Frades Franciscanos da Imaculada

A congregação masculina foi a primeira da família dos Franciscanos da Imaculada, nascida em 1970, pelas mãos dos padres Stefano Maria Manelli e Gabriele Maria Pellettieri. Seguindo o “regresso às origens” inspirado no Vaticano II, adoptou um carisma mariano à maneira de Francisco de Assis, que busca na contemplação a força para a ação evangelizadora.

 

 

  

Regresso à espiritualidade mariana de Francisco de Assis

Quando apresentámos as Irmãs Franciscanas da Imaculada, revelámos o início da história desta família, cujo primeiro ramo foi o masculino, os Frades Franciscanos da Imaculada. O seu intuito foi retomar o sentido mais puro da Regra original, de vida simples e austera, com um voto específico de consagração a Nossa Senhora.

Foi em 1965 que o frade Stefano Manelli começou a meditar as fontes franciscanas e os escritos de Maximiliano Kolbe, procurando o “retorno às suas origens”, como preconizava o decreto “Perfectae Caritatis” do Concílio Vaticano II, sobre a renovação da vida consagrada. Em 1969, recebeu do superior geral da Ordem dos Frades Menores autorização para iniciar uma comunidade que concretizasse essa nova experiência de vida. Para tal, escreveu um programa e escolheu como companheiro o padre Gabriele Pellettieri, instalando-se, no ano seguinte, num pobre convento dedicado a Nossa Senhora do Bom Conselho, em Piano della Croce (Frigento, Itália).

Logo começaram a surgir jovens que queriam juntar-se a eles e viver em oração, contemplação e austeridade uma total dedicação a Deus. Em 1971 surgia o noviciado e, cinco anos depois, o seminário interno. Em 1990, o arcebispo de Benevento conferiu o estatuto de direito diocesano ao Instituto dos Franciscanos da Imaculada.

O rápido crescimento do Instituto no mundo e as recomendações dos bispos onde estava presente levaram a Santa Sé a reconhecerem-lhe o direito pontifício em 1998.

Voto mariano e vida austera

O que é verdadeiramente novo e original na regra escrita pelos fundadores é um voto de total consagração à Imaculada, que consiste em viver e trabalhar como Maria, segundo o exemplo dado por São Maximiliano Kolbe e os seus frades missionários no Japão. É esse voto fundamental e característico que ilumina os outros votos evangélicos de pobreza, castidade e obediência.

Em vida comunitária de oração, pobreza e penitência, procuram imitar Jesus à maneira de S. Francisco de Assis, fazendo-se “instrumentos na conquista de todas as almas para Deus”. Em pequenos conventos, chamados Casas Marianas, ou nos complexos maiores das Cidades da Imaculada, conjugam a vida de contemplação com as obras de apostolado, sobretudo através dos meios de comunicação. Alguns vivem também em Retiros Marianos, ermidas de clausura, outros partem para as missões “ad gentes”, levando o Evangelho a quem o não conhece ainda. Quando necessário, aceitam ainda o convite dos bispos diocesanos para colaborar na pastoral paroquial.

Na Diocese

2016-01-19 sopraCumprindo o seu voto, assumem como principal tarefa “fazer com que Maria seja conhecida e amada”, organizando estudos sobre os seus mistérios, em relação a Cristo e à Igreja, sobretudo junto dos santuários marianos espalhados pelo mundo. Aí prestam serviço aos peregrinos, através dos sacramentos, da pregação e da assistência espiritual. O programa “Um dia com Maria” é um dos meios que propõem aos fiéis, um dia de oração e devoção com meditações marianas populares, focando especificamente a mensagem de Nossa Senhora de Fátima.

A sua chegada a Portugal, em 2008, resulta desta forma de apostolado. Fátima é o destino natural para a nova comunidade, ainda pequena, que se dedica à colaboração na pastoral sacramental do Santuário e à ajuda a alguns párocos da Diocese. Isto para além de uma intensa vida de oração e contemplação, que começa às 04h45 da madrugada com o Oficio Divino e se estende durante o dia com Missa, adoração, meditação, leitura espiritual, coroa franciscana e estudo.

