No âmbito da reflexão da paróquia da Atouguia para a instituição das Unidades Pastorais, confirmamos que lemos o documento operativo, que o refletimos, mais nuns aspetos e menos noutros.
Na justificação da necessidade de renovar a Igreja com o objetivo principal de servir a Missão da Igreja, dinamizando o anúncio do Evangelho, concordamos plenamente, que se enquadra na Igreja Sinodal, na medida em que nos impele a abrirmo-nos a mais vivências, por elas reconhecermos que a vida é de verdade um caminhar juntos e daí descobrirmos a necessidade da partilha.
Verificamos que é um projeto de mudanças, de renovação de mentalidades e de passagem de “simples administração” a “estado de permanente Missão”. Atingindo esta formação/convicção, somos convocados com nova cultura pastoral, de forma sinodal, que é com base na escuta e no discernimento, na corresponsabilidade e na participação comunitária, rumo ao “caminhar juntos”, e à mudança, que será eficaz se nos deixarmos reunir e mover pelo Espírito Santo.
A implementação na nossa paróquia, de uma Unidade Pastoral, pareceu ao grupo ser difícil, por vários motivos:
1 – Pelas pessoas dos vários lugares com características únicas e pela inexistência dum Concelho Pastoral que nos tenha dado bases de interação necessárias a desenvolver este trabalho.
2 – Há cinco centros de culto, cada um com o seu concelho económico, gerido com pouca abertura e partilha comunitária, transparecendo, por vezes, vontade duma independência, contrária à causa da unanimidade, espírito comunitário.
3 – Há três centros de culto com catequese onde cada um faz à sua maneira, o que é normal, por sermos diferentes, sem contudo, haver manifesto de espírito comunitário na partilhar de qualquer criatividade propícia ao bem de toda a Paróquia, sobrepondo-se, por vezes, em atitudes de vaidade e de concorrência.
4 – Eucaristias: pautadas por assembleias reduzidas, justificadas não só pelas da paróquia, com horários diferentes, assim como também, a proximidade de Fátima com diferentes horários, que todos aproveitam conforme lhes convém, o que empobrece a paróquia e diminui o espírito de pertença à comunidade.
5 – Com esta constatação, o nosso pároco tem delegado nas pessoas que aceitaram os cargos inerentes, estando disponível quando é necessário a sua intervenção. Pelos vários serviços que tem, é obrigado a colocar a paróquia para segundo plano.
6 – Os critérios para criar alguma unidade pastoral na nossa paróquia tem de passar primeiro pela existência e valorização de dinamismos locais.
Para iniciar esta tarefa, utilizar algumas pessoas, já servidoras na Igreja e nas instituições a ela ligadas, como conselhos económicos, catequistas, grupo coral, direção do Centro Social Paroquial, etc…