado dia 5 de janeiro a habitual Festa de Reis organizada pelo Grupo Missionário Ondjoyetu.


O ponto principal foi a celebração eucarística presidida pelo padre Joaquim Domingos Luís.
Seguiu-se um convívio com lanche-jantar partilhado, onde estiveram presentes vários membros do GMO e respetivos cônjuges.
A festa terminou com a troca de prendas, em que cada membro presente tirou uma rifa com metade de um provérbio ou pensamento. Quem completasse a frase fazia, entre si, a respetiva troca.
Foi uma tarde preenchida, onde todos nos sentimos mais em comunhão.

João José Antunes!autor
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# Ondjoyetu
Segunda-feira, 13 Janeiro, 2025

Celebração dos Reis no CCMI

No dia 9 de janeiro, os alunos do 3.º ciclo participaram na Celebração dos Reis. Depois das celebrações de Natal dos mais pequenos, foi a vez desses alunos refletirem, através de encenações, música e dança, sobre a caminhada dos Reis Magos que, seguindo a estrela, chegaram à gruta de Belém.

Numa noite, Melchior deixou o seu palácio. Caminhou, com os outros Magos, animado pela esperança. Seguiram por um caminho desconhecido, certos de que algo grandioso os esperava. Procuraram um rei e encontram um bebé, não num trono, mas nos braços da mãe.

Assim como os Magos, também somos peregrinos em busca de um sentido maior, seguindo por caminhos desconhecidos, cheios de anseios que habitam o nosso coração. E, perante o peso dos dias, é fácil desanimar, mas o Natal lembra-nos que não estamos sozinhos. Jesus nasceu para caminhar connosco!

Foi com esta mensagem que terminou o momento celebrativo, ficando o desafio de, nos caminhos da vida, sermos peregrinos da esperança.

Mónica Batista

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EXTRAMUROS

Sexta-feira, 17 Janeiro, 2025

Aumento de raptos de religiosos em 2024 preocupa fundação pontifícia

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) registou, em 2024, 122 casos de violência contra sacerdotes e religiosos, incluindo 13 assassinatos, 38 raptos e 71 detenções. Em comparação com o ano anterior, os raptos aumentaram, passando de 33 para 38.

O Haiti liderou os raptos, com 18 vítimas, reflexo do colapso da segurança nacional. Já na Nigéria, o número de raptos diminuiu para 12, mas o país mantém-se perigoso para religiosos. Outros casos ocorreram nos Camarões, Brasil, México, República Democrática do Congo e Maláui, envolvendo crimes como abusos físicos e sexuais.

Entre as 13 mortes, destacam-se os casos do padre Robert Hoeffner, assassinado nos Estados Unidos, e do padre Ramón Montejo, morto na Colômbia durante um roubo. No México, o padre Marcelo Pérez foi assassinado devido ao seu ativismo em defesa de povos indígenas.

A AIS refere ainda que 71 membros do clero foram detidos, com 10 a permanecerem presos no final do ano, destacando preocupações com a liberdade religiosa e a segurança jurídica em várias regiões do mundo.

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Sexta-feira, 17 Janeiro, 2025

Dirigentes das IPSS alertam para constrangimentos na sustentabilidade do setor

Porto, 16 jan 2025 (Ecclesia) – A sustentabilidade das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) foi apontada como a “principal preocupação” pelos seus dirigentes, que denunciam limitações impostas pelo Estado e dificuldades financeiras.

Reunidos num encontro promovido pela Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, sob o tema “Dirigentes das IPSS. Desafios, Direitos e Deveres”, os responsáveis sublinharam a complexidade da gestão, num contexto marcado pela rigidez nos recursos e constrangimentos financeiros.

“O Estado regula minuciosamente os critérios das comparticipações familiares, fixando valores que não cobrem os custos das respostas sociais”, afirmam, sublinhando que, além das receitas controladas, as despesas aumentam devido a medidas como a subida da Remuneração Mínima Mensal Garantida.

Os dirigentes reclamam maior flexibilidade e o direito a serem ouvidos na Comissão Permanente do Conselho Económico e Social, realçando que a comunicação política sobre as IPSS deve reconhecer o mérito do setor e os desafios enfrentados.

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Quinta-feira, 16 Janeiro, 2025

Imagens peregrinas de Fátima assinalam o Jubileu 2025 em seis países

Fátima, 15 jan 2025 (Ecclesia) – As imagens peregrinas de Nossa Senhora de Fátima vão viajar por seis países, espalhados por dois continentes, ao longo do Jubileu 2025, divulgou o Santuário de Fátima.

As viagens abrangem Portugal, Espanha, Itália, Brasil, Colômbia e Venezuela, levando a mensagem de Fátima a várias comunidades e iniciativas jubilares. A imagem n.º 2 começa o percurso em Espanha, na Diocese de Sevilha, antes de regressar a Portugal, para visitas às paróquias de São Pedro de Castelões e São João Batista de Cepelos, na Diocese do Porto.

No Brasil, as imagens n.º 3, n.º 6 e n.º 9 percorrem paróquias em São Paulo, Guarujá e Campos dos Goytacazes, com destaque para o cinquentenário da Irmandade de Nossa Senhora de Fátima. A Colômbia e a Venezuela recebem as imagens n.º 7 e n.º 11, respetivamente, em celebrações locais.

Em Itália, as imagens n.º 4, n.º 12 e n.º 13 visitam dioceses em Lombardia, Sabina-Poggio Mirteto e Brescia. Já em Portugal, as imagens peregrinas passam por Coimbra, Porto e Santarém, marcando iniciativas jubilares e peregrinações locais.

Criada em 1947, a primeira imagem peregrina, concebida pela Irmã Lúcia, deu origem a um movimento mundial que hoje conta com 13 imagens, partilhando a mensagem de paz e amor de Fátima.

