Irmãs Missionárias de Nossa Senhora de Fátima

Fundado em 1964, no Brasil, este é mais um instituto que revela no nome toda a sua missão. A difusão da Mensagem de Fátima é o ponto de partida para a evangelização que quer levar em missão a toda a humanidade.

 

 

Combate ao materialismo ateu pelo mundo

O padre Menceslau Valiukevicius, ordenado em 1954, em Niterói, Brasil, sempre foi um fiel devoto de Nossa Senhora de Fátima. Na sua diocese, fundou uma paróquia com este orago, bem como uma escola com o mesmo nome e o Seminário Paulo VI. Para difundir pelo mundo a mensagem que Nossa Senhora comunicou em 1917 aos Pastorinhos da Cova da Iria, fundou também o Instituto das Irmãs Missionárias de Nossa Senhora de Fátima, em 1964, com a colaboração da Madre Lucia de Souza, a superiora geral nos primeiros 37 anos.

Conforme a indicação do fundador, o fim específico e natural do instituto é o combate ao materialismo ateu, nas suas variadas formas, perpetuando as exortações da Virgem Maria aos videntes de Fátima. O fim geral é a santificação das irmãs pela prática dos conselhos evangélicos, realizados pela profissão dos votos de castidade pobreza e obediência.

 

Carisma e espiritualidade

Com o lema “abraçadas à cruz, servir ao Senhor na alegria”, as Irmãs Missionárias de Nossa Senhora de Fátima prosseguem o carisma da instituição de “evangelizar, exercendo a tarefa missionária difundindo a mensagem de Fátima”.

“Encarnamos as mensagens de Fátima, através de orações, penitências e mortificações”, revela a irmã Maria Bernadete Véras da Silva, nascida no Brasil há 54 anos e religiosa há 29, atual conselheira geral e superiora local de Fátima. Tomando Cristo como origem de toda a santidade, “a nossa resposta de amor definitivo é expresso pela profissão religiosa, unidas com Cristo, na Igreja, marcadas com o sinal do Espírito Santo que é penhor da nossa herança e testemunhando a primazia do amor de Deus na nossa vida e na fidelidade a este instituto”, refere a superiora.

A espiritualidade do Instituto é caracterizada, desde as origens, pelo culto da Eucaristia e da Virgem de Fátima, donde as irmãs tiram o alimento para a sua vida espiritual e apostólica. Procurando atualizar o carisma inicial, vivem para a difusão da Mensagem de Nossa Senhora de Fátima pela penitência e conversão, “que é o retorno a Cristo por Maria”.

Como refere o n.º 21 das Constituições, “o Espírito de Jesus ilumina-nos: convida-nos a entrar em comunhão com Ele e n’Ele, e com os irmãos e irmãs, desde que estejamos profundamente penetradas pelo espírito de oração”. O n.º 29 completa: “Sendo Nossa Senhora de Fátima nosso modelo e intercessora, nós, Missionárias de Fátima, encarnamos também a Palavra na nossa vida e com ela oferecemo-nos ao Senhor pelos homens, numa contínua evangelização e salvação do mundo, através do combate ao materialismo ateu”. Na mesma linha vai o n.º 31: “A oração, evangelizadora por si mesma, suscita e fortifica o nosso trabalho missionário, por aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não amam a Deus (Oração do Anjo em Portugal, 1916); a espiritualidade eucarística mariana do Instituto conduz as irmãs à realização total da sua vocação religiosa e assegura a fecundidade da sua vida apostólica”.

 

Missão e oração

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©DR | Irmãs nos 50 anos do Instituto

A difusão do Instituto resultou naturalmente da sua orientação missionária, estando atualmente em países como Espanha, Itália, Israel e Portugal, onde chegou em 1971. Têm atualmente um lar na Diocese da Guarda e uma casa em Fátima. Aqui, dedicam-se em especial à assistência aos idosos e à catequese.

As Irmãs Missionárias de Nossa Senhora de Fátima comemoram as festas de Maria Santíssima no decorrer do ano litúrgico, focalizando o lugar que ela tem no mistério de Cristo. Merecem especial atenção os dias 13 de Maio e 13 de Outubro e todas as celebrações que dizem respeito às aparições da Virgem Maria em Fátima.

