No dia 19 de outubro, fez-se o envio de quatro jovens voluntários do grupo Ondjoyetu para a Diocese do Sumbe, em Angola. A Carolina Oliveira, a Inês Moreira e a Mónica Rocha, irão em missão por um mês, e o Humberto Ribeiro, fá-lo-á também por um período de seis meses.
Este cerimónia, presidida pelo bispo diocesano, D. António Marto, ocorreu durante a vigília missionária que, por sua vez, integrou o programa do mês de outubro dedicado às missões.
Um dos pontos altos da vigília foi o testemunho dado por uma jovem que também foi missionária naquela diocese de Angola geminada com Leiria-Fátima. Fez um ano que a Andreia Pereira regressou do Sumbe e manifestou “uma vontade enorme de agradecer esta bênção” que lhe foi concedida. É por isso que na sua página na rede social “Facebook” as suas palavras são de agradecimento “por ter tido o privilégio de estar com as pessoas com quem estive, por ter crescido, por ter evoluído, pelas tomadas de consciência, por ter tido a oportunidade que outros não tiveram, por ter tido a audácia que outros não foram capazes, por ter visto o sonho a tornar-se realidade”.
Na homilia, o D. António Marto aproveitou “para reavivar a nossa consciência de discípulos missionários”. Como ponto de partida, serviu-se das palavras que o Papa Francisco dirigiu aos jovens na Jornada Mundial da Juventude, no Brasil: “eduquemos os jovens para a missão, para sair, para partir, para serem caixeiros viajantes da fé”. Nesse sentido, exortou a assembleia a não terem medo de pensar a pastoral a partir das “periferias, não somente as geográficas, mas aquelas existenciais, do pecado, da dor da injustiça, da ignorância, da falta de fé, do pensamento, de todas as formas de miséria”.
Também deixou algumas “instruções” para a missão de cada um que põe de lado qualquer forma de proselitismo, porque “Cristo não se impõe, propõe-se, com respeito e sem ser invasivo”. Afinal “ser missionário é ser testemunha de uma vida de quem encontrou Jesus Cristo e se deixou apaixonar por Ele”. Esse testemunho também passa, hoje, mais do que nunca, pelo mundo digital onde os jovens estão presentes, não através de textos religiosos, mas pela forma de comunicar: “é levar a fazer o ‘clic’”.
No final da homilia, o Cardeal manifestava um desejo: “queria ajudar os jovens a sonhar alto, a sonhar grande, a sair do sofá, vestidos de ganga e sapatilhas para ir ao encontro” dos outros.
Dos quatro jovens enviados, a Carolina e a Mónica são da diocese de Coimbra. O Humberto e a Inês são da nossa Diocese, das paróquias de Santa Catarina da Serra e Alqueidão da Serra, respetivamente.