No IV Sínodo Diocesano “sentiu-se bastante a exigência de renovação”, diz o padre Jorge Guarda

No início do ano civil que há pouco começou, a primeira sessão da formação que decorre na Escola Diocesana Razões da Esperança foi dedicada ao IV Sínodo Diocesano de Leiria-Fátima 1995-2002. A aula foi apresentada pelo vigário-geral da diocese, o padre Jorge Guarda.
Imagem do IV Sínodo Diocesano de Leiria-Fátima que se realizou entre os anos 1995 e 2002.

No início do ano civil que há pouco começou, a primeira sessão da formação que decorre na Escola Diocesana Razões da Esperança foi dedicada ao IV Sínodo Diocesano de Leiria-Fátima 1995-2002. A aula foi apresentada pelo vigário-geral da diocese, o padre Jorge Guarda.

Realizada no dia 4 de janeiro, a sessão teve como inspiração o Documento Preparatório do Sínodo 2021-2023, onde, no número 25, é referida a importância de se evocarem as experiências de sinodalidade já vividas, nos seus pontos fortes e fracos, nos seus limites e dificuldades, por essas experiências “oferecerem elementos preciosos para o discernimento sobre o caminho a seguir”.

O IV Sínodo Diocesano de Leiria-Fátima realizou-se entre os anos 1995 e 2002. Foi anunciado em 1993 e convocado em 1995 pelo então bispo diocesano D. Serafim Ferreira e Silva, com a carta pastoral Unidos no caminho da esperança

“Viviam-se os ventos da renovação conciliar: a mesma dignidade pelo batismo, comunhão, participação e missão de todos na Igreja; tinham sido realizados o Sínodo dos Bispos de 1987, vários congressos diocesanos e congresso nacional de leigos, em 1988. Este sínodo foi inserido na preparação para o Grande Jubileu do Ano 2000, como um caminho de renovação para a Igreja diocesana”, começou por contextualizar o padre Jorge Guarda.

O vigário-geral da diocese recordou também que o evento “teve duas dimensões inseparáveis: a de caminhada comum de discernimento eclesial e a de assembleia eclesial de ministros da Igreja e de representantes das comunidades cristãs” e colocou em prática o “método participativo, visando a participação do maior número possível de pessoas”. No final dos sete anos em que se realizou a ampla consulta foram recebidas um total de 75 mil respostas.

Em termos de execução, à semelhança do sínodo universal que decorre atualmente, o desenrolar das quatro fases sinodais foi “construído ao longo da caminhada comum, fruto do discernimento periódico dos sinais e das experiências vividas”. Em cada fase foi feito um guião programático. O primeiro, sob o título “Pôr-se a caminho”, acabaria, recordou o padre Jorge Guarda, “por se tornar programático, pois os seus temas iam marcar o percurso formativo”. O segundo guião – “Só com Deus podemos caminhar” – convidou ao discernimento sobre Deus e a sua palavra, como resposta à sede de vida plena que há no coração humano. O terceiro guião – “Fontes de vida para caminhar” – foi sobre os sacramentos, as celebrações litúrgicas e as festas religiosas, e o quarto guião, já no ano 2000 – “Iguais a todos… diferentes na fé” – tratou sobre a presença dos cristãos no mundo, como família, educação, saúde, política, cultura, desporto, entre outros.

Entre novembro de 1996 e outubro de 2001 foram realizadas cinco sessões da assembleia sinodal das quais resultou o livro do IV Sínodo Diocesano. Intitulada “Pela fé, unidos no amor, testemunhamos a esperança”, a publicação junta as orientações sinodais consequentes, que viriam a ser aprovadas na quinta sessão, realizada em março de 2002.

No decorrer de todo o processo, “foi fundamental o papel do bispo diocesano, especialmente nas tensões, dúvidas e impasses”. “D. Serafim Ferreira e Silva soube escutar, ponderar a situação e tomar as decisões oportunas. Após cada assembleia publicou uma exortação pastoral para apresentar algumas das propostas aprovadas a fim de serem postas em prática na ação pastoral”, referiu o padre Jorge Guarda. 

Também como o atual sínodo universal “foi procurado o envolvimento das crianças e dos jovens”, no caso dos jovens “com a criação de uma comissão e guiões próprios para a participação”, no caso das crianças “com a elaboração de caderno e guião pedagógico com desenhos, textos e canções”. Para os membros das congregações ou movimentos da vida consagrada e aos agentes de pastoral diocesanos “foi criado um guião, sob o título Novos rumos para a vida consagrada na Diocese”. O vigário-geral referiu ainda “a importância da comunicação, para dar a conhecer e sensibilizar e para mobilizar e envolver todos”.

Como avaliação final, o padre Jorge Guarda lançou e procurou responder à pergunta: Que diocese saiu do Sínodo Diocesano 1995-2002? A seu ver, o IV Sínodo Diocesano foi “uma experiência eclesial de busca, reflexão, discernimento da vontade e dos caminhos de Deus para a Igreja diocesana”, em que “se viveu um certo dinamismo de comunhão e colaboração”.

“Sentiu-se bastante a exigência de renovação, e daí vão resultando pouco a pouco as mudanças na cúria diocesana com os departamentos e serviços, em algumas instituições, na criação de colaborações em vários âmbitos diocesanos, vicariais e paroquiais… A desejada e insistentemente pedida mudança dos jornais diocesanos dá-se somente em 2013, com a criação do Presente… E depois a REDE. A renovação vai-se fazendo pouco a pouco com a criatividade e diligência que os pastores e os fiéis forem tendo”, referiu.

Sínodo 2021-2023 – Última sessão de formação realiza-se a 18 de dezembro

A próxima sessão de formação está agendada para 18 de janeiro. Estará a cargo do padre José Augusto Rodrigues, coordenador da Equipa Diocesana para o Sínodo dos Bispos 2021-2023. Terá como tema “Sinodalidade na Diocese de Leiria-Fátima: passado, presente e futuro”. “Procurarei apresentar a síntese deste percurso formativo que iniciámos em setembro de 2021 e fazer um raio X à nossa diocese nos seus grandes desafios do presente. Terei sempre em conta que a sinodalidade é o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milénio, como nos diz e nos pede o Papa Francisco”, antecipa o padre José Augusto Rodrigues.

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