Em boa hora a comunidade abriu os braços e a alma e deixou que as crianças do ano III ensinassem a acolher o Natal, em início de Advento. E este ano não foi exceção, fosse no dia 27 de novembro ou no sábado seguinte (4 de dezembro). Foram 660 as pessoas que se deslocaram à igreja paroquial dos Pousos. As crianças vieram de todas as aldeias da nossa paróquia (e até de outras freguesias vizinhas). Em termos de catequese, este foi mais um dia em que se reuniram catequizandos que frequentem ou os Pousos ou o Vidigal.
A estrutura da celebração é interessante e motivadora. Recordemos:
– Numa situação inicial de escuridão na igreja, ouve-se a voz de Deus na proclamação do famoso texto do profeta Isaías que prediz a justiça e a paz para todos, notória quando vales e montes de aplanam ou os caminhos se endireitam;
– Num tempo seguinte identificam-se esses caminhos sinuosos e pedregosos através de um longo tempo penitencial, em quatro tempos; trata-se da afirmação de tantos exemplos da falha humana (bem concretos e entendíveis), que concluem sobre o nosso desejo e necessidade de chamar Jesus para junto de nós; essa sequência vai sendo inebriada pelo aparecimento de algumas dezenas de candeias iluminadas que vão alterando a escuridão do próprio espaço;
– Num terceiro tempo celebrativo escuta-se o evangelho do nascimento de Cristo, proclamado por algum dos pais das crianças presentes na coordenação da Missa;
– Imediatamente se seguiu, como que em feliz resposta à boa notícia de Jesus entre nós, com a entoação festiva do Glória – o grande hino angelical da noite de natal;
– Seguiu-se o rito normal da Liturgia Eucarística; mas o pós-comunhão, com a entoação de uma das belíssimas melodias típicas da noite de Natal (a que se juntou novamente a escuridão elétrica, mas não a das dezenas de velas entretanto acesas) voltou a impressionar-nos todos sobre significados e sentidos do tempo belo agora iniciado.
– Terminou-se a Eucaristia, mas não antes de se saudar o tempo de Natal: que seja bom e santo, este tempo do Natal.