Segundo ano dedicado à pastoral familiar

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Com a carta pastoral “A beleza e a alegria de viver em família”, D. António Marto deu à Diocese de Leiria-Fátima as linhas de rumo para o biénio pastoral 2013-2015. O tema geral é “Família, comunidade de fé, de amor e de vida”.

Entre as iniciativas mais relevantes no ano transato, o Bispo Diocesano e o Departamento da Pastoral Familiar (DPF) realizaram encontros nas 9 vigararias da Diocese, onde apresentaram o tema do primeiro ano: “Amor conjugal, dom e vocação”.

Em vésperas do arranque do segundo ano, sob o tema “Família, dom e missão”, o PRESENTE falou com o padre José Augusto, diretor do DPF. Com metade do caminho percorrido, a avaliação daquele responsável sobre o percurso já realizado, é positiva. Resultado da reflexão feita, estão a ser constituídas novas equipas, que darão um novo fôlego e uma maior abrangência à pastoral familiar diocesana.

No horizonte está a festa final, agendada para o dia 17 de maio de 2015, na Marinha Grande, que culminará o biénio dedicado à família. Como guia de bordo desta caminhada diocesana, apresentamos um olhar sobre o que já foi feito e sobre o que ainda está para vir.

Entrevista ao padre José Augusto, diretor do Departamento da Pastoral Familiar (DPF)

À conversa com o padre José Augusto, diretor do Departamento da Pastoral Familiar (DPF), sobre o biénio pastoral dedicado à família

Depois de um ano dedicado à pastoral familiar, que avaliação faz?

Faço uma avaliação bastante positiva, nomeadamente na aceitação que eu encontrei da parte das comunidades à proposta de reflexão que era feita. O objetivo era apresentar o tema do primeiro ano: “Amor conjugal, dom e vocação”, a partir da reflexão do senhor Bispo. O esquema do encontro funcionou bem. Baseio esta avaliação, em primeiro lugar, nos encontros vicariais com o senhor Bispo, nos quais o departamento teve uma presença concreta com a intervenção de um casal ligado ao DPF. Tivemos oportunidade de correr todas a vigararias e, genericamente, tendo em conta o número de pessoas presentes, pelo envolvimento das paróquias e das vigararias na preparação do próprio encontro, com as respetivas equipas da pastoral familiar, e pela qualidade do encontro em si, faço uma avaliação geral muito positiva.

Estes encontros deram para perceber como está a pastoral familiar na Diocese?

Sinto que, da parte das comunidades e da generalidade dos padres, há uma sensibilidade muito grande para a necessidade de apostar na pastoral familiar e, concretamente, nas equipas da pastoral familiar. Várias paróquias avançaram com a constituição de uma equipa, outras estão a trabalhar nisso a nível paroquial e, numa ou noutra situação, a nível vicarial, pois os recursos humanos nem sempre são suficientes.

O facto de a Diocese ter dedicado o ano à família trouxe bons resultados?

Sem dúvida, mas não só pela Diocese. O facto de a Igreja Universal se estar a centrar neste tema também veio na altura certa. Quase poderíamos dizer que começámos um ano cedo demais, até porque não sabíamos que o Papa Francisco iria convocar o sínodo sobre a família. Vamos, portanto, viver este segundo ano ainda sem as conclusões desse sínodo, mas beneficiamos à mesma do impulso dado por ele. Atualmente, ninguém ousa não falar sobre a família, especialmente nos próximos dois anos sinodais. Este enquadramento cria uma oportunidade excelente para fazer crescer a reflexão sobre a família, mas também a estrutura da pastoral familiar.

O facto de a Diocese ter abraçado o tema da família para o biénio de 2013-2015, faz com que a ação do DPF ganhe um outro peso e há que aproveitar esta oportunidade. Estou em crer que, ao longo do próximo ano, a pastoral familiar vai continuar a melhorar e a desenvolver-se.

O que é que ainda falta fazer ao nível da pastoral familiar?

Falta ter uma estrutura ao nível local que seja minimamente abrangente e desenvolver os projetos que ainda estão em fase embrionária.

A pastoral familiar está ligada a tudo, mas não é tudo. Mesmo agora, que queremos que ela cresça, não podemos ousar querer que ela seja tudo. A pastoral familiar não pode ocupar o espaço da catequese ou da pastoral social, pois, embora sejam campos que estão interligados por dependência, não se devem confundir.

Se, daqui a dez anos, tiver uma equipa da pastoral familiar sólida e bem estruturada, se as equipas de resposta aos casais em crise e do pré-matrimonial estiverem a funcionar bem e se tiver 15 ou 20 equipas de pastoral familiar paroquiais a funcionar, teremos uma estrutura excelente. Idealmente, olho para o que existe agora, para o que pode melhorar e para o que está a dar os primeiros passos.

Mais de 1.500 pessoas participaram nos encontros vicariais

Foram realizados nove encontros, um em cada vigararia da Diocese. Em média, cada encontro contou com a presença de quase duas centenas de pessoas. Na organização dos encontros estiveram envolvidos diferentes agentes diocesanos. “Foi uma oportunidade muito bonita para ver que, quando as coisas são pensadas, as pessoas gostam de participar e de estar”, refere o padre José Augusto, diretor do DPF.

O sítio da “comunidade de fé, de amor e de vida”

A página de internet maisemelhorfamilia.blogspot.pt continuará, ao longo do próximo ano pastoral, a tratar do biénio dedicado à família. Gerido pelo Departamento da Pastoral Familiar, o sítio surgiu com o objetivo de “ser um espaço de partilha entre as equipas da pastoral familiar da Diocese, onde as atividades podem ser noticiadas, inclusivamente a dinâmica dos movimentos”, refere o padre José Augusto, diretor do Departamento de Pastoral Familiar.

O Centro de Preparação para o Matrimónio (CPM) e as Equipas de Nossa Senhora têm, na mesma página, um espaço a eles destinado. O portal fornece também informações e contactos dos 3 setores diocesanos das Equipas de Nossa Senhora.

Na página de entrada são divulgadas notícias da dinâmica da pastoral familiar diocesana. Na expectativa de uma divulgação mais abrangente, o diretor do Departamento de Pastoral Familiar da Diocese deixa o convite para uma maior participação das paróquias no envio de notícias relativas à ação paroquial no âmbito da pastoral familiar.

Organismos de Pastoral Familiar na Diocese

Na Diocese, a pastoral familiar conta com os seguintes apoios:

• As equipas da pastoral familiar, que trabalham nas paróquias ou nas vigararias.

• O Centro de Preparação para o Matrimónio (CPM), com oito equipas constituídas a nível vicarial. O CPM tem duas valências: uma parte de vida em equipa e uma parte de ação pastoral, em que que prepara os noivos para o Matrimónio.

• Os movimentos de espiritualidade familiar: as Famílias Novas (Movimento dos Focolares), o Encontro Matrimonial e as Equipas de Nossa Senhora (ENS). As ENS são a proposta da pastoral familiar que maior expressão tem na Diocese, com mais de 20 equipas constituídas. Com uma estrutura de funcionamento bem definida, este movimento de espiritualidade conjugal tem como objetivo “ajudar os casais a viver plenamente o seu sacramento do Matrimónio, anunciando ao mundo os valores do casamento cristão pela palavra e pelo testemunho de vida”.

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