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Quinta-feira, 16 Janeiro, 2025

Conferência Episcopal destaca rejeição de projetos sobre aborto e anuncia encontro sinodal em 2026

Fátima, 15 jan 2025 (Ecclesia) – O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) saudou a rejeição, pela Assembleia da República, dos projetos legislativos que propunham alterações ao prazo legal para o aborto, votados na passada sexta-feira.

“A Igreja manifesta agrado pela reprovação dos projetos e reitera a sua doutrina sobre o respeito pela vida humana desde a conceção até à morte natural”, refere um comunicado enviado à Agência ECCLESIA após a reunião mensal do organismo, esta terça-feira, em Fátima.

O documento recorda o apelo do Papa Francisco, na mensagem para o Dia Mundial da Paz 2025, para promover a dignidade da vida humana, destacando ainda o papel das associações católicas que se opuseram aos projetos.

Na reunião, foi sublinhado o sucesso do Encontro Sinodal nacional realizado no sábado e confirmada a realização de um segundo encontro em 2026, no contexto do Sínodo 2021-2024. Foram ainda debatidos temas como a compensação às vítimas de abusos sexuais e as próximas jornadas do episcopado, em junho.

O encontro sinodal destacou a importância de “liderança partilhada” e sugeriu a criação de conselhos pastorais em todas as paróquias.

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Quarta-feira, 15 Janeiro, 2025

Santuário de Fátima acolhe Jubileu da Vida Consagrada

O Santuário de Fátima vai acolher, dia 01 de março, o Jubileu da Vida Consagrada.

A iniciativa começa às 11h00 com a celebração da Eucaristia presidida por D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e delegado da Conferência Episcopal Portuguesa para a Vida Consagrada, na Basílica da Santíssima Trindade, lê-se numa nota enviada à agência ECCLESIA.

Na parte da tarde, no Auditório do Centro Pastoral Paulo VI, haverá adoração eucarística, pelas 14h30 e uma hora depois o bispo de Lamego, D. António Couto, faz uma reflexão sobre o jubileu.

Após a reflexão realiza-se um momento cultural antes do encerramento e entrega de um símbolo.

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Quarta-feira, 15 Janeiro, 2025

Portugal reforça cuidados paliativos, mas desafios persistem

Lisboa, 14 jan 2025 (Ecclesia) – O Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP) da Universidade Católica Portuguesa apresentou os relatórios de 2023, evidenciando avanços significativos na formação de profissionais e na atividade assistencial nesta área.

Segundo o comunicado da Faculdade de Ciências da Saúde e Enfermagem da UCP, 65% dos profissionais das Equipas Intra-hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos possuem formação avançada, incluindo pós-graduações e mestrados. Contudo, 11,2% dos profissionais que trabalham com adultos e 10,3% das Unidades de Cuidados Paliativos ainda não têm formação específica.

O relatório alerta para a necessidade de expandir estágios certificados e programas obrigatórios de educação, sublinhando que apenas 9% da população adulta e 0,9% da pediátrica têm acesso a serviços especializados. Em 2022, foram referenciados 11.190 doentes para cuidados paliativos, com 45,7% das admissões a ocorrerem em equipas intra-hospitalares, destacando Lisboa com 36,7% dos casos atendidos.

O OPCP sublinha a urgência de medidas para melhorar o rácio de profissionais por doente e ampliar o uso de instrumentos padronizados, apontando para a necessidade de um investimento estratégico a longo prazo. Os relatórios estarão disponíveis esta quarta-feira no site do Observatório.

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Quarta-feira, 15 Janeiro, 2025

A cruz escondida: Após mais um Natal em guerra, Igreja da Ucrânia agradece toda a ajuda

“Obrigado por tudo!”

Líderes da Igreja Ucraniana enviaram, nas últimas semanas, saudações de Natal à Fundação AIS, agradecendo o apoio material e espiritual ao longo destes quase três anos de guerra. Nas suas mensagens, destacam os desafios que o país enfrenta, como o aumento dos níveis de ‘stress’ das pessoas e a escassez de recursos em várias regiões.

“Obrigado por tudo o que fazem. Obrigado!”, diz o Núncio Apostólico na Ucrânia, Arcebispo Visvaldas Kulbokas, na sua mensagem de Natal à Fundação AIS. Enquanto a guerra na Ucrânia continua, a Igreja local está a enfrentar desafios cada vez mais difíceis. Vários líderes da Igreja expressaram a sua gratidão, descrevendo o apoio da Fundação AIS como crucial tanto em termos de assistência humanitária como para o reforço da fé. No entanto, afirmam também que continuam a surgir novas realidades, como o aumento do sofrimento psicológico causado pelo prolongamento da guerra e a escassez de recursos essenciais em muitas regiões, o que está a pôr em risco a sobrevivência das comunidades afectadas. O Arcebispo Sviatoslav Shevchuk, chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana, expressou a gratidão de toda a Igreja e de todo o povo da Ucrânia, afirmando que a cooperação da Fundação AIS tem sido da maior importância. “Obrigado por nos ajudarem a salvar vidas humanas na Ucrânia.” Por sua vez, o Arcebispo Mieczysław Mokrzycki, responsável pelos católicos latinos na Ucrânia, também agradeceu aos benfeitores da Fundação AIS pela ajuda humanitária durante a guerra e pediu-lhes que “continuem a rezar e a ajudar os padres e religiosas, que trabalham com as pessoas neste período difícil”, acrescentando: “Pedimos também que rezem para que esta guerra termine o mais depressa possível”.

