A Administração da Santa Casa da Misericórdia de Leiria desafiou os voluntários, que ali prestam serviço, a constituírem um coro composto por residentes no Lar de Nossa Senhora da Encarnação daquela Instituição. O capelão, padre Augusto Gonçalves, acarinhou a ideia e de imediato o grupo de voluntários respondeu ao solicitado. Distribuíram-se tarefas e escolheu-se o nome, “Alvorada da Alegria”.
Consciente das fragilidades, olhámos mais para as capacidades, mesmo que reduzidas, de cada um dos coralistas, indigitámos a maestrina, voluntária como os outros, que tudo preparou para fazer este caminho. “Os idosos, não obstante as suas limitações, não são descartáveis, mas são valores”, refere a mesma voluntária.
Foi constituído o grupo e os ensaios fazem-se todas as semanas na “Sala da Lareira” e na capela; neste caso para ensaiar os cânticos litúrgicos e de mensagem. Nasceu assim a “Alvorada da Alegria”, em que todos os voluntários se empenham.
Todos nos sentimos felizes vendo a alegria e satisfação daqueles idosos que, desta forma, se sentem valorizados e úteis a toda a comunidade; manifestam-no na paciência, persistência e dedicação. É gratificante vê-los bem-dispostos e de rosto alegre a chegar às várias salas com a música no coração e a melodia nos lábios. É bom ver o brilho nos olhos e o sorriso na face de quem canta, recordando as vivências de todos os dias, afastando a tristeza das perdas e das limitações que os anos trazem; assim revivem-se momentos de felicidade, acendendo a esperança todos os dias. Sabemos que a música é uma importante terapia física e mental para os que cantam a alegria de viver.
O Lar de Nossa Senhora da Encarnação da Santa Casa da Misericórdia de Leiria tem assistência religiosa e celebra comunitariamente a sua Fé pelo menos duas vezes por semana. Assim o Coro Alvorada da Alegria também anima com a sua voz e a sua alegria estas celebrações religiosas regulares na Instituição.
Este coro já celebrou um ano de vida no mês de setembro (com um ano de gestação) data que foi assinalada no Lar com a sua animação. Para além das músicas litúrgicas, também cantam músicas de mensagem e músicas populares portuguesas, que são o seu forte.
O grupo dos oito voluntários presta aqui um precioso trabalho. Com o seu habitual sorriso e boa disposição manifestam, no dizer de um deles, que “Deus pede só o que Lhe podemos dar. Se fizermos render esse pequeno talento damos-Lhe graças. Os residentes dão com muita generosidade, amor e alegria o que podem. Por vezes apetece calar para escutar e com a escuta louvar e agradecer”. Os voluntários são os que mais recebem.
Para os componentes do coro um louvor sincero e amigo e para todos os voluntários a gratidão e admiração pela sua generosidade.
Os voluntários do LNSE