 

Testemunho vocacional

Sai da tua terra…
e vai para a terra que te indicar!

2016-01-19 sopra2O padre austríaco Ludovico Wassner é o guardião da pequena comunidade de Fátima, onde está há seis anos. Tem 45 anos de idade e 22 de vida religiosa, que partilha num breve resumo da sua vocação.

 

Venho da Áustria, um país situado no coração da Europa, com as suas montanhas tão bonitas, que durante o inverno são envolvidas num manto branco de neve. Quanto bem me fez ter subido de dois em dois dias da semana aquela altura! Na montanha tudo fala de Deus, estamos mais perto do céu. Precisamos de perseverança para caminhar horas e horas, um passo à frente do outro. O mesmo esforço é preciso fazer na vida espiritual, esforço que ajudou a consolidar a minha vocação.

Tive uma infância de prática religiosa, mas, tal como foi acontecendo com outros meus amigos, fui abandonando e deixei-me naufragar na fé. Alguns anos depois, tive um momento de forte conversão. Não caí do cavalo, como aconteceu a São Paulo, mas sabe-se que as dificuldades ensinam a rezar. Enquanto estive no fundo, soltei este grito, esta oração: “Deus, se existes, ajuda-me”. E, na verdade, tem-me ajudado como somente Ele sabe fazer. Lembro-me da confissão que fiz nessa altura… reguei bem o chão!

A 12 quilómetros da casa, há um santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Duas vezes por mês, ia lá de bicicleta, também para falar com um sacerdote muito experiente. Nessa altura, comecei a levar uma imagem de Nossa Senhora às famílias, onde ficava durante uma semana. Nesse tempo, rezavam o Terço, ou pelo menos uma parte, e era-lhes oferecido um livro para crescer na devoção.

Um dia, o meu diretor espiritual disse-me: “Vai à Itália; lá há uma comunidade de franciscanos que amam muito Nossa Senhora”. Pareceu-me ouvir a voz do Senhor, que ordenou a Abraão: “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e dirige-te à terra que te indicar!” (Gen 12,1). Os dois, juntos, fomos ver e foi uma viagem abençoada pela assistência dos Santos Anjos: “Eis que Eu envio meu Anjo à frente de ti, para que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que tenho preparado para ti” (Ex. 23,20).

Na Itália, as coisas funcionam diferente. Dois e dois não são quatro, mas três e meio ou, às vezes, quatro e meio. Foi terrível! Tornámo-nos insuportáveis para os italianos, por sermos demasiado escrupulosos. Por outro lado, a mim eles pareceram-me irresponsáveis. Foi uma experiência importante. Não devemos achar tudo tão trágico…

Pouco antes do Jubileu do Ano 2000, fui ordenado sacerdote. Continuo a fazer as mesmas coisas: trabalhar para fazer conhecer e amar Nossa Senhora. Ela é o caminho mais rápido, mais fácil e mais seguro para chegar ao Coração de Jesus, a Deus.

Sabia que Nossa Senhora tinha prometido que Portugal conservaria a fé. Há alguns anos que desejava vir para este país. O sonho realizava-se em 2010. Deste então, ajudo no Santuário de Fátima, nas confissões.

P. Ludovico M. Wassner

Números

No mundo

Casas: 54

Membros: 380

Em Portugal/Diocese

Casas: 1

Membros: 2 padres

Mais novo: 45 anos

Mais velho: 56 anos

Formação para catequistas sobre ambientes seguros
25 de Janeiro
, às 09:30
Domingo da Palavra de Deus
26 de Janeiro
Retiro 24, para jovens
1 de Fevereiro
Formação sobre administração de bens da Igreja
8 de Fevereiro
, às 10:00
ENDIAD – Encontro Diocesano de Adolescentes
8 de Março
, às 09:30
Formação sobre administração de bens da Igreja
22 de Fevereiro
, às 14:30
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