Tradicional romaria ao Senhor Jesus dos Milagres teve os doentes no coração

Cumprindo uma ancestral tradição, o Santuário do Senhor Jesus dos Milagres voltou a encher-se de gente, vinda dos mais variados pontos do País, para a celebração e a romaria, indiscutivelmente a mais concorrida, popular e afamada da região, naquele que é um dos principais cartazes de fé em Leiria.

O ponto alto dos festejos foi, como habitualmente, a Missa solene e a majestosa procissão de andores realizada na segunda-feira, dia 19 de setembro. A homilia foi feita pelo padre Manuel Janeiro, franciscano do Seminário da Luz em Lisboa, que lembrou o pedido de Manuel Francisco Mayo ao Senhor das Barroquinhas de Aveiro, tendo sido curado neste local dos Milagres. Foi essa cura que deu origem ao templo atual, a muitos outros milagres e a uma devoção viva, que vem de 1728 até aos dias de hoje. Uma mensagem de história que enaltece o culto local e incentiva os fiéis a pensarem em Deus, em Jesus e a serem tão fortes como aquele mendigo de origem humilde e que foi merecedor da bênção divina.

Também o padre David Barreirinhas, pároco de Rio de Couros, de Formigais e da Ribeira do Fárrio, que presidiu à celebração, lembrou, no início da celebração, a sua infância e as peregrinações que fazia com os seus familiares ao Senhor Jesus dos Milagres. E sublinhou que é na “força da cruz” que os cristãos vão buscar estímulo para ultrapassar as dificuldades.

A festa contou este ano com uma novidade, a Bênção dos Doentes, organizada pelo reitor do Santuário, padre Jacinto Gonçalves, e pelo Movimento Mensagem de Fátima. Para o pároco, tratou-se de um momento alto, pois se transmitiu acima de tudo a necessidade do apoio aos doentes e àqueles que mais sofrem.

“É de coração cheio que aqueles que nos visitaram daqui saem”, referiu o padre Jacinto, no final de “um dia grande, mas ao mesmo tempo tão pequeno, onde tudo passou tão rápido”. Emocionado, agradeceu aos milhares de romeiros presentes e lembrou que “quando estiver a dormir, logo à noite, os peregrinos de Loulé, e outros, ainda estão a caminho de suas casas”.

A tradição voltou a ser cumprida. A comunhão ultrapassou as duas mil pessoas. Santuário cheio para o cumprimento de promessas e ofertas. Uma procissão única e bastante participativa com inúmeras bandeiras, andores enfeitados com papel, flores, bolos e frutas.

Com um arraial também muito afamado e animado, esta romaria regressará em 2017, a 18 de setembro. Será, por certo, uma festa especial, com destaque para o Centenário das Aparições de Fátima e a sua mensagem de fé e esperança para mundo.

Veja a reportagem fotográfica online.

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