Missa Crismal: D. António pediu aos padres atitude de misericórdia

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O Bispo diocesano de Leiria-Fatima, D. António Marto, presidiu à Missa Crismal, esta manhã (17-04-2014), na Catedral de Leiria. A celebração foi concelebrada pela grande maioria dos padres da Diocese.

Na sua homilia, o Pastor apontou a misericórdia como “caminho da Igreja no terceiro milénio”, apontando as palavras e exemplo do Papa Francisco como inspiração para a missão sacerdotal de “levar a misericórdia de Deus aos homens: aos pobres, aos doentes, aos frágeis, feridos, sós, abandonados, excluídos, a todas as periferias existenciais”. Sublinhando que “hoje, sem a misericórdia temos poucas possibilidades de nos inserirmos num mundo de feridos que têm necessidade de compreensão, de perdão, de amor”, o Bispo defendeu que “urge uma conversão pastoral e missionária de toda a Igreja”, que implica sair “do seu recinto, da sua zona de conforto, da introversão eclesial”.

“Quanto às atitudes pastorais, o Papa recomenda a gramática da simplicidade, da proximidade e do encontro, à imagem do modo como Deus se revela e comunica”, afirmou D. António, rementendo para as cinco atitudes referidas na exortação apostólica “A alegria do Evangelho”: “tomar a iniciativa, sem medo, de ir ao encontro; envolver-se na vida diária do povo contraindo o ‘cheiro de ovelha’; acompanhar com grande paciência os seus percursos tendo em conta as lentidões; frutificar cuidando dos germes de vida boa apesar de imperfeitos ou defeituosos; festejar cada pequeno passo celebrando-o na beleza da liturgia.

Depois, concretizou esta mensagem no contexto do tema pastroal diocesano deste ano: “Nestes tempos difíceis, a família pertence àquelas periferias existenciais que necessitam de particular atenção”. Nesse âmbito, pediu aos sacerdotes: “Encorajai cônjuges, ajudai-os a renovar a graça do seu matrimónio, partilhai as sua responsabilidades educativas; tornai as famílias protagonistas – e não só destinatárias – da ação pastoral; sede acolhedores e misericordiosos, sobretudo com os cônjuges em situação de dificuldade, de fragilidade, de crise ou de rotura dos laços matrimoniais”.

Defendendo que “o pároco é muito importante para convocar as famílias e dar-lhes a luz e a força de Cristo, apoiá-las no caminho, ajudá-las a crescer na fraternidade e em maturidade, envolvê-las na vida da paróquia”, o Bispo de Leiria-Fátima apontou as festas da família na comunidade cristã como momentos importantes para essa missão pastoral. Sublinhou ainda um aspecto como merecedor de “urgente atenção pastoral”, a preparação remota e próxima para a celebração e a vida em matrimónio. “O matrimónio salva-se antes do matrimónio!”, exclamou, pedindo aos pastores que acolhessem “as boas ideias, os carismas existentes na Igreja, as sugestões e iniciativas que encontrardes nas comunidades” para as proporem aos adolescentes e jovens.

A terminar a homilia (ver texto integral), D. António reconheceu que a realidade é dura, mas que isso “não deve significar menor confiança no Espírito nem menor generosidade”. Por isso, apelou a que evitassem o risco de “uma Igreja prisioneira da tristeza espiritual, do cansaço e do medo” e, convidando todos à renovação das suas promessas sacerdotais, implorou a Nossa Senhora: “Alcançai-nos agora um novo ardor de ressuscitados para levar a todos o Evangelho da vida. Dá-nos a santa audácia de buscar novos caminhos para que chegue a todos o dom da beleza que não se apaga”.

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