Na missa crismal D. José Ornelas pede que as mãos dos padres “tenham o odor dos óleos que dispensamos”

Para D. José Ornelas, o estilo da presença de um padre na Igreja é bem claro e tem a ver com o seu espírito de serviço às pessoas e às comunidades, "com atitudes de reconciliação, de unidade e desprendida partilha".

Os sacerdotes da diocese de Leiria-Fátima estiveram presentes na catedral da cidade do lis para participarem na Missa que celebra especialmente o sacerdócio ministerial. A habitualmente conhecida por Missa crismal, que ocorre todos os anos na manhã de Quinta-feira Santa e que este ano ocorreu no dia 14 de abril, foi pela primeira vez presidida por D. José Ornelas. O próprio prelado fez referência a essa circunstância na saudação inicial. Nesse momento, como também é costume nesta cerimónia, foram lembrados os padres diocesanos que, durante o ano, celebram o seu Jubileu de ordenação sacerdotal: os padres Francisco Pereira e Joaquim Gonçalves fazem 25 anos, e o padre Isidro Alberto faz 50 anos. Também foram referidos os que faleceram desde a última celebração crismal: padres Martinho Vieira e Fernando Jorge, falecidos a 15 de julho e 27 de agosto respectivamente.

Na sua saudação, o bispo diocesano fez ainda questão de referir os padres António Cardoso e Marcelo Moraes que, durante a semana, tinham sofrido um acidente grave de viação, e ainda o pai do padre José Augusto Rodrigues, que faleceu na madrugada anterior.

Quem deve ser um sacerdote

Na homilia, D. José Ornelas a partir do relato do Evangelho falou dos sentimentos de Jesus na sua última reunião com os apóstolos, antes da Paixão. A confidência que Jesus faz aos que lhe são mais próximos — “desejo ardentemente celebrar esta Páscoa convosco” — , tem um significado especial neste dia. “Se é verdade que é um convite que é dirigido a todos os cristãos, permitam-me que o aplique de modo particular àqueles que Ele continua a chamar para o serviço da sua Igreja”, disse o bispo, referindo-se aos sacerdotes presentes, a quem é pedido que vivam o ministério “alegria, humildade e gratidão”.
“Assumir-nos com sentido de humildade e gratidão, significa reconhecer que o mérito desta escolha e desta predileção não se encontra em nós, mas naquele que nos chamou e nos mantém ao seu serviço, apesar das nossas debilidades, apesar das nossas falhas”, desenvolveu o bispo diocesano. Deu o exemplo dos próprios discípulos que fugiram na hora em que Jesus mais precisava deles.
O tom da homilia continuou dirigido aos sacerdotes presentes e implicando-se o próprio prelado nas suas palavras. “Nós recebemos e partilhamos antes de mais, na própria Igreja, o perdão e a comunhão do Senhor, participamos dessa presença transformadora e reconciliadora que Jesus quer ser através de nós”, continuou, centrando-se nos dois sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia. Fez, por isso, também uma referência ao triénio pastoral que a Diocese está a celebrar, por ser também como tema de fundo a própria Eucaristia.

VÍDEO
https://youtu.be/R5IAddwCHDU

Para D. José Ornelas, o estilo da presença de um padre na Igreja é bem claro e tem a ver com o seu espírito de serviço às pessoas e às comunidades, “com atitudes de reconciliação, de unidade e desprendida partilha”.

Na homilia também fez referência aos óleos que iriam ser abençoados no momento seguinte, nomeadamente o Santo Crisma, óleo usado no Baptismo e na Confirmação e que também ungiu os sacerdotes presentes no momento da sua ordenação.
“Não somos donos do óleo que vamos abençoar, mas é importante que as nossas mãos, isto é, as nossas atitudes e os nossos gestos, tenham o odor dos óleos que dispensamos”, pediu. Explicou ainda que o óleo dos enfermos “deve suscitar em nós a sensibilidade e a compaixão por todo o sofrimento e doença, através da atenção e da solidariedade”, o óleo dos catecúmenos “deve encher a nossa alma de consagrados para anunciar o Evangelho”, e o óleo do crisma “permeia os sinais e atitudes de todo o nosso ministério, chamando-nos à escuta do espírito”.

GALERIA DE FOTOS
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Após a homilia, os padres fizeram a renovação das suas promessas sacerdotais, que substitui a normal recitação do credo, que se conclui com uma oração em que o bispo pede para rezarem por ele para que seja fiel ao ministério apostólico. Após a renovação das promessas sacerdotais, os óleos são levados em procissão ao altar, onde são abençoados.

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