O dia 28 de novembro serviu para o grupo missionário Ondjoyetu efetuar uma sessão de apresentação do projeto que dinamiza há 15 anos em Portugal e Angola.
A reunião que decorreu no Seminário Diocesano Leiria foi coordenada pelo padre David Nogueira, refletindo na sessão o enquadramento histórico daquele grupo missionário da diocese de Leiria-Fátima e alguns testemunhos de Elsa Neves (em missão dez meses no Sumbe) e Cátia Amaro (missão anual no Alentejo) que elucidaram os participantes sobre o verdadeiro sentido da ação dentro e fora do País.
Os missionários e os participantes descobriram neste encontro o quanto é importante darmo-nos aos outros, sermos sensíveis para a diferença e o sofrimento humano, sempre com a força de Deus.
Nesta sessão passou ainda um filme que mostrou a realidade do Sumbe e do que este grupo missionário tem desenvolvido em África. Largas dezenas de missionários voluntários já estiveram naquele país a ajudar o povo a desenvolver tarefas que lhes facilitem a vida diária, proporcionando vários tipos de formação e a construção de infraestruturas que têm fomentado mais qualidade de vida para as populações que vivem fora do desenvolvimento citadino. No meio das montanhas, graças ao trabalho missionário, funciona uma moagem para a necessária farinha que, anteriormente, era feita arduamente de forma manual, desenvolvem-se técnicas de agricultura de forma a aumentar a produção, explicam-se e ensinam-se os cuidados de saúde e de higiene, promove-se o apoio social das populações reduzindo os efeitos negativos das assimetrias, incentivam-se as crianças a ir à escola, dando-lhes as bases educacionais necessárias para progredirem no conhecimento e difunde-se o Evangelho como caminho sagrado que muitos não conheciam.
No final, surgiram novos missionários que sonham um dia também eles partir, despojados de tudo, pensando principalmente nos irmãos que necessitam de uma mão amiga. Muitos dos voluntários que já fizeram missão em Angola fizeram-no, algumas vezes, com elevados riscos de não voltarem com o seu emprego garantido. Mas uma certeza tiveram: a força de dar uma mão amiga ao seu semelhante é uma das maiores realizações humanas. Nesse capítulo, sentiram que valeu a pena, constataram que receberam imenso na sua ação missionária. Quando regressaram, sentiram-se renovados, com a consciência de que o pouco de nós pode ser o muito de quem nada tem.