Lectio divina para o 3º Domingo do Advento, Ano A

Continuamos este caminho de Advento, de espera, de expectativa... Sabemos bem o quê: a vinda do Messias, do Salvador… de Jesus.

Reinarão o prazer e o contentamento e acabarão a dor e os gemidos.”

Breve introdução:

Continuamos este caminho de Advento, de espera, de expectativa… Sabemos bem o quê: a vinda do Messias, do Salvador… de Jesus. Mas a expectativa litúrgica consiste não apenas na preparação de uma festa de comemoração de algo que aconteceu e agora apenas recordamos saudosamente; a expectativa de algo que celebramos liturgicamente desafia-nos a alimentar em nós os sentimentos, as angústias, as incertezas e ao mesmo tempo a alegria de quem o viveu na primeira pessoa porque vai acontecer novamente: a vinda no Messias, do Salvador… de Jesus. Será uma alegria a compartilhar e viver juntos como irmãos!

1 – Invocação (oração colecta da Missa)

Olhai, Pai Santo, para o Vosso povo
que espera com fé o Natal do Senhor.
Fazei-nos chegar às solenidades da nossa salvação
e celebrá-las com renovada alegria.

2 – Escuta da Palavra de Deus

Isaías é o livro profético que nos acompanha ao longo deste tempo do Advento. Contém as profecias que não só se citam frequentemente no Evangelho, como vemos realizadas na acção de Jesus, muitas vezes textualmente. O tom deste texto é de entusiasmo e festa para acolher a glória da salvação de Deus com todas as suas consequências e exigências.

2.1. Leitura do livro de Isaías (Is 35, 1-6a.10)

Alegrem-se o deserto e o descampado,
rejubile e floresça a terra árida,
cubra-se de flores como o narciso,
exulte com brados de alegria.
Ser-lhe-á dada a glória do Líbano,
o esplendor do Carmelo e do Saron.
Verão a glória do Senhor, o esplendor do nosso Deus.
Fortalecei as mãos fatigadas e robustecei os joelhos vacilantes.
Dizei aos corações perturbados:
«Tende coragem, não temais: Aí está o vosso Deus,
vem para fazer justiça e dar a recompensa.
Ele próprio vem salvar-vos».
Então se abrirão os olhos dos cegos
e se desimpedirão os ouvidos dos surdos.
Então o coxo saltará como um veado
e a língua do mudo cantará de alegria.
Voltarão os que o Senhor libertar,
hão-de chegar a Sião com brados de alegria,
com eterna felicidade a iluminar-lhes o rosto.
Reinarão o prazer e o contentamento e acabarão a dor e os gemidos.

Palavra do Senhor

2.2. Breve comentário

O profeta consegue entrever, no meio da incerteza e dificuldades do povo, a chegada de tempos novos que hão-de carregar o povo para uma nova experiência de alegria, de salvação. Essa intuição profética é motivo para o povo se engalanar com o que tem de melhor, porque “verá a salvação de Deus”.

Não é uma alegria ingénua e alienada da realidade. Esta alegria será aproveitada e experimentada na medida em que o povo fizer um último esforço para além da fadiga em que se encontra, depois da longa perseguição. É imprescindível que o povo e cada um dos seus membros, cada crente, sinta que vale a pena o esforço, porque a alegria de se sentir abraçado por Deus está próxima, vem aí a experiência da salvação.

Aos pobres que vivem a fragilidade e o desemparo, aos idosos cansados, aos tristes e perturbados, é prometido “o prazer e o contentamento”. No entanto, o profeta reforça a necessidade de o povo se mobilizar para que ninguém fique de fora da experiência da alegria de ser salvo e regressar à companhia de Deus.

Liturgicamente, ao fazermos memória dessa libertação e salvação do povo, acolhemos também, hoje, espiritualmente, a alegria e benefícios dessa experiência que a todos nos envolve.

3. Silêncio meditativo e diálogo

“Alegrem-se o deserto e o descampado, rejubile e floresça a terra árida, cubra-se de flores como o narciso, exulte com brados de alegria. Ser-lhe-á dada a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e do Saron. Verão a glória do Senhor, o esplendor do nosso Deus.”

  • Olho para a minha vida e procuro descobrir nela e nos tempos atuais os sinais de esperança que me continuam a dar motivos de alegria…

“Fortalecei as mãos fatigadas e robustecei os joelhos vacilantes. Dizei aos corações perturbados: «Tende coragem, não temais: Aí está o vosso Deus, vem para fazer justiça e dar a recompensa. Ele próprio vem salvar-vos».”

  • Não deixes que qualquer fadiga, preocupação, desânimo ou perturbação te impeça de viver a salvação que o Natal nos fará sentir. Acolhe e corresponde à mensagem e aos dons que Jesus te oferece.

“Então se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos surdos. Então o coxo saltará como um veado e a língua do mudo cantará de alegria. Voltarão os que o Senhor libertar, hão-de chegar a Sião com brados de alegria, com eterna felicidade a iluminar-lhes o rosto. Reinarão o prazer e o contentamento e acabarão a dor e os gemidos.”

  • Coisas maravilhosas acontecem quando se une a iniciativa de Deus com a nossa disponibilidade em acolher a sua presença. Que estás disposto(a) a deixar que Deus faça na tua vida para que neste Natal o teu coração seja inundado de prazer e o contentamento? E como podes proporcionar a outros essa mesma experiência?

4. Oração final

Senhor nosso Deus,
faz-nos viver constantemente
numa expectativa de encontrar a salvação.
Concede-me a força e o anseio
para nunca desistir de encontrar o teu abraço salvador.
Finalmente, na vida, na Eucaristia, na celebração do Natal,
reine sempre no meu coração o prazer e o contentamento
e eu os partilhe contagiando com eles o meu próximo.
Ámen.

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