Na Missa Crismal, D. António Marto falou aos padres da beleza do sacramento da Reconciliação

Na Missa Crismal desta manhã (24-03-2016), D. António Marto quis lembrar aos padres da Diocese de Leiria-Fátima que o seu ministério é “belo”, sobretudo, por serem “ministros da misericórdia e do perdão de Deus por pura graça do seu amor”.

Na Eucaristia em que, anualmente, cerca de uma centena de sacerdotes se unem ao Bispo diocesano para fazerem “grata e alegre memória” da sua ordenação sacerdotal, D. António Marto começou por saudar de forma especial os que este ano celebram o seu jubileu (os padres José Gonçalves e António Ramos, ordenados há 50 anos, e o padre Vítor Coutinho, há 25 anos), e recordar o padre Júlio Vieira, falecido no último ano.

Na sua meditação, o Bispo falou do “sacramento da penitência e da reconciliação como o lugar precioso e privilegiado para fazer experiência da misericórdia de Deus”, apontando alguns “aspetos que requerem maior e melhor cuidado espiritual e pastoral”.

Em primeiro lugar, “deverá tornar-se evidente que se trata de um sacramento de cura e, por isso, de alegria”, à imagem “festa para o filho que regressa à casa do Pai” relatada no Evangelho. “É uma alegria que não pode ficar escondida no coração mas deve ser partilhada e deve irradiar na vida quotidiana, nos outros, no ambiente e nas estruturas”, frisou, lamentando que se ponha “o acento mais naquilo que o penitente deve fazer, esquecendo que o mais importante é o que Deus realiza em nós”

Um segundo ponto que referiu foi a necessidade de “acolher com coração misericordioso”, que se concretiza na “arte de escutar que é mais que ouvir: na escuta  cordial, compassiva, paciente e respeitadora da dignidade e da história pessoal de cada penitente”, o que exige “delicadeza, paciência e capacidade de discernimento” do confessor.

Finalmente, a utilização da “pedagogia da misericórdia no processo de conversão e de cura”, pois é preciso ajudar a “pessoa frágil e fragilizada pelo pecado e pelas suas feridas” a “reconhecer a doença” e a “incarnar na vida concreta a verdade que salva”. Mais do que um “tribunal de condenação, uma lavandaria da sujidade, um caixote do lixo”, o confessionário deve ser lugar de “consolação e estímulo do amor salvífico de Deus”.

Por fim, o Bispo apelou aos padres que não se limitem “ao que é costume”, mas usem “zelo” e “criatividade pastoral” para a celebração da Reconciliação e para a educar os fiéis “através de catequeses, celebrações e outros atos pastorais oportunos”.

 

Bênção dos Santos Óleos2016-03-24 crismal2

É nesta Eucaristia que são benzidos, todos os anos, os Santos Óleos que os sacerdotes levam depois para as respectivas comunidades, para uso nas celebrações.

Na liturgia são usados três Santos Óleos:

1) Santo Crisma, que recebe o nome de Cristo, o Ungido de Deus, confeccionado com azeite e bálsamo, consagrado para uso no Batismo, no Crisma, na ordenação dos bispos e dos presbíteros e na sagração ou bênção solene de igrejas, altares e alfaias litúrgicas.

2) Óleo dos Catecúmenos, usado para a unção pré-baptismal, a significar a força do cristão na luta contra o mal.

3) Óleo dos Enfermos, para usar no sacramento da Unção dos Doentes, para alívio e fortalecimento dos enfermos e dos idosos, pedindo o dom da saúde e a fortaleza da fé quando a cura possa já não ser possível.

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