“As pessoas têm falta até do essencial…”

Nas últimas semanas, foram várias as mensagens de Natal recebidas pela Fundação AIS Internacional oriundas da Ucrânia. Uma delas foi a do Bispo Auxiliar de Lviv, D. Eduard Kava, que destacou o apoio dado à formação dos jovens. “Graças ao vosso apoio, podemos fazer muitas coisas boas, especialmente com os jovens”, disse. “Neste momento, no nosso centro pastoral perto de Lviv, estamos a realizar uma celebração para os jovens, onde rezam juntos e se formam para servir na Igreja. Desejo-vos um Feliz Natal, com todas as bênçãos de Deus. Que o Senhor vos abençoe e vos guarde”. Todos os representantes da Igreja Católica no país concordam que a ajuda continua a ser muito necessária. “Em áreas como Kharkiv, Zaporizhzhia e Odessa, as pessoas têm falta até do mais essencial: pão, água, aquecimento e electricidade”, diz o Arcebispo Kulbokas. “Noutras regiões, o mais importante é a ajuda para acolher os refugiados. E, claro, a assistência psicológica para toda a gente, não só para os militares e as famílias, mas também para os padres, as religiosas, os voluntários… Porque três anos de guerra produziram muitas dificuldades a nível psicológico”. O Núncio Apostólico sublinhou também que, embora a ajuda material continue a ser muito importante, há igualmente uma necessidade muito grande de assistência espiritual.

“Estamos a receber muita, muita ajuda…”

Exemplo concreto do apoio que a Fundação AIS tem dado à Igreja da Ucrânia é o Padre Lucas Perozzi. No dia 19 de Novembro, quando se assinalaram os primeiros mil dias de guerra, este sacerdote brasileiro do caminho Neocatecumenal, e que se encontra actualmente na Paróquia do Espírito Santo, em Bayarka, perto de Kiev, descreveu, e agradeceu, alguma da ajuda que tem recebido da fundação pontifícia. “Em relação à Fundação AIS, estamos a receber muita, muita ajuda”, sintetizou o Padre Lucas. Desde o apoio para o aquecimento de salas destinadas ao acolhimento de pessoas que em suas casas não têm como se aquecer, à ajuda para a mobilidade dos sacerdotes e religiosas – “o meu carro foi dado pela Fundação AIS”, confessa o sacerdote –, ao apoio para a formação de agentes da Igreja para a questão do trauma, há um quase sem-número de exemplos do que tem representado a solidariedade dos benfeitores da Fundação AIS nestes quase três anos de guerra. O Padre Lucas sublinha a importância da formação na questão dos traumas. “Temos de nos qualificar para sabermos trabalhar com as pessoas que estiveram na frente da guerra, com pais que perderam os filhos, com filhos que perderam os pais… tudo relacionado com os traumas, e isso não é fácil. É um problema novo para nós”, conclui o Padre Lucas Perozzi.

Paulo Aido

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Terça-feira, 14 Janeiro, 2025

Proteção de Menores: Catequese e EMRC assumem esforço de formação para combate e prevenção de abusos

Fátima, 13 de janeiro de 2025 (Ecclesia) – D. António Augusto Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, destacou o esforço de formação contínua de catequistas e professores de EMRC (Educação Moral e Religiosa Católica) no combate e prevenção de abusos de menores. Em declarações à Agência ECCLESIA, sublinhou a importância dos encontros realizados entre sexta-feira e sábado, em Fátima, com responsáveis do setor, para o aprofundamento desta temática.

“Neste âmbito formativo, que abrange tanto a catequese quanto os professores de EMRC, tem-se verificado um grande esforço na formação dos formadores sobre a prevenção de abusos”, afirmou D. António Augusto Azevedo, bispo de Vila Real.

Joana Alexandre, do Grupo VITA, apresentou um estudo que revelou que “mais de 50% dos catequistas adotam práticas de prevenção de abusos e abordam o tema com os seus catequizandos”. Este estudo foi partilhado com os responsáveis diocesanos de catequese durante o encontro em Fátima.

O bispo de Vila Real saudou ainda a colaboração com o Grupo VITA, que no próximo dia 21 de janeiro vai apresentar o seu terceiro relatório de atividades em Lisboa, junto com os resultados de três novos estudos de investigação. Este organismo, criado pela Conferência Episcopal Portuguesa, está a desenvolver o ‘Programa Girassol: Prevenção primária do abuso sexual infantil no contexto da Igreja Católica em Portugal’, destinado a crianças dos 6 aos 9 anos.

“Estão em preparação materiais lúdicos úteis para a formação dos menores, para que possam também consciencializar-se e se defender de situações inadequadas”, acrescentou D. António Augusto Azevedo.

António Cordeiro, coordenador do Departamento de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), destacou a importância de promover a segurança dos alunos. “Os professores têm um papel central junto das comunidades educativas e com os alunos, sendo um ponto de ligação para promover a segurança e o cuidado”, explicou.

No âmbito do programa Girassol, Alexandra Figueiredo, docente de EMRC na Diocese de Leiria-Fátima, referiu que foram realizadas várias ações de formação, com o objetivo de sensibilizar para a prevenção da violência sobre as crianças e criar mecanismos de intervenção nas comunidades.

D. António Augusto Azevedo também mencionou a elaboração de novos recursos, incluindo materiais digitais, que têm sido uma “mais-valia” no processo educativo. Carina Veríssimo, docente de EMRC na Diocese do Porto, realçou a importância de os recursos digitais aproximarem os conteúdos aos alunos de forma dinâmica e leve, sem esquecer a importância das relações humanas na aprendizagem.

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Segunda-feira, 13 Janeiro, 2025

“Indignação é dignidade”: D. José Ornelas defende migrantes em manifestação

Fátima, 11 jan 2025 (Ecclesia) – D. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), associou-se à manifestação em Lisboa em defesa dos migrantes, apelando ao respeito por todas as pessoas.

“Às vezes, a indignação significa dignidade e significa projeto, sede de um mundo melhor”, afirmou o prelado aos jornalistas, no final do Encontro Sinodal Nacional, que reuniu 300 participantes de várias dioceses.

A manifestação, intitulada ‘Não nos encostem à parede’, foi convocada após uma operação policial na rua do Benformoso, em dezembro, onde dezenas de imigrantes foram revistados encostados a paredes, gerando indignação.

