De 1 a 4 de setembro, cerca de 70 pessoas acorreram ao Seminário Diocesano de Leiria para um encontro sobre “Revisitar o Credo – dar razões da nossa Fé”. Correspondiam a um convite/desafio do Metanoia – Movimento Católico de Profissionais que promovia o 31º Encontro de Reflexão Teológica. Só não se realizou em 2020 e em 2021 teve uma versão curta online, devido à pandemia.
Associados, amigos, crentes sensíveis ao tema, de todo o país, orientados pelo padre Peter Stilwell, associado do Metanoia, doutorado em Teologia e professor associado da Universidade Católica, puderam aprender, meditar e partilhar sobre o tema proposto.
O encontro iniciou-se com o testemunho de quatro participantes sobre como dizem a sua Fé a partir das suas experiências de Vida.
Deus, a primitiva pegada, Do Caos ao Cosmos – Génesis revisitado, Poder e autoridade do Ungido, no Evangelho de Mateus, Cruz e ressurreição – uma catástrofe apocalíptica e Cristo no Credo de Niceia – Filho de Deus e Filho do Homem foram as abordagens através das quais Peter Stilwell nos guiou, convocando poetas como Sophia, Herberto Hélder, António Machado ou Ruy Belo e recorrendo a metáforas e imagens que contribuíram para aprofundarmos a nossa compreensão das verdades proclamadas no Credo de Niceia, à luz do contexto cultural e eclesial em que foram proclamadas, mas também do significado que têm para nós nestes tempos em que nos é dado viver. Sem fixar, nem fechar, deixou pistas de meditação que nos ajudam a viver a Fé enquanto caminho e procura, a partir dos nossos percursos de vida, sempre desafiados pelos gestos e palavras de Jesus Cristo, Aquele que mais longe nos leva no perscrutar do Indefinível e Inominável que nos chama.
Como não se tratou de um curso, mas de uma reflexão que, embora orientada, se fez em comum, houve tempos de partilha, de sensibilidades e questões. Mas também de celebração, oração e festa. D. José Ornelas, bispos da diocese, aceitou o convite para partilhar connosco uma refeição. Foi, como enquanto movimento sempre quisemos, um tempo de fazermos comunidade, de renovar e fazer novos laços, de reconhecer nos demais uma ocasião de enriquecimento pessoal, em liberdade, sem preconceitos ou missões predeterminadas.