Apesar da diversidade de “intensidades”, é possível verificar um sentimento comum. Sente-se que a pertença a uma mesma diocese motiva muitos dos peregrinos.
É por isso que se insiste na preparação nas comunidades, com ajuda de um guião que inclui a celebração penitencial, a Via-Sacra temática e diversos apoios para a motivação e organização comunitária da jornada. E também por isso se pede que as Missas sejam celebradas ao sábado e não sejam marcadas outras atividades nas paróquias.
“Vêm aqui grupos de todo o mundo, faz todo o sentido a diocese onde está o Santuário vir também de forma organizada, apesar de muitos de nós virmos cá várias vezes por ano”, afirma um casal da Batalha, quase a chegar ao destino, depois de 20 quilómetros percorridos a pé. As faixas vermelhas que identificam a sua vigararia vêm ao pescoço, atadas no pulso ou penduradas nas mochilas.
Mais à frente, um grupo sai do autocarro, ajeitando os cachecóis azuis escuros. São da Boa Vista e optaram por este meio de transporte “para virmos juntos como paróquia e para estarmos mais frescos para o programa todo”, diz uma jovem catequista.
Um pouco por todo o lado, cruzam-se outras cores. “Foi boa ideia, esta dos lenços, pois ajuda a identificar os da nossa vigararia e os das outras que também são da Diocese”, diz um cor-de-rosa apressado com a bandeira da sua paróquia a caminho do ponto de concentração.
Quando os grandes grupos processionais assomam aos quatro pontos cardeais do recinto, guiados pelos estandartes dos respetivos padroeiros, esse corpo toma forma mais visível. Ao meio do corredor de cachecóis brancos de Ourém e amarelos de Fátima, os párocos decidiram caminhar juntos. Ao chegar à Capelinha, um deles sorri e confessa: “Está composto; é um sentimento de união muito bom”.
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