Retiro popular, tema 1: A CEIA DA ENTREGA DE AMOR

Venho convidar os fiéis católicos e porventura outros cristãos e pessoas em busca espiritual, para se juntarem em grupos, se sentarem a esta “mesa da Palavra de Deus” e se alimentarem dos dons divinos, usando os apoios oferecidos neste guião.

Acolhimento e saudação entre os participantes

1. Invocação do Espírito Santo / Oração inicial

– Invoco a presença de Deus –

1.1. Cântico (à escolha, ver anexo)

1.2. Prece

Senhor Jesus,
em cada Eucaristia és tu quem nos chama e reúne.
Vens ao nosso encontro, escutas-nos, sentas-te connosco,
acolhes a nossa vida com as preocupações e esperanças,
com as alegrias e tristezas,
com o bem que fazemos e o pecado que ainda nos habita.
Ajuda-nos a reconhecer-te realmente presente,
tão real como quando caminhavas pelos caminhos da Judeia e da Galileia
e te sentavas à mesa com os teus discípulos.
E perdoa as nossas faltas de fé e de amor.
Ámen.

2. Leitura da Palavra

– Escuto e compreendo a Palavra que me é oferecida –

Quando chegou a hora, Jesus pôs-se à mesa e os Apóstolos com Ele.
Disse-lhes:
«Tenho ardentemente desejado comer esta Páscoa convosco, antes de padecer,
pois digo-vos que já não a voltarei a comer
até ela ter pleno cumprimento no Reino de Deus.»
Tomando uma taça, deu graças e disse:
«Tomai e reparti entre vós,
pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira,
até chegar o Reino de Deus.»
Tomou, então, o pão e, depois de dar graças,
partiu-o e distribuiu-o por eles, dizendo:
«Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós;
fazei isto em minha memória.»
Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo:
«Este cálice é a nova Aliança no meu sangue,
que vai ser derramado por vós.»
Palavra da Salvação

2.1. Leitura do Evangelho Segundo S. Lucas (22, 14-20)

2.2. Leitura pessoal

– Volto a ler, em silêncio: o que diz o texto? –

2.3. Notas para a compreensão do texto

O texto que acabámos de escutar é um dos quatro relatos da instituição da Eucaristia que encontramos no Novo Testamento.

Tendo a páscoa judaica como pano de fundo, durante a qual os judeus se reuniam para recordar a libertação do Povo da escravidão do Egipto e a Aliança de Deus com o Seu Povo, estes relatos transmitem um gesto de Jesus sobre o pão e os cálices tradicionais da Páscoa Judaica, acompanhadas pelas palavras que lhes conferem o seu sentido novo, sendo o pão referido ao seu corpo e o vinho ao seu sangue.

Assim, sentado à mesa com os apóstolos, celebrando familiarmente a Páscoa Judaica pela última vez, dado que chegara o momento de passar deste mundo para o Pai, Jesus dá a este momento um sentido novo, tornando-se a instituição de um modo novo de celebrar: a partir deste momento, sempre que os discípulos de Jesus se reunirem para repetir este gesto, celebram novamente a Nova Páscoa, a Páscoa da Paixão, Morte e ressurreição de Jesus, e acolhem uma nova forma de Jesus se fazer presente – no Pão e no Vinho da Eucaristia.

Este texto de Lucas, que realça o desejo que Jesus tem de nos sentarmos à mesa com Ele, é um convite a celebrarmos cada Eucaristia na certeza de que Jesus se faz verdadeiramente presente no Pão e no Vinho mas também na comunidade reunida em seu nome, e nos torna participantes da Sua Vida, acolhida na comunhão e correspondida na fé e no amor.

3. Meditação pessoal

– Medito interiormente a Palavra acolhida: o que me diz o Senhor? –

“Quando chegou a hora, pôs-se à mesa e os Apóstolos com Ele.”