Para D. José Ornelas, os milhares de manifestantes nas ruas de Lisboa representam “não resignação” e refletem a sinodalidade da Igreja, que “tem por vocação ser migrante, nas culturas, na história e nas ideias”.

Classificando o protesto como uma “ação bonita”, rejeitou leituras políticas: “Não podemos ficar parados, e a Igreja também não pode ficar.”

O evento contou com a presença de ativistas, políticos e cidadãos. Paralelamente, o partido Chega promoveu uma vigília de apoio à PSP na Praça da Figueira.

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Segunda-feira, 13 Janeiro, 2025

Sinodalidade: um caminho para transformar a Igreja em Portugal

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Ornelas, defendeu no sábado, em Fátima, a implementação da sinodalidade em toda a Igreja, sublinhando que esta “pode e deve mudar as comunidades”. A intervenção decorreu na abertura de um encontro nacional com 300 participantes das várias dioceses, no Centro Pastoral Paulo VI.

O bispo de Leiria-Fátima apelou a uma transformação profunda das comunidades católicas, inspirada no percurso sinodal iniciado em 2021 e no documento final do Papa Francisco, resultado da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos. “O que se quer é mudar mesmo a Igreja (…) e criar um movimento de renovação no coração de todos”, frisou.

O evento tem como objetivo refletir sobre a aplicação prática do documento sinodal nas comunidades e reforçar a aprendizagem de uma Igreja que discuta “de modo participativo, na sua diversidade”. D. José Ornelas destacou a disposição circular das mesas, em cerca de 40 grupos, como sinal de comunhão, à semelhança das sessões sinodais no Vaticano.

O responsável episcopal considera que o encontro simboliza a abertura da Igreja em Portugal a este “passo renovador”, sustentado pela escuta do Espírito Santo e do povo de Deus. “O verdadeiro caminho sinodal começa agora”, afirmou, esperando que esta dinâmica se multiplique em dioceses, paróquias, movimentos e famílias.

O documento final do Sínodo, aprovado por Francisco, assume-se como guia para concretizar o sonho de uma Igreja mais sinodal e missionária. Para D. José Ornelas, é essencial que o texto “chegue ao coração de cada um” e inspire uma participação ativa na renovação eclesial.

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Segunda-feira, 13 Janeiro, 2025

Encontro Sinodal em Fátima destaca reforço da participação nas comunidades

Fátima recebeu no sábado o Encontro Sinodal nacional, promovido pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), com 300 participantes de várias dioceses a sublinharem a importância de “ativar e fortalecer os órgãos de consulta” da Igreja Católica, ampliando a participação e responsabilidade dos leigos.

Divididos em 36 grupos, os participantes apresentaram propostas como a criação de conselhos pastorais em todas as paróquias e/ou unidades pastorais, visando alargar os espaços de escuta e promover uma liderança partilhada e criativa. Inspirados pelo número 107 do Documento Final da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, destacaram-se exemplos de boas práticas, como redes de conselhos pastorais ao nível local e diocesano.

O encontro defendeu ainda a necessidade de “criar hábitos sistemáticos de avaliação” nas comunidades e apostar no acompanhamento, acolhimento e formação, especialmente nos seminários. Outro ponto em destaque foi a valorização das famílias e a busca de novas formas de ação pastoral.

O evento iniciou-se com uma intervenção de D. José Ornelas, presidente da CEP, e terminou com o encerramento de D. Virgílio Antunes, vice-presidente. A sugestão de repetir o encontro em 2026, para partilhar boas práticas, marcou o encerramento dos trabalhos.

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Segunda-feira, 13 Janeiro, 2025

Santuário de Fátima doa mais de 19,5 mil euros à Comunidade Vida e Paz

O Santuário de Fátima vai entregar 19 665,55 euros à Comunidade Vida e Paz, valor angariado nos ofertórios das celebrações natalícias, para apoiar pessoas em situação de sem-abrigo e reabilitação.

Segundo Horácio Félix, presidente da instituição, parte da verba será destinada ao apoio alimentar em Lisboa, e o restante financiará a renovação de quatro quartos no Centro de Fátima, uma comunidade terapêutica situada no Moimento, que acolhe cerca de 70 utentes em tratamento de adições.

A Comunidade Vida e Paz, fundada em 1989 e distinguida como membro honorário da Ordem do Mérito pelo Presidente da República, apoia diariamente mais de 900 pessoas em situação de sem-abrigo, garantindo alimentação, reabilitação e reintegração social. Apesar dos apoios oficiais cobrirem apenas 60% das despesas, a instituição depende de donativos para os restantes 40%.

O Santuário de Fátima tem o hábito de atribuir, anualmente, as receitas dos ofertórios natalícios a uma causa social, reforçando a sua missão solidária junto das comunidades mais vulneráveis.

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PAPA FRANCISCO

Sexta-feira, 17 Janeiro, 2025

Papa Francisco implementa apoio de 300 euros para famílias numerosas no Vaticano

O Estado da Cidade do Vaticano atribui, desde 1 de janeiro, um bónus mensal de 300 euros aos seus funcionários com três ou mais filhos. A medida, tomada por “decisão pessoal” do Papa Francisco, foi anunciada em comunicado enviado à Agência ECCLESIA. O montante será concedido até ao 18.º aniversário dos filhos ou ao fim dos estudos superiores, com limite de 24 anos.

O Papa também determinou o aumento da licença parental de três para cinco dias, aplicável a pais biológicos, adotivos ou de acolhimento.

A decisão foi comunicada a 19 de dezembro de 2024 ao cardeal Fernando Vérgez Alzaga e à irmã Raffaella Petrini, responsáveis pelo Governatorato do Vaticano, com a instrução de ser implementada de imediato. O governo do Estado do Vaticano descreve esta medida como uma demonstração do compromisso pessoal do Papa com o apoio às famílias.

