Texto: Pe. Pedro Viva
Vozes: Catarina Pereira, Gustavo Pereira e Beatriz Silva
Pós-Produção: José Simões
Cristo passa e chama quem Ele quer
Introdução
Iniciamos a semana em que celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e a Jornada de Santificação dos Sacerdotes. Neste domingo, o evangelho propõe-nos meditar sobre o chamamento de Jesus a Mateus. Apesar dos seus erros e pecados, o olhar, não de condenação, mas de bondade e perdão de Jesus reabilitou a sua vida e fê-lo encontrar a missão de apóstolo, deixando a profissão de cobrador de impostos. Cada um de nós é também chamado, vocacionado. A ser e a fazer o quê? A história de Mateus pode inspirar-nos a escutar e a seguir Jesus, com prontidão e generosidade como ele.
Palavra de Deus
Escutemos o trecho do Evangelho de S. Mateus
Naquele tempo,
Jesus ia a passar,
quando viu um homem chamado Mateus,
sentado no posto de cobrança dos impostos,
e disse-lhe: «Segue-Me».
Ele levantou-se e seguiu Jesus.
Um dia em que Jesus estava à mesa em casa de Mateus,
muitos publicanos e pecadores
vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos.
Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos:
«Por que motivo é que o vosso Mestre
come com os publicanos e os pecadores?».
Jesus ouviu-os e respondeu:
«Não são os que têm saúde que precisam de médico,
mas sim os doentes.
Ide aprender o que significa:
‘Prefiro a misericórdia ao sacrifício’.
Porque Eu não vim chamar os justos,
mas os pecadores».
Meditação
– A celebração da Eucaristia é constituída por dois momentos fundamentais: a liturgia da Palavra e a liturgia Eucarística. A mesa da Palavra e a mesa do pão. Após o chamamento a Mateus, Jesus leva-o a participar num banquete onde todos têm lugar, sem excepção. Assim deve ser a Eucaristia. Não é um banquete dos que se consideram puros, mas um convite de amor oferecido a todos e ao qual Jesus nos atrai.
É assim que compreendo a Eucaristia? É assim que a minha comunidade cristã celebra a Eucaristia?
– Disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Tantas vezes nos levantamos das nossas vidas, das nossas casas, aos domingos e de semana, para poder participar na Eucaristia. Mas é o Senhor quem passa e chama: «Se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com Ele». Seguir o Mestre implica disponibilidade imediata, «pois quem mete a mão ao arado e olha para trás não é digno de Mim (Lc 9, 62).
Como oiço os apelos de Jesus e lhes respondo? Com que prontidão?
– Vinde e segui-Me e farei de vós pescadores de homens. Ao contrário do comodismo que nos instala, Jesus desinstala-nos e propõe-nos a segui-Lo. Assim aconteceu com Mateus que, do imobilismo em que se encontrava, sentado a cobrar impostos, de imediato se levantou. E é na medida em que nos dispomos a segui-Lo que poderemos assumir a Sua missão, hoje. Ser discípulo missionário é estar disposto a seguir o mestre para onde Ele quer que vá e para onde nos leva a ir.
Que contributo quero eu dar para ajudar quem vive na tristeza, no desespero, na angústia?
– …Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores. Quem na verdade, neste mundo, se pode considerar justo? E no entanto, em cada Eucaristia, Jesus se oferece como Pão vivo descido do Céu para nos alimentar das razões que precisamos para viver. Mais do que nos convidar a comer e a beber, Jesus, como a Mateus, partilha, à mesa, da Sua vida e da Sua amizade. Convida-nos à intimidade e é nesse ambiente que Mateus descobre quem é e o que é chamado a fazer. Assim devia ser em cada Eucaristia. O lugar de encontro uns com os outros e com Deus. E com o coração reconciliado e agradecido, aceitar o ite missa est como um desafio à missão e não ao descanso imobilista.
Na confiança de filhos, rezemos como Jesus, exaltado nos céus, nos ensinou:
Pai-nosso…
http://l-f.pt/podlec
Esquemas alternativos em texto: https://lectio.leiria-fatima.pt