O Departamento Diocesano de Pastoral Familiar (DPF) foi um dos que escolheram a Festa da Fé para assinalar o encerramento das atividades deste ano.
Entre outras iniciativas em que se envolveu, o Jubileu das Vocações e um ciclo temático de cinema foram os eventos mais significativos da pastoral familiar neste certame. Retomando o assunto, conversámos com o padre José Augusto Rodrigues, diretor do DPF, procurando contextualizar estas ações no atual dinamismo da pastoral familiar e nos principais desafios que assume para o futuro.
Como correu a participação do DPF na Festa da Fé, nomeadamente, nas iniciativas mais visíveis?
O Jubileu das Vocações tem sido a cada ano uma bela surpresa, acima de tudo pelos jubilários: são eles, casais, sacerdotes, religiosos e consagrados, que nos fazem acreditar que esta iniciativa é muito importante para a Igreja diocesana. É importante para eles, porque os chama a estar junto com muitos outros que partilham da mesma alegria. E é importante também para os que escutam os seus testemunhos de vida e comprovam através dos seus sorrisos que ser fiel a uma vocação é caminho de felicidade.
O Ciclo de Cinema foi uma forma diferente de propor a reflexão sobre a família. Além da projeção dos filmes, houve sempre um casal a partilhar uma breve reflexão, em jeito de testemunho de vida. A adesão do público foi muito boa: 465 no total, 116 como média.
Não posso deixar de sublinhar a presença dos movimentos do Centro de Preparação para o Matrimónio e das Equipas de Nossa Senhora no Festival de Carismas, no Mercado de Sant’Ana. Movimentou os respetivos membros e deu uma imagem positiva do que eles têm para oferecer.
Como avalia, de forma genérica, este ano da pastoral familiar?
A Pastoral Familiar é uma realidade multifacetada: temos as atividades diocesanas, promovidas pelo Departamento, temos as atividades vicariais e paroquiais da responsabilidade das comunidades locais e temos a vida dos Movimentos. O saldo é francamente positivo, porque a realidade da Pastoral Familiar tem vindo a fazer um processo de consolidação em todas as dimensões acima referidas. Existe vida, muitos casais envolvidos, muitas e boas iniciativas propostas nos vários âmbitos. Em suma: a Boa Nova do Matrimónio e da Família foi anunciada e acolhida por muitos casais e famílias e o nosso objetivo é fazê-la chegar a todos.
O que destacaria desse conjunto de atividades?
Além das atividades habituais, saliento a divulgação e promoção do Encontro Mundial das Famílias, em Dublin, de 21 a 26 de agosto. Estão inscritas 40 pessoas, de 10 famílias, entre adultos, jovens e crianças. Vamos ser acolhidos em casa de famílias irlandesas. Entre um congresso, um festival, a presença do Papa Francisco e muitas outras atividades, estamos preparados para viver uma experiência de fé e comunhão muito forte.
O Bispo diocesano publicou recentemente uma nota pastoral para promover maior integração eclesial das pessoas divorciadas em nova união. Como avalia este documento e como está a ser preparada a intervenção do DPF, nomeadamente, com o anunciado novo Centro de Apoio à Família?
O documento do nosso Bispo é uma excelente proposta de caminho espiritual para os casais que estão nessas circunstâncias. Trata-se de permitir que o amor de Deus ilumine as suas vidas feridas e lhes indique as formas concretas para uma maior integração na vida da comunidade cristã. Esta preocupação vai ao encontro do objetivo que referi, de chegarmos a todos com este anúncio da Boa Nova.
O Centro de Apoio Família terá, neste campo, a responsabilidade de informar, de esclarecer e de colaborar com os casais e sacerdotes, sempre que for solicitado. Deverá, por exemplo, realizar os retiros previstos e ter à disposição dos casais alguns sacerdotes para fazer o acompanhamento, caso eles assim o peçam.
Luís Miguel Ferraz