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# Papa Francisco
Quinta-feira, 16 Janeiro, 2025

Papa apela ao fim do trabalho infantil e alerta para a cumplicidade de todos

O Papa Francisco denunciou, no Vaticano, o trabalho infantil e a exploração de menores, apelando à responsabilidade de todos para erradicar este flagelo global. Durante a audiência geral no Auditório Paulo VI, perante milhares de fiéis, o pontífice destacou o papel dos consumidores: “Como posso comer ou vestir-me sabendo que por detrás daquelas roupas ou daquela comida estão crianças exploradas? Ter consciência do que compramos é o primeiro passo para não sermos cúmplices.”

Francisco pediu ainda ação por parte de cidadãos, políticos e jornalistas, apelando a que estes últimos denunciem a exploração de menores e ajudem a encontrar soluções: “Denunciem estas coisas, não tenham medo.” O Papa recordou as legislações existentes contra o trabalho infantil, sublinhando, no entanto, que “muito mais pode ser feito” para proteger os menores.

O pontífice alertou para as consequências da pobreza, da exclusão social e da precariedade, que empurram crianças para situações de trabalho perigoso, tráfico humano, prostituição e casamentos forçados. Francisco classificou os abusos de menores como “um crime e uma violação grave dos mandamentos de Deus”, reforçando que “nenhuma criança deveria sofrer abusos”.

Na intervenção, citou Santa Teresa de Calcutá, sublinhando o direito das crianças a um ambiente seguro onde possam crescer. No final, saudou os peregrinos presentes e lembrou: “Como Jesus em Nazaré, todas as crianças têm o direito de crescer tranquilas e felizes.”

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# Papa Francisco
Quarta-feira, 15 Janeiro, 2025

Autobiografia do Papa Francisco defende inclusão e aborda resistências na Igreja

A primeira autobiografia do Papa Francisco, intitulada Spera (Esperança), chegou às livrarias, abordando temas como a inclusão de divorciados, homossexuais e transexuais na Igreja, além das resistências enfrentadas no pontificado. “Na Igreja, são todos convidados”, escreve Francisco, que recorda episódios marcantes, como a visita de transexuais ao Vaticano, defendendo que todos podem receber sacramentos e exercer funções na comunidade.

A obra denuncia a criminalização da homossexualidade em vários países e critica práticas como a maternidade de substituição, reiterando que “a vida humana não pode ser objeto de mercantilismo”. Francisco alerta contra a “teoria do género” e sublinha a missão pastoral da Igreja de “acompanhar, não excluir”.

Refletindo sobre o Concílio Vaticano II, o Papa lamenta que este “ainda não foi plenamente compreendido”. O livro aborda ainda temas como a guerra, as migrações e a crise ambiental, apresentando reflexões sobre os desafios do futuro da Igreja.

Escrito com Carlo Musso, Spera é publicado em mais de cem países, incluindo Portugal, pela editora Nascente.

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# Papa Francisco
Terça-feira, 14 Janeiro, 2025

Papa apela à superação de preconceitos contra o povo cigano

Cidade do Vaticano, 12 jan 2025 (Ecclesia) – O Papa Francisco assinalou os 600 anos da presença do povo cigano em Espanha, apelando à superação de preconceitos e à inclusão desta população.

“Há preconceitos a ultrapassar e situações dolorosas a enfrentar: famílias carenciadas, crianças com dificuldades nos estudos, jovens sem empregos dignos, mulheres vítimas de discriminação”, escreveu o Papa, num texto divulgado pelo Vaticano.

Francisco recorda a história de marginalização vivida por este povo, sublinhando que Deus “é peregrino na história com a humanidade e tornou-se nómada com o povo cigano”. O Papa destaca ainda os esforços das últimas décadas, por parte da Igreja, da sociedade espanhola e do próprio povo cigano, para promover um caminho de inclusão que respeite a sua identidade.

Na mensagem, Francisco elogia valores como o apreço pelos idosos e o sentido de família, agradecendo àqueles que se dedicam à pastoral com os ciganos. A referência aos beatos Emilia Fernández Rodríguez e Ceferino Giménez Malla sublinha o testemunho de fé do povo cigano.

“Caminhemos juntos”, exorta o Papa, incentivando à transmissão da ternura de Deus e à valorização da cultura cigana.

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# Papa Francisco
Segunda-feira, 13 Janeiro, 2025

Francisco revela tragédias e esperança em autobiografia inédita

O Papa Francisco aborda na sua nova autobiografia, intitulada Spera (Esperança, em Portugal), episódios marcantes da sua juventude na Argentina e a herança da sua família de imigrantes italianos. O livro chega a Portugal a 14 de janeiro.

Entre as memórias, o Papa recorda tragédias da adolescência, como a história de um amigo que, após um homicídio, acabou por se suicidar, e o impacto da notícia de um jovem de 15 anos que matou a própria mãe. “Introduziu-nos na natureza trágica e complexa da vida”, reflete.

O livro, escrito em colaboração com Carlo Musso, também aborda o humor como ferramenta para enfrentar dificuldades e a importância das crianças, que Francisco considera fontes de sabedoria e humanidade. “Quem renuncia à sua humanidade renuncia a tudo”, afirma.

O Papa partilha ainda a tragédia de um naufrágio em 1927, que os seus avós evitaram por um acaso, ao não embarcarem no navio que os levaria para Buenos Aires. Além disso, menciona episódios como os riscos de atentados na sua visita ao Iraque, em 2021.

Esperança inclui fotografias privadas e reflete sobre a resiliência e a dignidade, apresentando-se como um testemunho profundo sobre a vida, a fé e os desafios do nosso tempo.

