Jesus Cristo é o líder mais importante e inspirador para os pastores da Igreja. Esta pode ser a conclusão do curso de formação do clero, que terminou hoje, em Linda-a-Pastora (Oeiras). Realizou-se em dois turnos durante o mês de janeiro. No conjunto participaram 60 sacerdotes.
O tema principal que ocupou os participantes foi a liderança. A avaliação dos padres referiu o “bom desafio para o nosso papel de líderes” em ordem a melhorar o seu desempenho, a valorização dos colaboradores e o cuidado da sua adequada formação e da comunicação. Mas também se percebeu “a urgência de transitar de uma pastoral de manutenção para uma pastoral de Missão”. Foi salientada ainda a “importância do trabalho em equipa e de clarificar bem a visão e missão” na liderança de uma paróquia, centro social, movimento ou serviço diocesano.
Na sua intervenção final, ao jeito de conclusões, o bispo diocesano D. António Marto sublinhou a importância do tema da liderança e da sua aplicação à missão pastoral. Isso implica também a promoção da corresponsabilidade dos fiéis leigos, a escolha de colaboradores e a ajuda uns aos outros para avançar. Citando o Papa Francisco, a propósito da pastoral juvenil, também abordado, afirmou que é preciso “olhar os jovens com os olhos de Deus”, confiar neles e ajudá-los não apenas a viverem a fé nos grupos e comunidades cristãs, mas também a comprometerem-se na transformação da sociedade inspirados por ela. Exortou a um maior cuidado no despertar de vocações sacerdotais e a proporcionar o conhecimento da nota pastoral sobre o acompanhamento dos fiéis divorciados a viver em nova união e dispor-se a dar esta ajuda espiritual e pastoral àqueles que a desejarem.
Por fim, falou de Jesus Cristo como o maior líder. Ele deixou-nos três imagens da sua liderança, que nos hão de inspirar: o servo, o pastor e o administrador. Explicou brevemente cada uma delas, referindo o ministério do padre como um serviço de amor e dedicação ao povo de Deus, a liderança do pastor que conhece aqueles a quem se dedica, sabe fazer-se próximo, cuidar e guiar pessoas e comunidades e é capaz de administrar, promovendo a comunhão de dons, bens e talentos espirituais, pessoais e materiais.
“Temos caminho a fazer. Fomos positivamente provocados”, concluiu um grupo dos participantes.