O grande dia para qualquer agrupamento de escuteiros está a chegar… o dia do início das atividades. É nessa data que chegam aos agrupamentos as caras novas… e as menos novas, claro está!
Todos os anos, cerca de 250 novos elementos entram no movimento, na região escutista de Leiria-Fátima. Nos seus rostos nota-se sempre aquele nervoso miudinho, a desconfiança, o medo do desconhecido e um franzir de sobrancelha. Faz parte! É normal, é isso que torna este momento tão especial e que o fará ficar gravado na memória para sempre.
Isto acontece em muitos outros espaços onde os miúdos são convidados a participar, como na catequese, no futebol, na natação, na música, etc. Mas a grande diferença é que, normalmente, quem entra no movimento escutista não sabe ao que vem, o que se faz aqui, o que se aprende e de que forma poderá estar preparado para ter uma boa “prestação”. Tudo aqui é uma surpresa e uma descoberta constante.
Lembro-me como se fosse hoje de, em 2001, entrar pela sala dos Lobitos adentro, desconfiado e indignado por estar uma grande parte do pessoal vestido com uma farpela toda engraçada e cheios de insígnias e eu ali… à civil! Tinha um ou dois amigos na Alcateia e não demorei até ir dizer-lhes um “olá”, só para quebrar o gelo e ganhar ali uma pequena aliança dentro do grupo. Depois, veio o primeiro contacto com a totalidade do Agrupamento, ainda no mesmo dia… “uau! Tanta gente!”.
Vi que não estava sozinho, eram muitos os novos elementos em cada uma das secções, mas foi a apresentação de todos os elementos das chefias, das secções, as formaturas, gritos e lemas que me impressionaram. Fiquei fascinado!
Daí em diante, não parei mais e ainda hoje ando por aqui! Aquele primeiro dia foi o “click” para encontrar novos amigos que ficaram para a vida, novos chefes com os quais agora faço par e uma família gigante de nível mundial.
Magno Bonifácio, dirigente