A bênção pastoral

Com a declaração "Fiducia supplicans", sobre o significado pastoral das bênçãos, o Papa Francisco continua a surpreender-nos na forma de abrir caminho...

Com a declaração “Fiducia supplicans”, sobre o significado pastoral das bênçãos, o Papa Francisco continua a surpreender-nos na forma de abrir caminho para todos os que, não vivendo em comunhão plena de vida com a Igreja, desejam a bênção de Deus; embora não legitime as suas opções, Francisco sai ao encontro de todos os que, vivendo em “situações irregulares”, pedem um gesto da divina misericórdia. De forma concreta, ele continua a cumprir o que nos disse na sua carta programática Evangelii gaudium, n. 47: “a Igreja não é uma alfândega; é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fatigosa”.

Francisco intui nestes pedidos, um sinal daquela misteriosa ação da graça divina de que Jesus nos fala ao afirmar: “ninguém vem a mim se meu Pai não o atrai” (6,44-48). De facto, Deus sempre nos precede e nos faz dar um passo em direção a Ele ou, pelo menos, acende em nós o desejo de dar esse passo, mesmo que ainda nos pareça não termos forças ou nos sintamos paralisados. Neste sentido, também o coração de um pastor não pode ficar indiferente às pessoas que se aproximam dele pedindo humildemente para serem abençoadas, ainda que de forma espontânea e sem rito litúrgico, seja qual for a sua condição, a sua história e trajetória de vida.

Em tantas páginas do Evangelho, vemos Jesus a quebrar tradições e prescrições religiosas, conformismos e convenções sociais; vêmo-Lo a fazer gestos que escandalizam os bem-pensantes, os autodenominados “puros”, aqueles que se fazem escudo, com normas e regras para afastar, rejeitar e fechar portas: vemos os doutores da lei a colocar o Mestre em xeque com perguntas tendenciosas, só porque “Ele acolhe os pecadores e come com eles!” (Lc 15,2).

Jesus mostrou-Se disponível para ir a casa do centurião de Cafarnaum curar o seu servo, sabendo que Se contaminava ao entrar na casa de um pagão; Jesus permitiu que a pecadora lhe lavasse os pés diante dos olhares de desprezo dos convidados; Jesus chamou o publicano Zaqueu de cima de um sicómoro, sem esperar que ele se convertesse e mudasse de vida antes de receber aquele olhar misericordioso.

O que Jesus deseja acima de tudo é alcançar e salvar os distantes, curar as feridas dos doentes, reintegrar a todos na família de Deus: Ele não condenou a adúltera que estava sujeita a ser apedrejada de acordo com a lei; Ele comparou-Se ao pastor disposto a deixar noventa e nove ovelhas sem vigilância para ir em busca daquela que se tinha perdido; Ele tocou o leproso, curando-o da sua doença e do estigma social. Estes “rejeitados” cruzaram o seu olhar com o d’Ele e sentiram-se amados, destinatários de um abraço de misericórdia sem nenhuma condição prévia. Deste modo, eles perceberam o que eram: pecadores amados e necessitados de conversão.

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