O corropio das preparações, o verde, o amarelo e o vermelho das bandeiras e o logo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) já avançavam a contagem decrescente para o que viria a acontecer no Parque Mártires do Colonialismo, na Marinha Grande, no domingo, 26 de junho. São Pedro deu tréguas à chuva, talvez porque estivesse tão entusiasmado como nós, e o Piquenique JMJ pôde acontecer tal qual tínhamos imaginado.
Às 11h00 não foi o bater do sino que nos alertou para o início da Eucaristia, mas as pessoas que se foram reunindo junto ao palco que foi o altar. Foi convidada toda a comunidade diocesana e, particularmente, participantes de outras Jornadas, jovens que se preparam para ir à JMJ Lisboa 2023, famílias de acolhimento, voluntários, e todos os curiosos interessados em conhecer um pouco melhor a Jornada Mundial da Juventude e a dinâmica diocesana de preparação. A missa foi presidida pelo coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) para a JMJ, Pe André Batista. O Pe André aproveitou o evangelho do dia para apontar para esta fase de preparação da JMJ como o momento para avançar de forma firme e decidida na oportunidade que o Senhor nos dá de termos entre nós a juventude de Jesus Cristo vindos do mundo inteiro.
A festa não terminou com a Eucaristia. Ao som da música e ao ritmo da professora Belinha, todos pudemos experimentar alguns passos de zumba, que serviram para abrir o apetite a todos os presentes, mesmo daqueles que ficaram só a ver. Foi o pretexto ideal para se iniciar o piquenique logo a seguir. Estenderam-se as mantas, abriram-se as geleiras e as malas térmicas, houve quem até ousasse assar chouriça e o cheiro no ar não passou despercebido. A acompanhar o bom apetite e a boa disposição, faziam-se ouvir os hinos de Jornadas Mundiais da Juventude passadas, para a nostalgia começar também a entrar já no coração dos participantes.
Depois de almoço, enquanto alguns aproveitavam para tomar um café da avó e comer uma filhós, preparados pela comissão de festas da paróquia da Marinha Grande, outros dormiam uma sesta ao sol e os mais novos se divertiam com balões e pinturas faciais, a banda N’ASA começava a tocar os primeiros acordes e a continuar a festa, que durou o resto da tarde. Esta banda, conhecida por animar grande parte das festas da aldeia destes meses de verão, tirou a tarde para fazer o que faz de melhor, um tributo ao rock português, mas, na sua versatilidade, surpreendeu os presentes ao tocar também músicas de mensagem cristã dando-nos a escutar, entre outras, “Onde Deus te levar” e “Espírito de Amor”.
No rescaldo do Piquenique JMJ, com o qual a equipa do COD procurou responder ao desafio do Papa Francisco: sermos criativos, poetas, ir ao encontro da comunidade e fazer diferente, a avaliação é positiva, marcámos pela diferença, e aqueles que tiveram a oportunidade de passar no parque Mártires do Colonialismo, no domingo durante o dia, mesmo aqueles que, no seu passeio de domingo à tarde, inesperadamente, esbarraram com a JMJ, naquele parque, não saíram dali indiferentes. Estamos todos a caminho da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023.
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Sabias que…
A Jornada Mundial da Juventude, por ser mundial, é um encontro de culturas?
Há uma grande diversidade cultural na JMJ, que se observa por expressões artísticas e por elementos visuais. Os jovens levam bandeiras, elementos de vestuário e acessórios típicos dos seus países, proclamam músicas próprias, fazem danças tradicionais.
Uma das tradições da JMJ é a troca de bandeiras, t-shirts, artigos religiosos (cruzes, ícones, terços), pins, chapéus, mochilas e outros, como forma de fazer novas amizades e promover o acolhimento entre as culturas.
Testemunho
As Jornadas abrem-nos os olhos do coração, da fé e do ser pessoa, ao tamanho do mundo e do que significa ser comunidade missionária empenhada na transformação do mundo.
Fazem crescer em nós a certeza de que a Fé em Jesus Cristo não é loucura nem escândalo, mas é caminho de vida em abundância.
Pe Patrício Oliveira, paróquia de Caxarias, JMJ Madrid 2011