O tempo que estamos a viver, é todo ele, um tempo de esperança. Com a Ressurreição de Jesus Cristo, todas as coisas se tornam novas. Todos renascemos para um novo céu e uma nova terra. E se há coisas que os homens de hoje precisam, é de voltarem a nascer para uma vida com mais esperança, mais confiança e acima de tudo com mais sentido de felicidade.
A Ressurreição de Cristo não foi em vão. Para além de ter sido uma vitória da vida sobre a morte, foi a porta aberta para a nossa Ressurreição e para nos tornarmos homens novos de corações capazes de mais e melhor amor.
O mundo de hoje precisa urgentemente de novos sinais de vida e de reencontro. Perante tantos desencontros e falências de felicidade, urge enxertarmo-nos nesta nova vida que Cristo nos traz. Para isso, não podemos ficar na sexta-feira da paixão mas determo-nos no domingo de páscoa que nos faz a passagem da morte à vida, da desesperança à esperança, do desamor ao amor e do términus ao início.
Na exortação apostólica, a Alegria do Evangelho, o Papa Francisco é muito claro: “A ressurreição de Cristo produz por toda a parte rebentos deste mundo novo; e, ainda que os cortem, voltam a despontar, porque a ressurreição do Senhor já penetrou a trama oculta desta história; porque Jesus não ressuscitou em vão. Não fiquemos à margem desta marcha da esperança viva!”
Estes rebentos devem estar plasmados no nosso quotidiano. No nosso viver como pessoas e como cristãos bem como na nossa acção pastoral. Florir é um imperativo pascal! É uma imagem de marca da nossa crença e do nosso agir evangelizador.
O Papa vai mais longe e diz-nos “A boa notícia da Ressurreição deveria transparentar no nosso rosto, nos nossos sentimentos e actos, no modo como tratamos os outros. Nós anunciamos a ressurreição de Cristo quando a sua luz ilumina os momentos escuros da nossa existência e podemos compartilhá-la com os outros: quando sabemos rir com quem ri, e chorar com quem chora; quando caminhamos junto a quem está triste e está a ponto de perder a esperança, quando contamos a nossa experiência de fé a quem está na busca de sentido e de felicidade”.
Vamos viver os próximos tempos com sinais do Ressuscitado estampados nos nossos rostos e alicerçado nos nossos corações.
Só assim é que seremos verdadeiras testemunhas da Ressurreição.