ORAÇÃO POR PORTUGAL

Votaram a favor o Bloco de Esquerda (19 votos), o PAN (3 votos), o PEV (dois), a Iniciativa Liberal (um) e duas deputadas não inscritas. A grande maioria dos deputados do PS também votou a favor. Já o PCP (10 votos), o CDS (5) e o Chega (1) votaram contra, assim como 56 deputados do PSD e 9 do PS.

Deus de sabedoria e Pai de misericórdia,
Tu concedeste aos homens e mulheres deste país
os dons da vida, da inteligência e da liberdade,
para viverem como “homens livres” (cf 1 Pe 2, 16),
orientando-se retamente, a nível pessoal e coletivo,
segundo os ditames da própria consciência e os teus mandamentos,
preservando e promovendo o bem comum e de todos.
Olha por este país de longa história,
que, ciente da dignidade de toda a pessoa humana,
cedo soube eliminar a pena de morte para os criminosos,
mas agora, movidos por uma certa compaixão,
os seus legisladores aprovaram como “não punível”
a “antecipação da morte medicamente assistida”
para pessoas “em situação de sofrimento intolerável”
que a peçam, por não quererem viver nesse estado.
Querendo eliminar o sofrimento atroz,
provocam ou ajudam a antecipação da morte.
Quebram assim o princípio da inviolabilidade da vida humana.
Uns decidem apressar a morte e pedem ajuda,
enquanto muitos outros, por um amor abnegado,
tudo fazem para ajudar a viver e aliviar a dor,
mesmo na fragilidade e no sofrimento.
Não deveria cada morte ser medicamente assistida
e acompanhada de afeto e cuidados humanos?
Dá, Deus de misericórdia, sabedoria, discernimento e prudência
aos cidadãos, legisladores e governantes deste país,
para que não violem o teu mandamento: “não matarás”,
mas vivam com compaixão o resumo de quanto nos ordenas:
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Rm 13,9; cf Mt 5,21).
Este país, que criou e mantém um serviço nacional de saúde,
para cuidar e curar a vida nas suas fragilidades,
e nisso tem um justo orgulho,
aprovou a morte dos não nascidos por vontade da mãe
e agora admite ajudar a antecipar a morte.
Que futuro terá um país assim,
que permite a inseminação artificial, a maternidade de substituição,
o aborto e agora a eutanásia,
mas não é capaz de incentivar de modo adequado a natalidade,
de ajudar eficazmente os sem abrigo
e agora está aflito no combate ao flagelo da pandemia,
sem conseguir evitar centenas de mortos diários?
Por este caminho, seremos sempre menos, mais velhos, sem futuro,
mas orgulhosos de leis para satisfazer vontades próprias,
fomentando o medo e a desconfiança
em relação aos familiares, cuidadores e profissionais de saúde.
Para onde caminha, ó Deus de misericórdia,
este país que tu amas e abençoas?
Tem compaixão e assiste com a tua graça o seu povo,
ilumina e guia os seus líderes e legisladores.
Ámen.

Nota: o projeto de lei que despenaliza a morte medicamente assistida (eutanásia) foi aprovado no Parlamento Português, no dia 29 de janeiro, com 136 votos a favor, 78 contra e 4 abstenções.

Votaram a favor o Bloco de Esquerda (19 votos), o PAN (3 votos), o PEV (dois), a Iniciativa Liberal (um) e duas deputadas não inscritas. A grande maioria dos deputados do PS também votou a favor. Já o PCP (10 votos), o CDS (5) e o Chega (1) votaram contra, assim como 56 deputados do PSD e 9 do PS. 

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