A palma do martírio está presente na biografia de alguns missionários mais zelosos como foi o caso do bem-aventurado Diogo de Andrade, de Pedrogão. Na companhia do sacerdote jesuíta Inácio de Azevedo, este leiriense era um dos quarenta noviços da nau Santiago rumo ao Brasil. Eis que durante a viagem, em 15 de julho de 1570, são intercetados pelos corsários calvinistas, liderados por Jacques Sória, ao largo do arquipélago das Canárias… todos foram assassinados e em 11 de maio de 1854 beatificados pelo Papa Pio IX. Para a História ficaram apelidados como “Os Quarenta Mártires do Brasil”.
Por sua vez o dominicano leiriense Jerónimo da Cruz nasceu em Pombal e calcorreou o Oriente, desde a Pérsia até Ormuz, vindo a falecer em 5 de maio de 1609.
Fr. António Brandão (da Ordem de Cister) assumiu o arcebispado de Goa em 1675. Era natural de Alcobaça e tio do missionário agostinho Fr. Sebastião Varela (que seguiu viagem com aquele para o Oriente em 1675) … O sobrinho viria a professar no Convento de Nossa Senhora da Graça de Goa e redigiu a rogo do grão-duque da Toscana a “Relação de tudo que tiveram os portugueses e têm hoje na Índia”.
Bibliografia: D’AZEVEDO, Ricardo Charters, Leirienses na Expansão Portuguesa, Cadernos de Estudos Leirienses 12, Textiverso, maio 2017, pp. 103-134.