A coordenadora nacional dos Jovens Sem Fronteiras (JSF) foi, durante os últimos dois anos, Jessica Sousa, uma jovem de Santa Eufémia que integra o grupo dos JSF daquela paróquia. No fim-de-semana de 17 a 19 de novembro, num encontro do movimento, passou o testemunho a Luciana Cunha, do Minho.
O PRESENTE foi saber como foi a experiência de dois anos à frente dos jovens missionários espiritanos.
Jessica Sousa tem 25 anos e está ligada desde muito cedo aos Jovens Sem Fronteiras (JSF), que diz serem a sua família e a sua “base de crescimento na fé”. Conheceu o movimento dos jovens missionários espiritanos aos 14 anos, na paróquia de Santa Eufémia, onde reside, num dos ensaios para a celebração do Crisma. Desde então, aprofundou cada vez mais a ligação ao movimento. A primeira experiência missionária aconteceu em 2008, em Reboreda, Vila Nova de Cerveira, durante dez dias e firmou a sua ligação com os JSF. em 2014, a paróquia de Queimados, no Rio de Janeiro, Brasil, foi o destino da sua missão.
Atualmente, concilia o trabalho com a ação do movimento, que coordenou ao nível nacional entre 2015 e 2017. Foi um “trabalho feito de coração”, para o qual nunca faltou tempo.
“Vou conseguindo conjugar a profissão com a atividade do movimento. Houve alturas em que não foi fácil e exigiu trabalhar pela noite dentro, a organizar as atividades dos JSF… Mas consegui, porque foi algo que assumi de coração e porque acredito no movimento e, com boa gestão de tempo, tudo se faz.”
Durante os dois anos de mandato enquanto presidente nacional dos JSF, houve momentos em que “a vida pessoal ficou para trás” e onde essa gestão do tempo foi essencial, refere Jessica Sousa, ao descrever o trabalho que realizou.
“Enquanto presidente, tinha mais uma reunião. Três vezes por ano, os líderes dos movimentos espiritanos juntam-se para organizar o ano, partilhar as atividades que andamos a fazer. Dentro do trabalho da coordenação nacional, passei a ser responsável por preparar e moderar as reuniões. Esta responsabilidade exigiu que estivesse sempre um passo à frente.”
Quando assumiu a presidência, comprometeu-se a ouvir e estar próxima dos jovens, através de relação sentida de proximidade.
“Quando fui nomeada, uma amiga disse-me para seguir o meu coração e tomar as decisões a partir daí. Foi isso que fiz, sem nunca esquecer que este não era o meu, mas o serviço de Deus, que eu aceitei. Houve alturas que pensava que estava a fazer tudo mal e que não estava a conseguir lidar com algumas situações, mas ter uma equipa na retaguarda ajudou-me a seguir em frente. Deus não nos facilita o trabalho… Se fosse fácil não seria missionária!”
E agora, é para manter a ligação aos JSF?
“Sim claro. Vou estar a ajudar naquilo que for preciso, na coordenação regional. Vou continuar no grupo JSF de Santa Eufémia. E, além disso, faço parte da equipa de educação e desenvolvimento da ONGD Sol Sem Fronteiras, que é a associação que foi fundada pelo movimento”, responde, ao afirmar a vontade de continuar ligada ao movimento.
“Fazer parte dos JSF é fazer parte de uma família. A vida missionária e a comunidade é o nosso foco. Para quem quer experimentar esta vida missionária de estar perto dos que estão longe, sem estar longe dos que estão perto, é embarcarem neste movimento.”
DCA | Presente Leiria-Fátima
A este propósito, recordamos que o grupo dos JSF de Rio de Couros vai organizar a 2.ª edição da “Grande Festa”, no próximo dia 2 de dezembro, no salão paroquial.