A Vigília Pascal é o ponto culminante para o qual todo o Tríduo se orienta, a mais importante celebração cristã de todo o ano, a “mãe de todas as santas vigílias”, como lhe chama S. Agostinho.
A ressurreição de Jesus crucificado é o fundamento da fé cristã: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé” (1 Cor 15, 17). É este o núcleo fundamental da fé cristã e a mais primitiva mensagem da Igreja nascente: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Cor 15, 3-4).
Assim, a Páscoa de Jesus Cristo, que celebramos em cada Eucaristia, mas de modo especial neste tempo litúrgico, é a festa maior dos cristãos. “O sagrado Tríduo da Paixão e Ressurreição do Senhor é o ponto culminante de todo o ano litúrgico, porque a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus foi realizada por Cristo especialmente no seu mistério pascal, pelo qual, morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando restaurou a vida. A proeminência que na semana tem o Domingo, tem-na no ano litúrgico a solenidade da Páscoa”, referem as Normas sobre o Ano Litúrgico (18).
Paixão e morte
Esta é, portanto, uma grande celebração que se estende por vários dias, começando com a Missa vespertina da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa. A importância desta celebração reside na sua ligação íntima com o mistério da entrega de Jesus, comemorando e antecipando no sacramento eucarístico a sua morte na Cruz. É a celebração da instituição da Eucaristia, em que Cristo nos faz participar na sua paixão, morte e ressurreição, e da instituição do sacerdócio, sem o qual não há Eucaristia. É ainda marcada pela ligação da Eucaristia à caridade fraterna, especialmente significada no gesto do lava-pés. No final da celebração, faz-se a trasladação do Santíssimo, se possível, para um lugar conveniente fora da Igreja.
A Sexta-Feira Santa é um dia inteiramente centrado na cruz. Não há celebração eucarística, mas uma grande Liturgia da Palavra, que culmina na adoração da cruz e termina com a Comunhão. Mais do que um dia de “luto” pela morte de Cristo, é o dia da contemplação do amor de Deus e do extremo a que levou esse amor por nós. Nessa linha, a veneração da Cruz não é de adoração a um símbolo de morte, mas a Cristo, vencedor da morte. Daí que, para o cristão, a cruz seja símbolo da vida.
O Sábado Santo é um dia dito “alitúrgico”, isto é, sem celebração da Eucaristia ou de outros sacramentos, na contemplação serena do repouso de Cristo no sepulcro e na expectativa da ressurreição.
Vitória
E assim chegamos à Vigília Pascal, o ponto culminante para o qual todo o Tríduo se orienta, a mais importante celebração cristã de todo o ano, a “mãe de todas as santas vigílias”, como lhe chama S. Agostinho.
Num “crescendo” que começa na escuridão, a celebração tem quatro grandes momentos: Liturgia da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Baptismal e Liturgia Eucarística, o ponto alto da celebração, com a explosão jubilosa de alegria pascal.
A Missa do domingo será já a segunda da Páscoa e surge como continuação desta celebração jubilosa da Vigília. O solene Tríduo Pascal termina só nessa tarde, com as Vésperas do Domingo de Páscoa.
Celebrações na Sé de Leiria
Presididas pelo Bispo Diocesano
• Quinta-Feira Santa
11h00 – Missa Crismal
21h00 – Ceia do Senhor, seguida de Adoração Eucarística
• Sexta-Feira Santa
09h00 – Laudes e Ofício de Leituras
18h00 – Celebração da Paixão e Morte do Senhor
• Sábado Santo
09h00 – Laudes e Ofício de Leituras
22h00 – Vigília Pascal