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# Papa Francisco
Segunda-feira, 13 Janeiro, 2025

Jubileu 2025: Papa Francisco convida a «recomeçar» com esperança e compromisso com a natureza

O Papa Francisco inaugurou no sábado, no Auditório Paulo VI, um ciclo de audiências especiais para o Jubileu 2025, sublinhando que este Ano Santo deve ser um tempo de “recomeço”. “O Jubileu é um novo começo, a possibilidade de cada um recomeçar a partir de Deus”, afirmou perante milhares de peregrinos.

O Santo Padre destacou a importância de renovar relações entre as pessoas e com a “casa comum”, ferida pela degradação ambiental. Inspirado na figura de João Batista, Francisco apelou a um “salto qualitativo”, reconhecendo a pequenez humana para acolher o Reino de Deus.

As audiências jubilares, a cada duas semanas, centram-se na esperança e acompanham os grandes eventos do ano. “Partimos desta originalidade de Deus que nos chama a servir, amar e ser voz dos pequeninos”, acrescentou, pedindo à multidão que repetisse a palavra-chave da sua mensagem: “Recomeçar!”.

O Papa exortou à oração pela paz e recordou que o Jubileu é “possibilidade de perdão e renovação”, destacando ainda o marco dos 1700 anos do Concílio de Niceia e o itinerário ecuménico proposto em 28 igrejas europeias.

O Jubileu 2025 é o 27.º da história da Igreja, retomando uma tradição iniciada em 1300 por Bonifácio VIII, com a última edição extraordinária dedicada à Misericórdia em 2016.

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# Papa Francisco

VOX POPULI

Quinta-feira, 16 Janeiro, 2025
Pe. Augusto Ascenso Pascoal
Sacerdote da Diocese de Leiria-Fátima

TODOS E MUITOS

Sem nenhuma pretensão de ensinar a alguém seja que for, vão dois dedos de conversa, apenas com o desejo de oferecer uma pista de saída para as dúvidas de alguém que muito estimo e a quem devo especiais favores.

Estamos perante a trecho da Carta aos Hebreus que lemos na missa desta terça-feira da primeira semana do que o nosso Directório Litúrgico designa por Tempo Comum.

“Não foi aos Anjos que Deus submeteu o mundo futuro de que falamos. Alguém afirmou numa passagem da Escritura: «Que é o homem para que Vos lembreis dele, o filho do homem para dele Vos ocupardes? Vós o fizestes um pouco inferior aos Anjos, de glória e honra o coroastes, tudo submetestes a seus pés».

Ao submeter-Lhe todas as coisas, Deus nada deixou fora do seu domínio. Por enquanto, ainda não vemos que tudo Lhe esteja submetido. Mas aquele Jesus, que, por um pouco, foi inferior aos Anjos, vemo-l’O agora coroado de glória e de honra por causa da morte que sofreu, POIS ERA NECESSÁRIO QUE, PELA GRAÇA DE DEUS, EXPERIMENTASSE A MORTE EM PROVEITO DE TODOS. CONVINHA, NA VERDADE, QUE DEUS, ORIGEM E FIM DE TODAS AS COISAS, QUERENDO CONDUZIR MUITOS FILHOS PARA A SUA GLÓRIA, LEVASSE À GLÓRIA, PELO SOFRIMENTO, O AUTOR DA SALVAÇÃO. Pois Aquele que santifica e os que são santificados procedem todos de um só. Por isso não Se envergonha de lhes chamar irmãos, ao dizer: «Anunciarei o teu nome aos meus irmãos, no meio da assembleia cantarei os teus louvores»” (Hebr 2, 5-12).

Todas as traduções que consultei, talvez porque todas têm como perspectiva a universalidade da Redenção, coincidem globalmente com a nossa litúrgica oficial; e, de facto, há nisso dificuldade maior, porque, tanto o texto grego como o latino, da Nova Vulgata, podem perfeitamente traduzir-se desse modo. Falta apenas repararmos bem que, enquanto no versículo nono se fala d’Aquele pelo Qual tudo existe e cuja misericórdia não exclui nada do que criou, no versículo seguinte fala-se d’Aquele consumou a Redenção.

E voltamos ao mistério do “todos” e do “muitos”, que está claríssimo no texto original grego e algumas traduções litúrgicas, como a nossa, quiseram contornar de forma que arrisca o significado eclesiológico, também claro, no contexto da instituição do sacramento da Eucaristia.

Sem querer de modo nenhum desfazer o mistério, nem duvidar da competência dos responsáveis pela tradução da Carta aos Hebreus, penso que poderíamos traduzir de outro modo, sobretudo o versículo nono:

“Vemo-l’O agora coroado de glória e de honra por causa da morte que sofreu, pois era necessário que, pela graça de Deus para com todos, experimentasse a morte”.

Não exclui o mistério, mas, além de me parecer gramaticalmente correcta, creio que reflecte melhor o pensamento paulino sobre a morte redentora de Cristo e o carácter exemplar do seu sofrimento pra os que abraçaram a fé e querem manter-se fiéis.

Segundo a expressão do mesmo Apóstolo, na Carta aos Colossenses:

“Agora, alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja.

Foi dela que eu me tornei servidor, segundo a missão que Deus me confiou para vosso benefício: levar à plena realização a Palavra de Deus, o mistério escondido ao longo das gerações e que agora Deus manifestou aos seus santos” (Col 1, 24-26).

“Completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo!

Nenhuma forma de hedonismo: nem o prazer de sofrer – masoquismo -, nem o de fazer sofrer – sadismo-; mas a assunção fraterna da comunhão no amor, na caridade – “Charitas” – universal de Deus pela criação inteira. Mistério de comunhão acessível a todos, no qual se entra pelo Baptismo, mas que tem de ser assumido por cada um, pela conversão permanente: esse gesto contínuo de dor, arrependimento e emenda, sem o qual traímos o nosso ministério, o serviço à humanidade, em que fomos introduzidos pelo Baptismo, a maioria, e o sacramento da Ordem, os ordenados.

