D. António Marto presidiu, na manhã de hoje (2 de abril), na Sé de Leiria, à Missa Crismal, concelebrada com sacerdotes diocesanos e religiosos, que renovaram, perante o Pastor, as promessas sacerdotais.
Na celebração, às portas do Tríduo Pascal, o Bispo consagrou o Santo Crisma e benzeu o óleo dos catecúmenos e o óleo dos enfermos.
No ano dedicado pelo Papa Francisco à Vida Consagrada e, na nossa Diocese, também à “ beleza e alegria de viver em família”, D. António Marto encorajou os sacerdotes a “trabalhar com as famílias e pela família”.
Presidida por D. António Marto, a Missa Crismal reuniu, nesta quinta-feira, na Catedral, cerca de 120 sacerdotes diocesanos e religiosos que, perante a assembleia de diocesanos, renovaram as promessas sacerdotais.
A alegria de ser padre
Em pleno ano dedicado pelo Papa à Vida Consagrada e na nossa Diocese à “ beleza e alegria de viver em família”, D. António Marto meditou, na homilia, sobre a “graça da alegria e da fraternidade na vida e na missão do padre”.
Naquele que é “ por excelência, o dia da festa do presbitério”, o Bispo diocesano falou da alegria, que acompanhar a missão de anunciar o Evangelho, como “critério de aferimento da vitalidade da fé” dos cristãos em geral e dos padres em particular. “É uma alegria que se revela quando o pastor está no meio do seu rebanho e dá a vida por Cristo e pelo seu povo; é sinal da presença de Cristo Bom Pastor e, por isso, deve configurar o estado habitual de um padre.”
Dirigindo-se ao “cenáculo”, D. António Marto falou da alegria do sacerdote como um “bem precioso” e lembrou as palavras do Papa Francisco sobre a alegria contagiante do anúncio do Evangelho. “O apóstolo deve esforçar-se por ser uma pessoa gentil, serena, entusiasta e alegre, que transmite alegria onde quer que esteja.” Neste sentido, alertou para o perigo dos sacerdotes se tornarem “ meros funcionários de Deus, burocratas frios, prestadores de serviços religiosos”.
Confiar nas famílias
Destacando a riqueza do presbitério na sua diversidade de “ personalidades, dons, proveniências, idades e talentos”, D. António Marto indicou a necessidade deste ministério ser vivido em comunhão e fraternidade. Em contraponto, advertiu para a tentação da “cultura do subjetivismo que exalta o ‘eu’” e do “individualismo pastoral, que cria separação”.
A terminar a sua homilia, evocando os encontros vicariais realizados no presente ano, o Bispo diocesano encorajou os sacerdotes a “trabalhar com as famílias e pela família”, acompanhando-as e confiando-lhes responsabilidades pastorais “ com um olhar acolhedor, respeitoso e cheio de compaixão que encoraje e ajude a amadurecer na vida cristã”.