Foi realmente marcante e memorável o dia 30 de maio, quando a Igreja saiu às ruas para festejar a Solenidade de Corpus Christi e as crianças manifestaram publicamente o seu afeto e louvor a Jesus na festa diocesana da Ceia.
O dia estava muito quente, e as atividades para as crianças do 3º ano decorreram entre o jardim da igreja de Santo Agostinho e o adro da Sé. A participação e o empenho de cada criança em cumprir cada posto foram exemplares. Foi a prova de que, cada vez que nos aproximamos de Jesus, mais nos vamos tornando parecidos com Ele. A temperatura do ar foi dificultando as caminhadas na cidade, as crianças estavam muito cansadas, mas, com certeza, ofereceram o que tinham de melhor e de mais precioso a Jesus. Nenhuma vacilou em momento algum.
Houve uma pausa para o almoço, em que os pais se juntaram num piquenique de partilha, assim como outros catequistas, que asseguraram o funcionamento do posto dos Pousos. Sim, Jesus quer apenas mais uma oportunidade para visitar o nosso coração e nele fazer a Sua morada, para cear connosco a ceia do amor.
Sem dúvida que as crianças sentiram esta pertença à Igreja, ao Povo de Deus, ao Corpo de Cristo. Nas suas atitudes e comportamentos, percebeu-se que se sentiam importantes e com uma responsabilidade a cumprir.
Na missa, mesmo exaustas, mantiveram o sorriso no rosto porque tiveram direito a sentar-se nos lugares da frente e comungaram pela mão do Sr. Bispo. Depois, percorreram algumas ruas da cidade em procissão e, na bênção final, sentaram-se no chão, mesmo junto ao altar. Tiveram até direito a um comentário simpático de um dos padres da diocese que estava numa fila mais atrás: “vocês é que estão bem”!
E assim finalizou o dia, com Jesus no coração e com um percurso intenso e admirável destes três anos de catequese com estas crianças.
Recordei os anos anteriores e as semanas recentes.
Na sala de catequese, está um sol com os seus raios colado na parede. Em todas as catequeses, as crianças faziam referência a esse sol (Jesus) e à função dos raios (cada raio representava uma criança da sala). Cada criança é luz, é calor, é amor, é bondade… e vai chegar aos corações de todas as pessoas, tal como os raios de sol que iluminam e aquecem a terra. Assim se preparou (e nasceu) em cada criança o autêntico caminho de despertar da fé.
A vontade de comungar pela primeira vez era muita. Não só pela curiosidade, mas para sentirem o que acontecia no coração ao receberem o corpo de Cristo.
As vezes que ouviram falar da “última ceia”, do “pão e do vinho”, do “corpo de Cristo”, as missas em que participaram ao longo destes 3 anos, o altar com uma toalha e com uma cruz – Jesus morreu por nós e é hoje nosso alimento (espiritual) – a hóstia consagrada… Tudo isto indicava que ia haver um banquete.
A Celebração da Primeira Comunhão começou exatamente com a preparação de um banquete. Com empenho e muito brio, as crianças puseram a mesa para cear com Jesus. E que mesa, e que postura e que dignidade!
Foi um momento lindo e emotivo! As crianças mostraram-se felizes e foi unânime a descrição de todos acerca daquele dia: “Estou mais próximo de Jesus”, “é bom pertencer à família de Jesus”, “nunca estou sozinho”, “ganhei forças para enfrentar os desafios”, “o pão e o vinho representam o corpo e o sangue de Jesus que sofreu na cruz e morreu por nós”, “a hóstia ajuda-me a ser um rapaz bom”.