Por isso São Paulo escreve aos cristãos de Colossos: alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja.

A Igreja, chamada “católica” desde o início, porque é para todos, em Jesus Cristo.

Sem Ele qualquer designação – “católica”, “ortodoxa”, “evangélica”, para falar apenas das mais conhecidas – é puramente formal, muitas vezes vazia de conteúdo, prestando-se a todo o tipo de equívocos, que abundam no jornalismo contemporâneo, às vezes mesmo no que se considera mais sério e responsável.

E não podem as igrejas enganar-se quando dizem que têm Cristo no centro?

Claro que podem. Por isso Jesus, que tantas vezes tinha prevenido os discípulos da necessidade de estarem atentos ao perigo dos falsos profetas, antes de ser arrastado para a prisão que o levaria à more, diz a um deles:

“Simão, Simão, olha que Satanás pediu para vos joeirar como trigo. Mas Eu roguei para que a tua fé não desapareça. E tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos” (Lc 22, 31).

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Quinta-feira, 16 Janeiro, 2025
Sérgio Carvalho
Professor de EMRC

A ecologia integral

Há 800 anos, o pobre de Assis que ficou conhecido como São Francisco, compôs o Cântico das Criaturas, um hino em que plasmou a sua teologia e cosmovisão. Tudo e todos são criaturas de Deus, são «irmãos», porque filhos do mesmo Pai, devendo manifestar-se na harmonia e num espírito de fraternidade.

Este texto deu ao mundo muitas coisas, entre as quais a padronização de uma forma escrita do italiano antigo, mas também uma fonte de inspiração para uma verdadeira «ecologia integral». O próprio cardeal Bergoglio, ao ser eleito Papa, em 2013, tomou o nome de Francisco porque se inspirou em São Francisco de Assis e do século XII-XIII trouxe para o século XXI a sua forma simples e desprendida de viver no mundo, respeitando todas as criaturas de Deus, desde o ser mais simples da natureza até ao complexo ser humano, imagem do próprio Deus. Quis que fosse a marca do seu pontificado.

Em 2015, o Papa Francisco intitulou um dos seus primeiros documentos, com as primeiras palavras do Cântico das Criaturas, chamando à sua encíclica sobre o cuidado da Casa Comum – «Laudato si», «Louvado sejas…». Foi a primeira vez que uma encíclica papal foi intitulada numa língua que não o latim. 

O cuidado com a Casa Comum, o planeta Terra, é um dever de todos os cristãos e de toda a humanidade. Não temos outro espaço onde viver e fazer prosperar a nossa civilização. Mas este dever tem de ser realizado através de uma ecologia integral, que abarca e integra tudo e todos, não apenas os animais ou as plantas, mas também todos os seres humanos.

Defender uma ecologia integral é afirmar que todos os seres têm o seu espaço e o seu lugar na Casa Comum e não apenas os seres humanos que podem destruir os recursos naturais e a flora ou a fauna sem terem em conta o equilíbrio dos ecossistemas e o amanhã. Mas também não defende o animalismo ou síndrome do Noé, defendendo que o Homem está a mais no planeta ou colocando os animais no lugar das pessoas, dando-lhes cuidados e atenções próprias dos seres humanos.

Há que haver um equilíbrio entre a Humanidade e a Natureza. O Homem faz parte da Natureza e através da sua racionalidade deve usar os recursos para o bem de todos os seres humanos. 

É imperiosa uma justa distribuição dos recursos e a preservação da nossa casa comum, alicerçada numa economia justa e não predatória da Natureza e do homem pelo homem. 

Como seria belo viver num «oikós», casa em grego, onde todos têm o suficiente e nada nem ninguém é destruído para prazer ou necessidade do outro. É no étimo «oikós» que palavras como economia, ecologia, ecumenismo, têm a sua origem. 

A casa é só uma. Temos de viver juntos, cada ser no seu lugar do ecossistema, procurando ter uma atitude de simplicidade, como Francisco de Assis há 800 anos, em 1225, e poder cantar a beleza da Criação e do Criador. Façamos deste sonho a nossa realidade.

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Terça-feira, 14 Janeiro, 2025
Pe. Aires Gameiro
Padre, psicólogo e professor universitário no Funchal

Dois mil anos de encontros com Cristo, em triângulo de esperança

Cada um dos muitos milhões de batizados na água e no Espírito, neste ano do Jubileu, será procurado por Cristo para um encontro personalizado, a dois, de portas abertas para todos. Portas físicas do Jubileu da Encarnação de Jesus que se abrem pelo mundo para os encontros. De 8 a 25 de janeiro, o oitavário de oração pela unidade dos cristãos proclamará a 2,4 mil milhões (um em cada três pessoas) a pergunta: crês nisto? Rezas e vives o credo da fé cristã formulado no Concílio Ecuménico de Niceia, na Turquia, há 1700 anos? No teu encontro com Cristo responderás que O amas, porque foi crucificado por amor a ti e a todos, e ressuscitou.

Desde há dois mil anos, os encontros pessoais com Jesus não cessam de dar identidade cristã a sucessivos milhões de pessoas, pelas sementes de fé do batismo e pelo “sim” de confiança e esperança n’Ele. Quantos encontros espantosos foram registados e documentados na História! Maravilhosos encontros que alguns historiadores e literatos, sabe-se lá porquê, preferem ignorar, dando mais destaque aos desencontros e esquivando-se a divulgar os renascidos que, nas peregrinações de esperança, aceitaram ser amados por Cristo. Passaram, então, também a fazer o bem aos pequenos, aos pobres e aos doentes.

Seria uma tarefa impossível listar os mais conhecidos que viveram um encontro recíproco de nascer de novo pelo Espírito, como Jesus desafiou Nicodemos. Lembremos alguns: Pedro, Saulo (da festa de dia 25), Inácio de Antioquia, Bento de Núrcia, Francisco de Assis, Catarina de Sena, Inácio de Loyola, Teresa de Ávila, João da Cruz, Carlo Acutis… Durante o Jubileu, muitos de fora das fronteiras cristãs procurarão também uma esperança robusta para as suas vidas.

