Paróquia da Marinha Grande: Comunicado sobre a gestão pastoral da capela da Garcia

Tendo-se verificado uma grande preocupação, sobre a gestão da capela da Garcia, da parte de alguns cidadãos aí residentes que a fizeram chegar ao bispo diocesano, cabe-nos fazer alguns esclarecimentos.

Tendo-se verificado uma grande preocupação, sobre a gestão da capela da Garcia, da parte de alguns cidadãos aí residentes que a fizeram chegar ao bispo diocesano, cabe-nos fazer alguns esclarecimentos:

1.    Não é verdade que haja desejo de encerrar a capela, pelo contrário: a capela da Garcia continua a ter Eucaristia Dominical às 09h30 e desde o ano passado tem também eucaristia na primeira quinta-feira do mês; é também o espaço da adoração ao Santíssimo que decorre todas as segundas e quintas-feiras das 18h00 às 20h00;

2.    Não é verdade que tenham sido proibidos os velórios na casa mortuária da capela da Garcia. Estiveram suspensos durante a pandemia, como todas as outras, e encontra-se sujeita às mesmas regras que foram definidas, no desconfinamento, em articulação com o departamento de saúde pública;

3.    Não é verdade que tenha havido desentendimento com famílias a propósito de marcação de funerais, pois tal contacto nunca aconteceu, as famílias preferem contratar a agência funerária e encarregá-los desses contactos;

4.    Não é verdade que o pároco tenha demitido a comissão fabriqueira. Tendo chegado o fim do seu mandato, foi feita uma auscultação junto do povo de Deus, para que pudessem indicar nomes de pessoas, a quem se reconheça perfil adequado para o cargo, para as convidar a formar nova comissão, como de resto se fez nas restantes capelas.

a.   Reconheceu-se a importância de serem pessoas de vida e prática religiosa, que frequentem a capela, conheçam os seus hábitos e tradições e que vivam no seu dia-a-dia, que sintam a “casa” como sua, que entendam e vivam o espírito missionário que a Fé Católica anuncia.

b.   Reunida essa informação foram as pessoas indicadas convidadas para uma reunião a 22 de Agosto de 2022, cuja ata é também disponibilizada.

Verificou-se a necessidade de uma grande renovação da comissão, recorda-se que a Sra. Esmeraldina Fidalgo assume funções de tesoureira desde que há Conselho Económico na Paróquia da Marinha Grande, há já perto de 30 anos.

Das pessoas convidadas ninguém manifestou disponibilidade para ser parte da comissão, embora não recusem colaborar no cuidado ordinário da capela.

Acordou-se um modelo de gestão diferente do tradicional, assunto discutido nesta reunião e falado publicamente em pelo menos 3 missas:

c.   O grupo de senhoras, que têm sido voluntárias, acertaram reorganizarem-se em equipas de trabalho e ficam responsáveis pela preparação da liturgia, flores, limpeza e atentas a necessidades de manutenção;

d.   Em ordem diminuir a responsabilidade exigida a estes voluntários, seja participação nas reuniões, seja ser titular da conta, seja ter de registar e efetuar a contabilidade da capela, bem como a contagem e depósito dos ofertórios, decidiu-se que o Conselho Económico Paroquial passa a tratar da contabilidade, assumindo as despesas da capela, bem como as receitas de ofertórios. Importa reforçar que é prática habitual na Paróquia da Marinha Grande o dinheiro ser sempre manuseado e contado por duas pessoas, para segurança dos mesmos, e para que não haja espaço a dúvidas acerca da sua postura, o que se torna inviável quando não existe uma comissão.

e.   No que diz respeito à conta bancária, dado que não existe comissão nomeada pelo sr. Bispo, não há quem possa legalmente ser titular da mesma. A conta encontra-se ainda em nome do Padre Armindo Castelão Ferreira, dadas as dificuldades burocráticas do banco e do acidente do padre Patrício Oliveira e posteriormente da pandemia, não foi possível regularizar ainda esta situação.

No entanto, é entendimento do Conselho Económico que não se justifica manter uma conta aberta, cujo titular será sempre o Pároco, e à falta de outrem, o tesoureiro ou o secretário do Conselho Económico Paroquial. Seria uma duplicação de contas, de despesas e de burocracia desnecessárias. Entende o Conselho Económico que é mais fácil juntar à conta do Fundo Económico Paroquial, mantendo-se a contabilidade independente, bem como o valor acumulado da capela da Garcia, aplicado, como se encontra atualmente, situação que acontece atualmente com a Capela de S. Pedro de Moel, exatamente pelos mesmos motivos.

 

5. A Paróquia da Marinha Grande, vem procurando, desde a tomada de posse do padre Patrício Oliveira, assumir-se como uma comunidade orientada para a missão, afastando-se claramente do modelo de manutenção pastoral. Há uma missão que se resume de modo simples na evangelização e no anúncio da Palavra. A prioridade é o serviço do povo de Deus, o seu crescimento humano e espiritual, bem como chegar a novas pessoas.

Reconhecemos e valorizamos o património imobiliário que existe, bem como as tradições da Paróquia, mas, como tem sendo dito abertamente na pregação dominical, é nosso desejo garantir a melhor oferta possível, com celebrações cuidadas, preparadas e não apenas “manter a garantia que há missa em todas as capelas” independentemente de serem necessárias ou participadas.

A preocupação principal será sempre o zelo pastoral pela comunidade da Marinha Grande e garantir que quem procura crescer na sua Fé, encontra um espaço adequado e uma comunidade que celebra e cuida do tesouro da sua Fé.

Entendemos que as estruturas físicas, como são as capelas e salões paroquiais, ou as equipas, serviços e movimentos, existem para servir as necessidades da comunidade. A vida paroquial orienta-se em ordem à missão e não à manutenção de estruturas tradicionais, físicas ou humanas.

Motivo pelo qual iniciámos novas dinâmicas: a Adoração ao Santíssimo na capela da Garcia e a utilização da capela de Albergaria como base para a pastoral juvenil paroquial.

Temos feito um esforço para antecipar um futuro que se prevê muito diferente, procurando formas de aproveitar os espaços que temos para servir a comunidade paroquial. E nesse sentido, envolver nos processos decisórios da vida pastoral, espiritual e litúrgica, diante da realidade e circunstâncias atuais, todos os agentes e paroquianos, por modo a que todos se sintam corresponsáveis e haja, na nossa paróquia, um dinamismo de escuta, compromisso de fé e de vida amadurecido, que nos leve a sentirmo-nos Igreja. Uma Igreja de portas abertas e de cristãos, discípulos e missionários segundo o coração e a vontade de Cristo e para o bem de toda a Igreja.

Assim o Espírito Santo nos ilumine e guie neste caminho que se quer de participação, comunhão e missão.

Pe. Jorge Fernandes, Vigário Paroquial
Pe. Patrício Oliveira, Pároco

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