Lectio divina para o 27º Domingo do Tempo, Ano C (Podcast)

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Texto: Pe. José Lopes Baptista
Vozes: Maria Eugénia Ferreira e José António Ferreira
Pós-Produção: José Simões

Viver com fé o projeto de vida cristã

Lectio Divina para o Domingo XXVII (Ano C)  02.10.22

Introdução

Neste primeiro domingo de outubro, a Igreja de Leiria-Fátima reúne-se em Assembleia, presidida pelo seu pastor, o Bispo Diocesano, como ponto de partida para um novo ano pastoral, sob o lema: “Eucaristia, comunhão e missão”. O Evangelho convida-nos a aderir, com coragem e radicalidade, ao projeto de vida a que, em Jesus, Deus chama cada um de nós e ao qual respondemos com a  fé.

Palavra de Deus (Lc 17,5-10)

Vais agora escutar uma passagem do evangelho segundo São Lucas 

Naquele tempo,
os Apóstolos disseram ao Senhor:
«Aumenta a nossa fé».
O Senhor respondeu:
«Se tivésseis fé como um grão de mostarda,
diríeis a esta amoreira:
‘Arranca-te daí e vai plantar-te no mar’,
e ela obedecer-vos-ia.
Quem de vós, tendo um servo a lavrar ou a guardar gado,
lhe dirá quando ele volta do campo:
‘Vem depressa sentar-te à mesa’?
Não lhe dirá antes:
‘Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires,
até que eu tenha comido e bebido.
Depois comerás e beberás tu.
Terá de agradecer ao servo por lhe ter feito o que mandou?
Assim também vós,
quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei:
‘Somos inúteis servos:
fizemos o que devíamos fazer’».

Meditação

O verdadeiro seguidor de Cristo descobriu que Deus é o Senhor e que vale a pena realizar as obras que nos manda. Por isso, no fim do caminho, não pode exigir-lhe nada, abertamente. Não foi mais do que um pobre servo; fez o que devia. 

Para interpretar corretamente esta atitude, há que situá-la no âmbito de uma autêntica amizade, de uma confiança profunda e verdadeira. Amigo é quem ajuda o outro sem falar de prémio nem de recompensa. Não necessita de leis ou mandamentos; sabe o que agrada ao seu amigo e realiza-o porque crê que vale a pena realizá-lo. Semelhante deve ser a nossa atividade a respeito de Deus. Descobrimos a sua Vontade e cumprimo-la. Em princípio, não importa o prémio ou castigo. Mais ainda, pensamos que Deus não pode jamais ser nosso devedor, por mais que tenhamos procurado cumprir até ao fim os seus mandamentos.

Aumenta a nossa fé.

Pedir ao Senhor que aumente a fé é já ter a consciência de que se tem (alguma) fé, sem nos deixarmos cair na presunção de que ela é grande.

É reta a minha conceção de fé? Tomo consciência de que ter fé é colocar-me nas mãos do Pai na certeza de que Ele cuida de mim e me oferece, deixando acontecer, o que é bom para mim.

– Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira:
‘Arranca-te daí e vai plantar-te no mar’, e ela obedecer-vos-ia’.

Fé é isso mesmo: acreditar que isto é possível, tomando consciência de que ações extraordinárias, miraculosas, não acontecem se não forem necessárias e vontade de Deus.

Tenho uma fé consciente, que me faz criar mais proximidade com Deus, ou penso que fazer ou não fazer é um capricho Seu? Tenho fé suficiente para acreditar na força da oração, sem desistir dela só porque não acontece o que eu quero e quando eu quero?

– Terá de agradecer ao servo por lhe ter feito o que mandou?

Nenhum de nós é alheio ao facto de achar que, consoante o nosso cumprimento, ou não, da vontade de Deus, somos merecedores da recompensa de Deus. Quantas vezes temos vontade de desistir de rezar ou de fazer bem, só porque Deus “não nos trata como nós queremos!”

Tenho o hábito de fazer oração de louvor e ação de graças, ou não sei fazer oração sem ser “a pedir”? Tenho consciência de que o que Deus me pede, e me manda, é para meu bem e não para Ele? Viver em Deus, fazendo a sua vontade, é bem que posso alcançar.

– Quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: ‘Somos inúteis servos:
fizemos o que devíamos fazer’

Quando não é fácil fazer o que Deus nos manda e não sentirmos que a vida se torna mais favorável, bem mais difícil se torna fazê-lo e assumir a nossa inutilidade do que somos diante da grandeza e da misericórdia de Deus.

Fico magoado porque “não sou reconhecido pelo que faço” ou porque não sinto gratidão por parte dos outros? Acredito que a humildade de Deus, em Jesus, e de Maria é modelo para o quão humilde devo ser? 

Oração

Em humildade, Vos pedimos, Senhor,
que, perdoando as nossas fragilidades,
nos deis o dom da humildade
e nos ensineis a viver
em permanente atitude de gratidão.Por Cristo, Senhor Nosso.

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