Milhões de cristãos de batismo e de desejo alimentam-se do encontro coração a coração com Jesus e da escuta da sua Palavra, como o Pai pediu no Monte Tabor: «Este é o meu Filho muito amado, escutai-O». O papa Francisco recorda o Salmo 119: «Espero na tua Palavra». «É um grito de esperança: o homem, no momento da angústia, da tribulação, do não-sentido, clama a Deus e põe nele toda a sua esperança». E Deus revela-se e ama a todos.

Permitam-me que diga duas palavras sobre o encontro de São João de Deus com Jesus, em Granada, na festa de São Sebastião. Um encontro de duas pessoas, preparado por João de Ávila. Para João, foi uma surpresa. Após o sermão de 20 de janeiro de 1538, João correu pelas ruas a gritar por misericórdia: «Senhor, misericórdia!». Um ego a tornar-se indigente. Dá livros e roupa; pede o que sente precisar: perdão. Penitencia-se como pecador e aceita a pena do castigo. «Só pode ser louco», pensam os alheios ao seu encontro de renascido. Não entendendo, alguns rapazes divertem-se à sua custa. Os compadecidos levam-no ao pregador, que já vivia a experiência do encontro pessoal com Cristo e entende que João vive a “loucura” da sabedoria por Cristo, como Saulo após o encontro à porta de Damasco.

Alguns convenceram-se de que João precisava de cuidados hospitalares, mas não da hospitalidade misericordiosa de Cristo. Se era pecador-doente, a cura passaria pelas chicotadas, a horas certas. Tudo isto é histórico. João, na sua “loucura”, sabe que é pecador e queixa-se não dos maus-tratos que recebe, mas daqueles infligidos aos seus companheiros, «meus irmãos». João de Ávila compreende o que ele precisa e envia-lhe um padre amigo, que o assegura da misericórdia de Deus. João encontra paz em Cristo, que o ama, e começa a cuidar dos companheiros. Reza: «Senhor, que eu possa ter um hospital onde assista estes doentes, meus irmãos, como eles precisam». Deus era um bom hospitaleiro para ele, pecador. Por que não ser também ele um bom hospitaleiro para os outros?

Poucas semanas depois, pediu alta e saiu com atestado de “cura”. Após muita oração a Nossa Senhora, em Guadalupe e na catedral de Granada, João descobre, como irmãos, os miseráveis que morrem nas ruas. Por que só agora os vê? Porque o Senhor, bom para com ele, o aquece com o seu perdão e amor. Acolhido pelo Pai misericordioso, João fica curado por Jesus Cristo: é um ferido curado que cura. Recebe o dom da hospitalidade divina e manifesta-o ao acolher os desesperançados da rua. Compreende que os pobres, os doentes, os miseráveis e os pecadores que ama, perdoa e serve são seus irmãos.

João de Deus viveu um triângulo de hospitalidade: Jesus, que deu a vida por ele; ele, que agradece sendo hospitaleiro; e todos, a quem pede: «Fazei o bem a vós mesmos». Ofereceu bens e serviços aos mais frágeis. Que maravilhoso encontro transformado em triângulo de hospitalidade, chamado Ordem e Família de São João de Deus, que «muda a vida das pessoas que começam a ser cristãs» (Bento XVI).

(Cf. As Cartas do Santo (1544-1550); os Documentos do Pleyto, 1572; Vida do Santo por Francisco de Castro, 1585; Gomez-Moreno, San Juan de Dios. Primícias históricas suyas, dispuestas y comentadas, Madrid, 1950).

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Segunda-feira, 13 Janeiro, 2025
Joaquim Mexia Alves
Paróquia da Marinha Grande.

PORQUE TE AMO

E depois vêm aqueles momentos em que quero sentir-Te, quero viver-Te, quero sentir a Tua presença e … nada acontece.

Quero adorar, quero rezar, quero louvar, quero agradecer e até pedir, quero escrever e … nada acontece.

Porquê, Senhor, porque Te escondes assim de vez em quando, mesmo acreditando firmemente na Tua presença na Eucaristia?

Porque não sinto aquele calor, aquela quase exaltação, aquele quase frenesim, que me leva a alinhar palavras numa folha de papel, para dizer o mais óbvio, que Tu és amor, que Tu és tudo, que Tu és a vida e a esperança já cumprida.

Fazes-Te assim distraído, sabendo eu que estás sempre atento.

Fazes-Te assim indiferente, quando eu sei que Te preocupas constantemente.

Afinal que quero eu?

Sentir-Te, viver-Te?

Mas se eu acredito que Tu estás sempre, então porque quero eu precisar de Te sentir, de Te ouvir, se acredito que Tu estás e vives em mim sempre que me abro a Ti?

Mesmo na secura mais fria e escura, eu acredito que Tu estás sempre ali à minha espera, mais do que à minha espera, a dar-me a mão e a dizeres-me nesse Teu jeito de amor: Amas-me, Joaquim?

E eu vou dizendo que sim, que Te amo sempre, sem fim.

E Tu vais perguntado muito mais do três vezes, porque eu Te neguei e nego muito mais do que Pedro, pobre de mim.

Mas vou sempre repetindo, timidamente, como com medo de estar a mentir: Sim, Senhor, eu amo-Te.

E Tu olhas para mim, entras no meu olhar ainda cego, vais até ao meu coração, e é então que eu exclamo com surpresa e adoração: Ah, Senhor, afinal estavas aí, bem dentro de mim!

Tu sorris, fixas o Teu olhar no meu, e dizes-me cheio de amor: Porque te amo, Joaquim, porque te amo!

Obrigado, Senhor!

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