COMUNICADO
Acabamos de receber a confirmação oficial de que o Papa Francisco vem em peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, a 12 e 13 de maio de 2017, para presidir à celebração do Centenário das Aparições da Bem-Aventurada Virgem Maria na Cova da Iria.
O primeiro sentimento que desejo exprimir é de júbilo e regozijo pela sua vinda até nós como Pastor universal da Igreja, pela sua presença física próxima, num face a face insubstituível que nos permite sentir de perto o seu afeto, ouvir diretamente a sua mensagem, celebrar o Jubileu Centenário das Aparições numa dimensão universal de toda a Igreja que ele representa. Quando o Papa se faz peregrino, na qualidade de Pastor universal da Igreja, é toda a Igreja que peregrina com ele. Por isso, esta peregrinação jubilar reveste um grande significado pastoral e espiritual e um particular relevo a nível eclesial, nacional e mundial.
Em segundo lugar quero exprimir um profundo e sentido agradecimento ao Santo Padre porque a sua visita é um dom que ele nos concede, um gesto que revela o seu amor filial a Nossa Senhora de Fátima e o seu afeto e desejo de estar próximo de nós. É um dom não só para Fátima, mas para toda a Igreja em Portugal e para o nosso país. Também nós queremos retribuir-lhe o afeto e acolher a sua palavra.
O Papa vem, de facto, confirmar os fiéis na beleza, na bondade e na verdade da fé como sentido para viver e confiança na bondade da vida de que todos temos particular necessidade. Porém, o modo de comunicar e se relacionar do Papa Francisco envolve todos os homens e mulheres de boa vontade. A modalidade singular de exercício do ministério, a sua abertura de coração a todos, o seu desejo apaixonado de que nenhum seja excluído, a autoridade do seu testemunho de quem vive o que diz, não deixam ninguém indiferente. Por isso, a expectativa do nosso povo é grande e estou certo de que o Papa Francisco encontrará entre nós a melhor e maior abertura e acolhimento.
Por fim, gostaria de sublinhar a responsabilidade que pesa sobre nós a fim de que a visita papal não se reduza à experiência de uma emoção intensa e passageira. Desejamos que este evento seja sobretudo uma experiência significativa para a Igreja em Portugal, em correspondência aos apelos do Papa Francisco, na dimensão missionária de Igreja em saída e de misericórdia; um momento de graça que confirme e renove a nossa fé no caminho para Cristo, em oração com Maria e ofereça razões e sinais de esperança a todos os homens e mulheres da nossa terra.
Bem-vindo, Papa Francisco!
Leiria, 16 de dezembro de 2016.
† António Marto, Bispo de Leiria-Fátima