À mesa estamos. À mesa somos. À mesa reunimo-nos e confraternizamos. O gesto de degustar uma refeição, em família, com os amigos, até em negócios, é sempre momento de pôr em comum, de nos comunicarmos.

O envolvimento que a mesa traz convida-nos à intimidade, ao diálogo, à partilha. Convida-nos a estarmos com inteireza. “Pôr-se à mesa” é muito mais que saborear uma refeição. Convida-nos à disponibilidade. Convida-nos a ir ao encontro de todos por meio da linguagem que usamos, da forma que escolhemos para nos comunicarmos. É isto que vemos em Jesus. Naquele momento crucial em que Ele se dá inteiramente, fala numa linguagem que todos percebem. Inclui todos! Toca a vida de todos!

* E eu? Quando me ponho à mesa envolvo todos os que estão comigo, dos mais novos aos mais velhos, ou isolo-me? A minha linguagem é próxima dos que tomam parte comigo ou, pelo contrário, impele-os a buscar outras formas de estar à mesa pouco potenciadoras de afeto ou de relação? Como é que o modo de Jesus estar à mesa me interpela e desafia?

«Tomai e reparti entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até chegar o Reino de Deus.»

Este gesto de Jesus inaugura uma coisa nova. O pão e o vinho tomados e partilhados por aqueles que estavam à mesa com Jesus fez deles uma família. A Eucaristia tomada e partilhada entre todos os fiéis cristãos também tem que fazer de nós uma família, um corpo. É por isso que a Eucaristia constrói, edifica a Igreja como família.

* De que forma acolho os dons que Deus me dá e como os reparto com os outros? Recebo e aprecio o que o meu próximo partilha comigo? Olho para a minha comunidade como uma verdadeira família? Que passos concretos tenho que dar neste sentido?

«Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós, fazei isto em minha memória.»

Celebrar a Eucaristia não é apenas recordar a Última Ceia. É tomar parte dela. Em cada Eucaristia estamos à mesa com Jesus, como seus discípulos. Sentados a Seu lado, escutamos a Sua Palavra e recebemos o Seu Corpo. Com este gesto acolhemos a Sua vida em nós.

* Reconheço a presença de Jesus em cada Eucaristia e tenho consciência que o Pão que recebo é o Seu Corpo, que me traz a Sua vida? Deixo e colaboro para que a vida de Jesus me inunde de tal maneira que os meus gestos e as minhas Palavras O levem ao mundo?

4. Partilha da Palavra

– Partilho com os outros o dom recebido: que posso oferecer-lhes? –

Comunico uma palavra ou frase que me interpelou. Posso também partilhar algo do que rezei na minha intimidade. Esta minha participação deve ser voluntária e breve.

5. Oração

– A partir do que escutei e vivi neste tempo, falo com o Senhor –

Faço uma oração espontânea a partir do texto lido ou da meditação feita. Posso também rezar com os outros a oração proposta para este biénio pastoral ou o salmo 147 (vv.12-13.14-15.19-20), como segue:

Glorifica, Jerusalém, o Senhor,
louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou as tuas portas
e abençoou os teus filhos.
Estabeleceu a paz nas tuas fronteiras
e saciou-te com a flor da farinha.
Envia à terra a sua palavra,
corre veloz a sua mensagem.
Revelou a sua palavra a Jacob,
suas leis e preceitos a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo,
a nenhum outro manifestou os seus juízos.

6. Compromisso

– A que me convida, hoje, o Senhor –

Faço um momento de silêncio e formulo um compromisso pessoal. Posso também propor um gesto ou iniciativa comunitária.

Cântico final (à escolha, ver anexo)

7. Em casa

– Levo para a vida a mensagem que acolhi –

No seguimento do encontro de grupo, procurarei dedicar algum tempo (15-20 minutos), num ou mais dias da semana, para retomar a meditação e contemplação da Palavra de Deus e nela encontrar a luz e a força de Deus para a minha vida no dia-a-dia.

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