Especial destaque no seu programa de vida merece também o primeiro sábado de cada mês, que as irmãs dedicam ao recolhimento, adoração ao Santíssimo e oração pelas intenções da santificação do clero, pelo aumento das vocações sacerdotais e religiosas e pelas missões.

 

Testemunho vocacional

Eu tinha a certeza de que não era para mim essa vocação

2015-09-22 sopra4Nasci numa família de classe baixa do interior de Minas Gerais, Brasil, numa zona rural bem longe da cidade. Meus pais, de tradição católica, todos os dias rezavam o terço em família. Já a Missa, era só em grandes ocasiões, por falta de padres.

Fui batizada com 4 meses e consagrada a Nossa Senhora das Graças. Uma queda aos 8 meses obrigou a que andasse em tratamento durante dois anos. Os médicos chegaram a dizer que não iria sobreviver, mas a fé da minha mãe nunca desvaneceu e ela acredita que a minha cura foi mesmo miraculosa. Fiz a Primeira Comunhão com 9 anos, após um ano de preparação doutrinal, e prometi a Jesus entregar-lhe toda a minha vida. Sem nada entender, eu tinha horror à guerra, pois ouvia falar das torturas, da catástrofe do Vietname.

Aos 11 anos, fui a uma missão pregada pelos Capuchinhos. Fiquei muito encantada, mas senti que não era coisa para mim, pois o meu ideal era casar-me com 20 anos e ser mãe de muitos filhos. Mas ardia em mim aquele desejo de que Jesus chegasse a todo o povo, pelo que comecei a rezar muitos terços de joelhos para Deus chamar uma irmã mais velha para religiosa ou o meu irmão pequenino para sacerdote. Estava sempre a pedir para o tempo passar rápido, para a minha irmã completar 18 anos e ir para um convento…

Eu amava os Pastorinhos de Fátima e a vida deles impressionava-me muito, por terem visto Nossa Senhora. Procurando imitá-los, fazia penitência para salvar as almas. Incomodava muito a minha avó para cantar o “A Treze de Maio” ou o hino de Lourdes. Nem sequer imaginava que haveriam de surgir umas tais Missionárias de Fátima…

Quando completei 15 anos, foi uma decepção a minha irmã ter arranjado um namorado, com quem viria a casar-se. Nessa altura, ao participar numa outra missão na paróquia, as Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora convidaram-me. Começou aí a verdadeira crise da minha vida: eu tinha a certeza de que não era para mim essa vocação. Gostava de tratar todas as pessoas com muita simpatia e alegria e pensava que no convento não podia falar… Mas uma coisa me incomodava: o desejo de servir e amar a todos!

Lia muito revistas e jornais e, em especial, o Evangelho. A oração sacerdotal de Jesus – “Que todos sejam um ó Pai, como Tu e Eu somos um!” (Jo 17) – foi a chave para a minha atitude radical de deixar para trás todo o meu projeto de vida, de casar-me e ter muitos filhos. Aos 18 anos, fui em busca de um discernimento, incentivada pela minha mãe, que dizia que eu tinha uma missão porque não morri na doença da infância.

Inesperadamente, fui deparar com a recém-criada congregação das Missionárias de Fátima… aí encontrei a resposta para cumprir a frase que interpelava a minha vida, “que todos sejam um, ó Pai, para que o mundo creia”. A mensagem de Fátima ecoa hoje em toda a Igreja de Deus e o meu desejo é que cada homem acolha a Palavra e que ela seja transformadora de uma sociedade materialista e ateia.

Todos os dias louvo a Deus, pois tenho dois sobrinhos seminaristas, um religioso (Belo Horizonte) e outro diocesano (Cuiaba). Quero sempre ser um instrumento do amor de Deus: amar a todos e servir com generosidade. Que o Senhor me ajude com sua graça. Ámen!

Ir. Maria das Graças de Melo

 

Números

No mundo

Casas: 22

Membros: 81

Em Portugal

Casas: 5

Membros: 12

Na Diocese

Casas: 2

Membros: 4

Mais nova: 24 anos

Mais velha: 79 anos

Média etária: 55

Formação para catequistas sobre ambientes seguros
25 de Janeiro
, às 09:30
Domingo da Palavra de Deus
26 de Janeiro
Retiro 24, para jovens
1 de Fevereiro
ENDIAD – Encontro Diocesano de Adolescentes
8 de Março
, às 09:30
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