Servos do Coração Imaculado de Maria

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“Através do meu Coração Imaculado, levai Cristo ao mundo”. Foi este pedido de Nossa Senhora em Fátima que motivou o padre italiano Gino Buressi a fundar os Servos do Coração Imaculado de Maria, no dia 13 de maio de 1991. Dois anos depois, foi ereto como instituto de direito diocesano, pelo então bispo de Subiaco, D. Stanislao Andreotti.

 

“Através do meu Coração Imaculado,
levai Cristo ao mundo”

Ainda bastante recente, a motivação desta congregação foi espalhar pelo mundo a devoção ao Coração Imaculado de Maria, apontando a Mensagem de Fátima como apelo de conversão e penitência lançado a toda a humanidade. Como o fundador, os primeiros membros da comunidade viam os valores fundamentais da moral cristã seriamente comprometidos pelos desequilíbrios e angústias causados pelo ateísmo, secularismo e permissividade dos finais do século XX. Daí, a urgência de anunciar a Palavra de Jesus: “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1, 15), retomado no pedido de conversão e penitência feito por Nossa Senhora na Cova da Iria.

Assim, atentos aos sinais dos tempos, reconhecem que a Mensagem de Fátima é uma ajuda do Céu para curar os males que afligem a humanidade e comprometem-se a realizar a vontade de Deus proclamada pela mesma Virgem aos três Pastorinhos em Fátima: “Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”.

 

Carisma e ação

2015-10-21 sopra2O caráter mariano do Instituto é expresso no seu símbolo e no lema “Através do meu Imaculado Coração, levar Cristo ao mundo”. Em concreto, assumem como carisma: um renovado espírito de oração, penitência e reparação, para conduzir a uma verdadeira conversão de vida; a vida sacramental e em particular a Eucaristia e a Reconciliação; a verdadeira devoção a Nossa Senhora e a consagração ao seu Coração Imaculado, a fim de colaborar no seu triunfo; a fidelidade ao Santo Padre e ao Magistério da Igreja; a difusão e a defesa das verdades da fé, como forma de combate aos erros do tempo.

Uma das suas frentes de ação é a nova evangelização para a renovação da vida cristã, concretizada em missões populares em que apresentam o papel maternal de Maria como medianeira entre Deus e a humanidade. Outra forma de o promoverem são os exercícios espirituais que oferecem ao clero diocesano, aos consagrados e aos leigos, centrados no culto eucarístico.

No espírito da Mensagem de Fátima, a promoção da oração do Rosário é um dos meios privilegiados para educar o Povo de Deus para a meditação. Mas lançam também mão de ferramentas como os meios de comunicação social para vencer a ignorância religiosa e combater os erros do tempo, através de  folhetos, livros e periódicos diversos.

A sua ação é ainda marcada por uma forte aposta na promoção da juventude cristã, através de missões vocacionais, retiros, encontros e conferências, na evangelização pela caridade, servindo os pobres com o amor e a atenção de Cristo, na cooperação com a missão apostólica do Santo Padre e na colaboração com o clero diocesano das Igrejas locais onde se encontram.

 

Na Diocese

A congregação chegou a Portugal em 1994, com a criação de uma comunidade em Fátima. Ali continua a dedicar-se, sobretudo, à pregação, à formação de leigos adultos e jovens, à ajuda nas paróquias e no Santuário de Fátima. Além da oração pessoal e comunitária, os membros desta comunidade cuidam da casa, fazem visitas aos doentes, celebram a Missa nas paróquias vizinhas e a Confissão em casas religiosas e no Santuário, além de promoverem catequeses, conferências e meditações aos leigos da sua família religiosa.

 

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Uma família

A família do Imaculado Coração de Maria é um movimento eclesial aprovado pela Igreja, com raízes na espiritualidade de Fátima. É constituída por religiosos masculinos e femininos – os Servos e as Servas do Coração Imaculado de Maria – e numerosos leigos que, de acordo com diversos níveis de adesão, partilham o mesmo carisma.

 

 

Testemunho vocacional

“A minha vocação nasceu das orações e lágrimas da minha mãe”

2015-10-21 sopra4O padre José Costa nasceu na ilha do Pico, Açores, em 1956, mas emigrou para o Canadá aos 3 anos. Fez a primeira profissão em 1986, a perpétua em 1989 e foi ordenado em 1990. Está em Fátima desde 2013.

 

Nasci numa família católica, como era normal num lar açoriano. Mas, quando tinha 3 anos, imigrámos para o Toronto, no Canadá, uma terra com uma multidão de culturas e religiões e muito materialista. Naquele ambiente, como muitos rapazes canadianos, deixei-me andar algum tempo – graças a Deus, pouco – longe de Deus e da fé. Durante esse tempo, o que era importante para mim era gozar a vida, divertir-me com os meus amigos e nada mais (tristemente noto que agora tantos jovens aqui em Portugal vivem segundo esta mentalidade egoísta).

Os meus pais andavam muito preocupados comigo e eu tenho a certeza de que foram todos os terços da minha mãe que levaram o Senhor a ter misericórdia de mim e a converter-me. A minha vocação nasceu das orações e lágrimas da minha mãe. De facto, em pouco tempo fiquei farto daquela vida vã e vazia e deixei-a. Comecei a ler boa literatura, voltei a ir à Missa, a rezar o Terço e a frequentar a santa Confissão. Encontrei outros amigos que tinham fé. Então, comecei a sentir um desejo de dar-me ao Senhor como sacerdote, como religioso. Não sentia vocação para ser diocesano, mas também, falando com os Jesuítas, Redentoristas, Barnabitas (que eram os padres da minha paróquia), não sentia que fosse entre eles o meu lugar, a família que Deus tinha em mente para mim.

À espera de que Deus esclarecesse o meu caminho vocacional, entrei na universidade e estudei filosofia e literatura inglesa. No ano em que acabei os meus estudos, durante o verão, ajudando na paróquia, tive a graça de encontrar um jovem sacerdote religioso. Falando com ele, percebi que o Senhor me chamava para entrar nesta congregação religiosa, os Oblatos da Maria Virgem. Fui fazer uma experiência numa sua comunidade em Boston, nos Estados Unidos, e em 1983 fui para o seminário em Roma. Lá encontrei um sacerdote carismático, Gino Buressi, cujo espírito mariano era particularmente inspirado na Mensagem de Fátima. Ordenei-me nos Oblatos, mas mudei no ano seguinte para esta nova congregação por ele fundada.

Sinto que sou verdadeiramente levado pela mão da minha Mãe do Céu, Nossa Senhora, que me foi dada como madrinha de batismo. Foi Ela que esteve sempre perto de mim para me defender nos perigos e para me encaminhar na minha vocação sacerdotal e religiosa. E é sempre a Ela que eu entrego o meu sacerdócio e a minha vida religiosa, para que sejam agradáveis ao Senhor.

Dou graças a Deus pelo grande privilégio de ser religioso e sacerdote, instrumento nas suas mãos para o bem das almas, através da oração, da pregação e dos sacramentos.

P. José Costa

Números

Mundo

Casas: 14

Membros: 71

Portugal/Diocese

Casas: 1

Membros: 3 (2 sacerdotes e 1 irmão)

Mais novo: 50

Mais velho: 59

Média etária: 54

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