Leiria-Fátima evoca entrada de D. José Alves na Diocese

A fim de assinalar a efeméride, na sexta-feira, dia 2 de outubro, às 21h15 será feita uma sessão evocativa na catedral de Leiria daquele que foi o primeiro bispo de Leiria depois da restauração.
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Este ano, a diocese de Leiria-Fátima está a comemorar o centenário da entrada do bispo D. José Alves Correia da Silva. A fim de assinalar a efeméride, na sexta-feira dia 2 de outubro, às 21h15, será feita uma sessão evocativa na catedral de Leiria daquele que foi o primeiro bispo de Leiria depois da restauração.

O evento conta com a organização do Departamento do Património Cultural da Diocese e cujo diretor, Marco Daniel Duarte, fará a conferência inicial. Depois deste momento, Manuela Mendonça, presidente da Academia Portuguesa da História, apresentará a publicação das Atas do Congresso evocativo do Centenário da Diocese que ocorreu nos dias 17 a 19 de maio de 2018, na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria.

Para além destes dois oradores, os presentes no serão poderão ouvir umas palavras do atual bispo, D. António Marto, bem como um apontamento musical a cargo de João Santos, organista titular da Sé de Leiria.

Em virtude das contingências respeitantes à atual pandemia, a presença será limitada aos lugares disponíveis na Sé pelo que deverão contactar a organização através do email gabinetebispo@leiria-fatima.pt. No entanto, todas as pessoas poderão assistir à evocação já que está prevista a sua transmissão através dos canais da Diocese, nomeadamente pelo Youtube (https://youtube.leiria-fatima.pt).

Cronologia de D. José

15 de janeiro de 1872
Nascimento
José Alves Correia da Silva nasce em São Pedro Fins, concelho da Maia, diocese do Porto, filho de Manuel Alves da Silva e de Maria da Silva Correia. Foi batizado em 21 de janeiro de 1872.

Entre 1880 (cerca de) e 1897
Formação académica
Estuda no Colégio do Espírito Santo, em Braga, no Seminário dos Carvalhos, em Vila Nova de Gaia, e no Seminário do Porto, de 1889 a 1892. Em 26 de julho de 1897, termina o curso superior na Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra.

5 de agosto de 1894
Ordenação presbiteral
É ordenado presbítero pelo cardeal D. Américo Ferreira dos Santos Silva.  

Entre 1897 e 1918
Vida eclesial no Porto
Professor do Seminário Diocesano do Porto, desde 1897, lecionou também no Liceu da mesma cidade.
Assumiu vários cargos em diferentes instituições religiosas e serviu diversas comissões de congressos ligados à pastoral do tempo.
Dedicou-se intensamente aos movimentos católicos e usou sempre de grande militância relativamente aos ideais que defendia, ao ponto de ser preso pelo regime republicano nascente.
Em 1905 é nomeado cónego da Sé do Porto, assumindo no cabido, em 1916, o lugar de tesoureiro-mor.
Viaja, por estudo ou em peregrinação, a diferentes lugares da Europa como Itália (Roma), Espanha, França (Lourdes), Grécia e Bélgica, visitando também o Egito e a Terra Santa.

Entre 15 de maio de 1920 e 5 de agosto de 1920
Nomeação para bispo de Leiria, ordenação episcopal e entrada na diocese
Informado dos desígnios da Igreja, depois de alguma resistência, aceita ocupar a cátedra de Leiria, sendo nomeado bispo em 15 de maio de 1920. Foi sagrado na Catedral do Porto, em 25 de julho de 1920, e tomou posse, por procuração, em 4 de agosto. No dia seguinte, entrou solenemente na Sé de Leiria.

Entre 1920 e 1957
Episcopado do “bispo de Nossa Senhora”  
Os anos iniciais do longo episcopado de D. José Alves Correia da Silva ficam marcados pela reconstrução e renovação de estruturas diocesanas, como a cúria, o colégio de consultores e o seminário, e, bem assim, pela gestão do culto a Nossa Senhora de Fátima, aprovando, depois de um demorado processo de averiguações, as aparições da Virgem Maria em Fátima.
Em 1943, o bispo convoca o terceiro Sínodo Diocesano do qual resultam as Constituições Diocesanas que entraram em vigor em 1 de janeiro do ano seguinte. Ainda em 1943, D. José cria o cabido catedralício.
Ao longo do seu episcopado, a diocese vê surgir 13 novas paróquias e uma nova organização ao nível das vigararias.
A D. José se deve toda a organização inicial do Santuário de Fátima nascente e a internacionalização da Mensagem de Fátima, tendo esta, no seu episcopado, merecido as mais altas atenções de Pio XII que, em 1956, o nomeou assistente ao sólio pontifício. Acompanhou de forma próxima a vidente Lúcia de Jesus que o reconhecia como um pai. Recebeu do Governo português a Grã-Cruz da Ordem de Benemerência (1945) e do Chefe de Estado espanhol a Cruz Meritíssima de São Raimundo de Peñafort (1948).

4 de dezembro de 1957
Morte
D. José Alves Correia da Silva morre em 4 de dezembro de 1957, sendo sepultado na capela-mor da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima. No seu epitáfio, lê-se o nome pelo qual ficou conhecido o primeiro prelado da Diocese depois da restauração: “o bispo de Nossa Senhora”.

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